quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Esqueça o Sonho Americano - viva outra Utopia - José do Vale Pinheiro Feitosa

Viver para os humanos é ser parte do metabolismo do planeta terra em articulação com a sociedade organizada em razão desse metabolismo. Esse viver age conforme conhecimentos sobre o planeta que são traduzidos como cultura, pensamento filosófico, método de análise científica, religiosidade, arte e tecnologia. Os objetivos do viver, tanto em relação ao metabolismo quanto à organização social, se traduzem como civilização.

Para referência do que isso seja tome os valores das civilizações greco-romanas, do cristianismo, do hinduísmo, do confucionismo, incluindo o budismo e o maometanismo. Observem a abrangência ética, moral, estética que estas civilizações deram. Isso sem negar muitas outras bem antigas e outras nem sempre bem codificadas incluindo a mesopotâmia, o Egito e antigas civilizações africanas e americanas.

Não quero que nos tornemos meros sujeitos de atrasos da história ou que neguemos a atualidade. Ao contrário, avento a hipótese que podemos pensar algo diferente sobre o mundo e nossa sociedade. Que nós podemos ser algo diferentes pois todo o sentido de se falar de referências de organização social (civilização e cultura) só faz sentido se falarmos em utopia. Naquilo que pode ser melhor do que é.

E aí sigo onde é necessário enfrentar a diferença para se começar a construir os termos de uma utopia, usando algumas síntese do pensador americano Morris Berman em seu livro “Por que os Estados Unidos Fracassaram”. A primeira delas é lutar e construir uma alternativa para uma sociedade que “Busca de Status e aquisição de objetos. Não dar a mínima para ninguém, a não ser para si próprio.”

“Acreditam na mobilidade social e morrem na mesma classe em que nasceram. Alucinam que um dia serão Bill Gates. Ninguém acha um absurdo alguém ser o proprietário de 60 bilhões de dólares.”

Um avião comercial, do Irã, com 290 pessoas à bordo, 66 delas eram crianças, foi derrubado por um foguete lançado por um navio de guerra americano no Golfo Pérsico. Teria sido um engano. A resposta de George Bush Jr.: “Nunca peço desculpas por algo que os Estados Unidos tenham feito. Não me importam os fatos.
Aí se encontra a diferença. Não é ao território Nacional dos EUA é a sua ideia de sociedade.


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