Muy cerca de mi ocaso, yo te bendigo, vida,
porque nunca me diste ni esperanza fallida,
ni trabajos injustos, ni pena inmerecida;
porque veo al final de mi rudo camino
que yo fui el arquitecto de mi propio destino;
que si extraje la miel o la hiel de las cosas,
fue porque en ellas puse hiel o mieles sabrosas:
cuando planté rosales, coseché siempre rosas.
...Cierto, a mis lozanías va a seguir el invierno:
¡mas tú no me dijiste que mayo fuese eterno!
Hallé sin duda largas noches de mis penas;
mas no me prometiste tú sólo noches buenas;
y en cambio tuve algunas santamente serenas...
Amé, fui amado, el sol acarició mi faz.
¡Vida, nada me debes! ¡Vida, estamos en paz!
(abaixo tradução livre deste poema feita por Armando Lopes Rafael):
(abaixo tradução livre deste poema feita por Armando Lopes Rafael):
Bem perto do meu ocaso, eu te bendigo vida,
Porque nunca me deste esperanças falidas
Nem trabalhos injustos, nem pena imerecida.
Porque nunca me deste esperanças falidas
Nem trabalhos injustos, nem pena imerecida.
Porque vejo ao final do meu duro caminho
Que eu fui o arquiteto do meu próprio destino;
Se extrai o mel ou o fel das coisas
Foi porque nelas coloquei fel ou mel:
Quando plantei roseiras colhi sempre rosas.
Que eu fui o arquiteto do meu próprio destino;
Se extrai o mel ou o fel das coisas
Foi porque nelas coloquei fel ou mel:
Quando plantei roseiras colhi sempre rosas.
Certo, o meu vigor chegará num inverno;
Mas tu não disseste que o maio era eterno!
Achei, sem dúvida, longas as noites de minhas penas;
Mas não me prometeste somente noites tranqüilas;
E em troca tive algumas plenamente serenas...
Mas tu não disseste que o maio era eterno!
Achei, sem dúvida, longas as noites de minhas penas;
Mas não me prometeste somente noites tranqüilas;
E em troca tive algumas plenamente serenas...
Amei, fui amado, o sol acariciou meu rosto.
Vida nada me deves. Vida estamos em paz!
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Amado Nervo, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, poeta mexicano, nasceu em Tepic a 27 de agosto de 1870 e faleceu em Montevidéu em 24 de maio de 1919.
Vida nada me deves. Vida estamos em paz!
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Amado Nervo, pseudônimo de Juan Crisóstomo Ruiz de Nervo, poeta mexicano, nasceu em Tepic a 27 de agosto de 1870 e faleceu em Montevidéu em 24 de maio de 1919.
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