Comentários controversos têm colocado o Papa no centro de polêmicas
Peter Popham
Peter Popham
Do Independent
ROMA. Em sua primeira visita à África como Pontífice, nesta semana, o Papa Bento XVI lançou uma nova controvérsia ao afirmar que, além de as camisinhas não serem a solução para a epidemia de AIDS no continente, os PRESERVATIVOS podem até agravar o problema.
Essa foi apenas a última de uma sucessão infindável de gafes cometidas pelo Papa mais inteligente dos tempos modernos - e também o com maior tendência, por ampla vantagem, de se envolver em encrencas.
Em escorregadas anteriores, o teólogo bávaro abriu as portas da Igreja a um bispo que nega piamente a existência de câmaras de gás, se recusou a assinar declarações da ONU sobre os direitos de homossexuais e portadores de necessidades especiais, negou a possibilidade de diálogo interreligioso depois de rezar numa mesquita, insultou muçulmanos e deixou de citar judeus durante uma visita a Auschwitz.
As gafes de Bento XVI estão ficando tão frequentes e previsíveis quanto as de Silvio Berlusconi. E enquanto Joseph Ratzinger nunca cultivou a imagem de palhaço e piadista do primeiro-ministro italiano, há mais uma característica que os dois compartilham: eles escolhem o grande momento, quando o mundo está atento ao que têm a dizer, para lançar suas bombas peculiares.
Sempre seria interessante ouvir o que Berlusconi tem a dizer ao lado do presidente Medvedev da Rússia sobre o recémeleito presidente Barack Obama.
Berlusconi escolheu aquele momento para dizer que Obama "tem um belo bronzeado".
E escolheu os holofotes de uma entrevista coletiva conjunta para dizer ao presidente Sarkozy, - à meia boca, mas de forma audível - que Carla Bruni era seu presente pessoal ao presidente francês.
Da mesma forma, o Papa escolheu sua primeira visita à África para lançar sua bomba da CAMISINHA. Dada a quantidade de artilharia que a Igreja recebeu de organizações de combate à AIDS pela incapacidade de endossar o uso de CAMISINHA em qualquer circunstância, mesmo em casamentos em que um dos parceiros é SOROPOSITIVO, esse não era um assunto que o Pontífice pudesse ignorar.
Outra faceta do Papa é sua eventual disposição para voltar atrás. Durante um discurso numa universidade alemã em 2006, Bento XVI parafraseou um imperador bizantino dizendo que Maomé trouxe "apenas o mal e o desumano, como seu comando para propagar pela espada a fé que ele prega". Por semanas, o Pontífice virou no mundo muçulmano o saco de pancadas da vez. E, assim como nos casos de Williamson e de Auschwitz , ele acabou voltando atrás, o que por si só não é edificante.
Embora o conceito da infalibilidade papal seja amplamente mal compreendido, o Papa fere o prestígio do cargo ao precisar engolir as próprias palavras. Mas ele frequentemente o faz. Por que um Papa com tamanha capacidade intelectual - cujos trabalhos publicados são elogiados como sensíveis e iluminados por muitos dos que discordam de suas posições doutrinárias - comete tantos erros? Uma resposta pode ser a notória timidez de Bento XVI e o fato de que, embora desempenhe as funções papais com bastante disposição, ele nunca desenvolveu muito gosto pelo teatro da Igreja. Quando o mundo todo está olhando, ele parece perder o rumo.
- Ele é um teólogo, não um executivo - disse um cardeal.
- Um grande teólogo não necessariamente tem seus dedos no pulso da realidade.
Fonte: JORNAL O GLOBO
Doutor Zé Flávio, e o que fez o Padre Duarte, da Paraiba, ordenado no Crato. Suruba ou orgia sexual, escolham, mas o padre caiu na esparrela e teve três vídeos postados na internet, onde o digno pároco exibia sua perfomance de alcova com um casal. Mas o mais interessante que seu parceiro usava preservativo!
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