quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Um papo com Iracema, Ana e Salatiel

Por José do Vale Pinheiro Feitosa
O dia amanheceu cantando. O Rio amanheceu sorrindo. Os democratas que abram seu pensamento para os fatos de hoje: a obstrução da oposição na votação do Pré-Sal; o terceiro mandato para Uribe na Colômbia; a revolta da Favela de Heliópolis.

Ontem pelas dezoito horas estivemos no lançamento do livro “Meeiros do Café – gente e ocupação da zona proibida do Caparaó” do advogado e ex-deputado pelo PDT do Rio de Janeiro Vivaldo Barbosa. Comigo o Salatiel, a Iracema sua irmã e a amiga Ana.

O debate entre oposição e governo é sobre algo muito positivo para o Brasil. Afinal tratamos de uma reserva de petróleo estratégica para o país. Cobiçada pelos demais países e por isso mesmo importante para nosso desenvolvimento social e econômico.

Numa rodada de vinhos e o metralhar de assuntos, o centro foi o Cariri, especialmente o Cariricult e seus personagens, leitores e escritores. Falamos sobre todos e claro, ao fazermos isso, era de nós mesmo que falávamos. O Cariricult se desdobra com força.

As empresas de comunicação no Brasil se tornaram aquilo que Gramsci dizia: em verdadeiros partidos políticos. Trata o terceiro mandato para Uribe com outros modos se fosse Chávez, Rafael, Evo ou Lula. Cinismo e terceiro mandato na pauta. E Honduras?

De algum modo o desdobrar de um coletivo como o Cariricult é necessário e tem condições para o futuro. Salatiel tem boas idéias e no seu modo peculiar garante hospedar nossos ânimos para a ação. A agenda já se constrói no seu modus operandi.

As Canudos do século XXI. Que os vitoriosos da vida se sintam acomodados e queiram viver o conforto dos seus bens acumulados é natural. Mas não é esquecer-se que milhões vivem em aglomerações provisórias, violentas e sobre forte repressão do Estado. Heliópolis tem literalmente aquele sentido da música “Alagados” do Paralamas do Sucesso: A arte de viver da fé / Só não se sabe fé em quê.

Nas despedidas. O Salatiel volta amanhã ao Cariri. Uma foto por memória e a consciência que é preciso fazer algo. Assim como apresentar nossas preocupações, alegrias e modelos de mundo para o futuro. E isso podemos.

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