sexta-feira, 17 de abril de 2009

Chapéu de Palha*

Ressuscitaram o porto
O porto que estava morto
Quanta gente o esperava
De rio gasta-se menos
Noventa e cinco por cento
Mas a estrada como sabemos
Foi um negócio das Arábias

Faz tempo
O remo virou motor
E o pescador
Não virou estivador
Foi fazer pista
Pra quem tem carro
Passar sorrindo

Hoje já não falta
A comida no prato
A quem deu a sorte
De ser cadastrado
Ainda tem malandro
No lugar errado
Como água de rio
Um povo barato
A nossa fartura
É que inunda de fruta
O café da manhã
Nos países caros

*(projeto que beneficia trabalhadores da lavoura desempregados durante a entre-safra, remunerando-os)

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