Preciso deste meu corpo cansado.
Destes olhos sem dono.
Quando nasci com a bunda virada para a lua
houve um eclipse.
Tenho tanto sorte com meus fantasmas -
morrem todos assustados com a própria sombra.
Coragem é para os altivos lunáticos.
Confiança é para os sábios magricelas.
Se eu jogar meu mundo para o alto
despencará um saco cheio de oitis verdes.
Sinto náuseas só em pensar
o azedume na língua.
Matava minha fome mesmo
com o barro das paredes.
E a lombriga solitária tão vistosa
engordava minha alma.
De vez em quando ela punha o olho para fora.
Eu via o brilho do seu olhar pelo reflexo no alumínio.
Um penico de alumínio -
meu primeiro Oráculo.
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