Os joelhos sobre a areia,
Palmas das mãos, hora juntas, hora na face a aparar as lágrimas.
A fé trincada entre os dentes, no brilho perolado do negro olhar.
Olhar que mira o céu, catando migalhas de nuvens
Que os dilaceram em sua branquidão.
Os joelhos sobre a areia,
Agora dourada pelo tingir de lágrimas.
Um sofrimento eterno.
Assim como a eterna luta em manter-se vivo.
De pé, cabo da enxada sobre o ombro.
E o homem que a pouco era escombro
Ergue-se e fere a terra agora pelos passos.
Passo a passo com a solidão,
Ombro a ombro com Deus,
Dores aos montes, e ele some num horizonte,
Fonte de um homem de coragem e orgulho sem fim.
Saudades dos homens de verdade e medo aos de festim.
Olho de mulher ...Olhar do homem.
ResponderExcluirSaudades de você, meu pooeta !