Por muito tempo a ciência evitou que suas premissas tivessem alguma aproximação ou nenhuma semelhança com outras experiências e saberes considerados não-científicos tais como: místicos, espíritas, religiosos, esotéricos etc. Nesse contexto, o mundo visto pela ciência era bem objetivo, tangível, mensurável, concreto, visível, funcional e racional. E é tão verdade que o grande cientista Max Planck chegou afirmar no início do século XX: “O real é o mensurável”. E assim tudo que era diferente dessas “qualidades materiais da realidade” era visto como uma alienação, um devaneio ou uma ilusão coletiva. E quem pronunciasse algo fora desse quadro da realidade, demonstrada tecnicamente, era considerado um louco, uma pessoa leiga e inocente por acreditar em fenômenos “fantasiosos” (tais como fantasmas, espíritos, almas do outro mundo etc). A recomendação que se fazia aos acadêmicos era de se ter uma atitude e visão centrada nas regras de observação e experimentação lógica, ou seja, o mundo descoberto e confirmado pela ciência. Mas, de uns cinqüenta anos para cá as coisas vem mudando. Assim, inevitavelmente a ciência moderna, que surgiu a partir do século XX, se aproxima dos fenômenos que antes pertenciam ao mundo visto por pessoas simples, leigas, místicas, religiosas, teosóficos, espiritualistas etc. É o caso das chamadas REALIDADES PARALELAS. A TV BBC lançou recentemente um documentário mostrando o que se passou por trás dos bastidores das grandes mentes e teorias que disputavam a supremacia de apontar a origem da matéria e do universo. Durante décadas cinco importantes teorias competiram entre si para provarem que a matéria deve ser vista como um processo sutil e vibracional (teoria das CORDAS) que acontece em níveis profundos e entre realidades paralelas. Ou seja, a realidade que experimentamos, segundo essas teorias, na verdade (se quisermos acreditar na ciência moderna) é conseqüência de fenômenos energéticos que acontecem em faixas de freqüência fora do campo de percepção dos sentidos humanos. E que essa realidade objetiva que nos sentimos pertencentes a ela, em suas três dimensões, na verdade faz parte de um sistema de onze realidades que se comunicam e interagem continuamente em movimentos de “partículas” e “anti-partículas” ultra-velozes (superiores ao da velocidade da luz). Assim, nosso corpo e tudo mais que nos cerca faz parte desse grande e espetacular processo de criação de realidades. Em outras palavras, não existe uma única realidade e nem um único universo, mas um multi-universo e uma multi-realidade. A experiência do acelerador de partículas (de 27 Km de extensão!) que se está montando na fronteira da Suíça com a França é em verdade a tentativa de provar a hipótese de que existe uma “partícula” fundamental (Bóson de Higgs) que somente é possível de captá-la quando provocamos um mini big-bang (a grande explosão cósmica que deu origem a todos os universos). Em 1988 tive a felicidade de vivenciar uma realidade paralela (numa outra dimensão da vida). E foi extremamente difícil para mim falar dentro da academia onde estudava (mestrado e doutorado – poucos foram os que aceitaram e respeitaram o que eu vi) desse fenômeno porque me sentia constrangido com o olhar de meus colegas de pesquisa. Hoje, sinto-me a vontade em dizer: A realidade é como uma cebola, pois tem várias camadas! Ou seja, A CASA DO MEU PAI TEM VÁRIAS MORADAS SIM!
Prof. Bernardo Melgaço da Silva (88) 9201-9234 – bernardomelgaco@hotmail.com
Prof. Bernardo Melgaço da Silva (88) 9201-9234 – bernardomelgaco@hotmail.com
Grande texto Melgaço, incrível o quanto a ciência de hoje precisa de Deus, não exatamente o Deus institucionalizado e teogônico, mas exatamente aquele que provoca polêmicas, não por ser espetaculoso, mas sim por desafiar a nossa vã filosofia de gabinete, que propaga a infinitude de Deus e se espanta ceticamente à primeira experiência extra-sensorial.
ResponderExcluirVocê tem conhecimento da tese de Pietro Ubaldi, A Grande Síntese?
abraços
Obrigado. Conheço sim..Já li alguma coisa dele. Um abraço.
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