Fusões de músicas dos Beatles e John Lennon
Não se deixe conduzir pelo contrato. Arranjo. Compromisso.
Pessoa de bem. Não se deixe conduzir.
São coisas feitas para se negar. Sempre há uma cláusula de
cessação. Sempre há um encerramento. Um caixão para pregar você dentro. Sempre
há.
Há um momento. Aquele em que as portas se abrirão e a
paisagem do mundo é sua. Todo este eterno, vasto, infinito mundo, é o planisfério
de sua própria epiderme. É o plano de sua própria linha de fuga. Fuga de si
mesmo.
E aí a tradução é o amor. A paixão infinita pela eternidade
ao lado do outro. O outro que é o plano de fuga de si mesmo. Como paisagem do
mundo. Apagando os limites entre si e o outro e desse modo criando uma
individualidade binária.
O amor é isso. A atração pelo planisfério neste vasto e
infinito mundo. A fusão dos momentos como uma nova unidade de tempo. O encontro
dos fragmentos da crosta numa tremenda força de transformação da superfície.
E como força telúrica, o amor confunde os sinais e sentidos
antes postos. Uma singularidade criativa que se faz em sínteses e separações,
em versos que exaltam, reformatam, dispersam os acúmulos e criam uma nova conta
de adições e multiplicações.
Por isso é tão e imensamente doloroso que alguém desista, se
canse, perca a noção do planisfério do amor. E se vá com apenas o saldo dos
solavancos e até desconhecendo tudo que aconteceu.
Se não foi apenas o cerimonial de um contrato. Se foi amor,
é tudo tão intenso que as miudezas que enfeitam as paredes guardam soluções. As
paredes têm lições a apresentar.
Se foi amor. Se é amor. É o planisfério do
vasto, eterno e infinito mundo.
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