sábado, 22 de setembro de 2018

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA


“Quando você apoia alguém que diz que mulheres devem ganhar menos porque engravidam, ou que diz que filho gay é falta de porrada, ou que não corre risco de ter uma nora negra porque os filhos foram bem educados, que afirma que não aceitaria ser operado por um médico cotista, que diz que o erro da ditadura foi torturar ao invés de matar, quando você concorda com alguém que apoia o assassinato de outras pessoas, independente de quem essas pessoas sejam, então a nossa divergência não é política. A nossa divergência é moral.”

#EleNunca #EleNão

sábado, 15 de setembro de 2018

LULA E SEU MAIOR DESAFIO - José Nilton Mariano Saraiva


Após mais de quatro anos de frenética atividade, quando se valeu inclusive de uma parafernália tecnológica digna de filmes hollywoodianos (grampeamento de telefones em larga escala, inclusive da Presidência da República) objetivando encontrar um suposto malfeito, o juiz de primeira instância Sérgio Moro   findou por condenar o ex-presidente Lula da Silva por um “ato de ofício indeterminado”.

Em português claro e cristalino: como não encontrou uma mísera e única prova capaz de sustentar um parecer minimamente verossímil e consistente sobre pelo menos algum resquício de crime que houvesse sido cometido pelo ex-presidente, o jeito foi admitir a “indeterminação”. E fazer uso de tal excrescência.
 
Não se estranhe, entretanto, que tudo isso haja sido chancelado in totum pelos parceiros de longa data do juiz Sérgio Moro, com assento no Tribunal Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, porquanto tornou-se “comum” que aquela corte aprove tudo que vem de Curitiba, mesmo antes de seus integrantes tomarem conhecimento do que lhes será apresentado (vide o depoimento do seu presidente, Desembargador Trompson Flores, quando asseverou ser “irrepreensível” a denúncia de Sérgio Moro contra Lula da Silva, sem sequer dela ter tomado conhecimento prévio, conforme comprovado a posteriori). E hoje todos sabemos, porque publicizada, que nas 81 páginas de referida denúncia não consta uma única prova contra o ex-presidente. Apenas convicções, meras convicções.

A bem da verdade, referido imbróglio poderia ser facilmente elucidado pelo  tal Supremo Tribunal Federal, se ao menos cumprisse seu papel de “guardião” da Constituição Federal; e, no entanto, o que vimos foi aquela Corte Maior se “apequenar” vergonhosamente e atuar como um dos partícipes ativo e desassombrado do “golpe” parlamentar-jurídico-midiático, a partir do instante em que se recusou a julgar o “mérito” do impeachment da honesta presidenta Dilma Rousseff (de onde se derivou tudo o que vemos  hoje).  

Fato é que, a partir daí a palavra de ordem foi inviabilizar, de qualquer maneira, a pretensão do ex-presidente Lula da Silva de concorrer nas eleições para Presidente da República. Nem que para tanto a Constituição Federal fosse rasgada diuturnamente, prazos fossem agilizados em desfavor do ex-presidente, processos não fossem conclusos, decisões fossem tomadas ao arrepio da lei e sentenças fossem firmadas com base em meras convicções e achismos de um juiz provinciano deslumbrado.

E assim, estupefatos, tomamos conhecimento da detenção do ex-presidente Lula da Silva, com poucos meses de antecedência da eleição presidencial, quando todos os institutos de pesquisa apontavam uma sua vitória esmagadora, provavelmente ainda no primeiro turno.

Como de nada adiantaram os recursos apresentados às diversas instâncias (e por essas repassadas ao Supremo Tribunal Federal para uma decisão final), e a “MÁ VONTADE” tornou-se explícita no sentido de que aquela Corte não iria permitir em hipótese alguma que concorresse, Lula da Silva compulsoriamente viu-se diante do seu maior desafio: mesmo preso numa “solitária” e proibido de se comunicar com seu povo, apontar um sucessor e recomendá-lo à militância, às diversas alas do PT e àqueles que  de uma ou outra forma sonham com a volta dos velhos e bons tempos, de quando ele governou o país.

Daí a responsabilidade do ungido, Fernando Haddad, intelectual paulista vinculado ao PT e que durante os governos Lula/Dilma prestou relevantes serviços à nação.

Hoje, céticos, tremendo de medo e/ou mesmo mal-intencionados, alguns segmentos da mídia tupiniquim se põem a questionar se Lula da Silva terá o carisma e poder suficiente para transferir ao seu escolhido o “oceano de votos” que as pesquisas lhes atribuíam no momento em que foi arrancado à fórceps (pelo Judiciário) da corrida presidencial, capaz até de leva-lo à vitória em primeiro turno (mais de 40%).

Sem dúvida uma tarefa hercúlea, dada a exiguidade de tempo (faltam apenas três semanas para a realização do pleito) daí não se ter dúvidas que para Lula da Silva a hora é essa: provar que, para a maioria do povo, HADDAD é LULA, LULA é HADDAD.

Para desespero do Ministério Público, Polícia Federal, Tribunais Superiores de uma maneira geral e, principalmente, Sérgio Moro e sua equipe de procuradores, adeptos de convicções, achismos e indeterminações.



terça-feira, 11 de setembro de 2018

CHEGOU A HORA


“Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não. Nenhum opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da Globo.
Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República.
E peço que votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador para construirmos um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salário digno e reforma agrária.
Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.
Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!
Um abraço do companheiro de sempre,
Luiz Inácio Lula da Silva”

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

INOMINÁVEL "FRAUDE" - José Nilton Mariano Saraiva

Sem qualquer escrúpulo e parecendo mesmo divertir-se com a crescente tensão da população em se preocupar com os rumos que o país atravessa, os prolixos, desonestos e preguiçosos integrantes do tal Supremo Tribunal Federal (STF) continuam a vomitar toda a sua arrogância, desfaçatez e intolerância  quando chamados a se manifestar sobre o “direito” (líquido e certo, num país democrático) do ex-presidente Lula da Silva em concorrer às próximas eleições presidenciais.

E não poderia ser assim, porquanto pelo menos dois documentos legais e em plena vigência garantem ao ex-presidente se habilitar a exercer tal direito: a nossa Carta Maior (Constituição Federal) e a Lei das Eleições.

A Constituição Federal, contundentemente reza, em seu artigo 5º, inciso LVII que: “ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória”. Ou, em português claro e cristalino, qualquer processo só se esvai após não mais existir ou quando se esgotarem quaisquer possibilidades de recorrência às instâncias competentes, qual seja, quando transcorrer o chamado “trânsito em julgado”. E todos sabemos que o juiz Sérgio Moro e seus cúmplices do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, não concluíram o processo onde Lula da Silva se acha incurso.

Já na Lei das Eleições (Lei 9.504, de 30.09.97) o artigo 16-A é inquestionável (ipsis

litteris): “O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos 

relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no 

rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver 

sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao 

deferimento de seu registro por instância superior”. Ou seja, e novamente: como 

o ex-presidente não teve o seu processo concluso pelo juiz Sérgio Moro e seus 

cúmplices de Porto Alegre, fica evidenciada a condição “sub judice” em que se 

enquadra o ex-presidente e, assim, tem ele o direito explicitado acima.

E entretanto, quando, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  relatou o processo que decidiria se o registro da candidatura do ex-presidente seria aceito ou não, o Ministro Barroso (do STF) optou por privilegiar uma lei ordinária, ou seja, a tal Lei da Ficha Limpa, em detrimento não só da nossa Carta Maior, bem como do que reza a própria Lei das Eleições, além de desprezar, ainda e também,  a recomendação de um Comitê da ONU com força de lei no Brasil (já que o país é um dos signatários) determinando fosse a Lula da Silva garantido o direito de participar das eleições em pé de igualdade com os demais candidatos.

Fato é que, a apenas 30 dias da realização das Eleição Presidencial e graças à insegurança e “esculhambação” jurídica vivenciada pelo país, pela total  e completa irresponsabilidade dos integrantes do tal Supremo Tribunal Federal, a Lula da Silva assiste todo o direito de recorrer não só ao plenário do famigerado STF, assim como à ONU, a fim de tentar obter o que lhe é garantido pelas leis vigentes no país: votar e ser votado.

Portanto, qualquer decisão em contrário pode e deve ser rotulada como uma inominável fraude.



domingo, 2 de setembro de 2018

ADEUS,,, "MANTOS SAGRADOS" - Jose Nilton Mariano Saraiva


Confeccionados em edições limitadas, virgens, intocados e inocentes, eram assim os uniformes dos nossos principais clubes de futebol, até bem pouco tempo. E tais predicados serviam para realçar a beleza, o esplendor e magia de cada um deles. Havia até uma certa timidez, certo receio, um excessivo respeito que nos impedia de maculá-los, acessá-los, sequer tocá-los.

O símbolo do clube - e só ele - soberano e galhardo, pontificava e realçava, à altura do peito esquerdo, sobreposto às cores respectivas. A camisa de um Vasco da Gama, um São Paulo, um Fluminense ou um Palmeiras se nos apresentava sóbria, elegante, indevassável, imaculadamente soberana em sua pureza. Nada capaz de nodoá-las. Além do símbolo-emblema à frente, apenas a numeração às costas. Era, pois, motivo de orgulho pra todos nós, torcedores. Pode-se inferir que foi ali, via imaginário popular, que se materializou seu batismo como “manto sagrado” (ou uma “segunda pele”).

Mas, aí, adentrou no campo de futebol um parceiro que mais tarde se revelaria por demais “guloso”, a televisão, já que trazendo a reboque um avassalador e temível rolo-compressor: os “patrocinadores”. Extremamente profissionais, poderosos, fortes, exigentes e cheios da grana, comendo pelas “beiradas” começaram o processo de demolição progressiva do romantismo imiscuído numa atividade até então praticamente amadora e, até, marginal.

Assim é que, num primeiro momento, as bordas do campo de futebol (laterais) outrora vazias, solitárias, desprezadas e sem qualquer valor mercantil, repentinamente se viram povoadas com dezenas de placas, anúncios, propagandas diversas; estáticas, em formatos variáveis e multicoloridos, tais instrumentos anunciavam desde bebidas alcoólicas a peças íntimas femininas, do másculo aparelho de barbear ao suave desodorante direcionado à mulher. Tudo isso veiculado pela TV, para milhões de telespectadores, tornou muita gente milionária.

Estava dado o primeiro passo para a “profissionalização” definitiva das nossas principais equipes. E então, mais que rapidamente, foi dado o passo seguinte: “vapt-vupt”, sem que sequer nos déssemos conta, das bordas do campo o insaciável e esperto “patrocinador” resolveu pular adiante, alçar voo rumo a um espaço mais visível, generoso, abrangente e em permanente exposição: e dessa forma, agindo sem quaisquer concessões ou escrúpulos, foi que os “mantos-sagrados” das nossas principais agremiações foram fria e calculadamente desvirginados, violentados, estuprados. Irreconhecíveis se tornaram, perderam a magia.

Ainda insatisfeitos, a partir de então os próprios jogadores de futebol foram literalmente obrigados e passaram a funcionar como eficientes “outdoors” ambulantes, a anunciar um produto qualquer. Para tanto, os novos “donos do futebol” trataram de instruir e catequiza-los a trocarem as camisas entre si, ao final de cada pugna, ou mesmo a as arremessaram para a torcida, objetivando, evidentemente, difundir a “marca”, fazê-la circular, se tornar conhecida além do campo de jogo ou do próprio estádio.

E tem mais: se antes os nossos craques se notabilizavam pelo belo sentimento-amadorístico do “amor à camisa” (pela qual só faltavam se matar em campo), pela siderúrgica fidelidade ao clube de origem (a ponto de dificilmente se transferirem para um outro) chegando mesmo a serem confundidos com a própria instituição (Pelé, no Santos, Roberto Dinamite, no Vasco e Zico, no Flamengo são exemplos emblemáticos), pois bem, como se não bastasse isso, repentinamente o patrocínio se individualiza na figura do próprio craque, avança sobre o esportista, peita e corrompe inexoravelmente o homem.

E haja “direito de imagem” pra cá, “direito de imagem pra lá”, que implica em usar um boné de uma determinada marca, uma chuteira de uma cor tal, uma prosaica “fitinha” (com a marca estampada) a prender o cabelo, e por aí vai, em troca de montanhas de dinheiro.

Resumo desse capitalismo selvagem ??? A TV transformou o futebol num rendoso, inesgotável e próspero negócio, com dirigentes e jogadores “nadando” em dinheiro. E haja propina. Nem que para isso o torcedor seja dia-a-dia desrespeitado, ignorado, relegado a ser um mero objeto de consumo, simplório coadjuvante, sem nenhum poder de escolha; assim, os jogos tanto podem começar ao sol inclemente do meio-dia, como avançar pela madrugada e terminar no dia seguinte; o calendário vai de segunda a domingo e quem não achar correto que se exploda.

Quanto ao nosso querido “manto sagrado”, foi pro beléleu, voou pro espaço, escafedeu-se, sumiu; é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro que localizar, mesmo com uma possante lupa, o “símbolo do clube” em camisas repletas de propagandas às mais diversas (e normalmente de um tremendo mau gosto). Até a seleção nacional se rendeu ao mercantilismo do patrocínio e a “amarelinha” já ostenta as tais “marcas”.

E foi, a partir daí, ao passar a integrar permanentemente a grade de programação das TVs, o futebol deixou de ser uma atividade “marginal” e seus jogadores passaram à condição de verdadeiros “ídolos” (e literalmente disputados no tapa pelas mulheres).

Que, ante a perspectiva de também aparecerem na “telinha”, em bandos passaram a frequentar os estádios da vida (acompanhadas dos parceiros e da própria família), dando-lhes um colorido todo especial, mais familiar. 

Pelo menos, isso de bom nos propiciou a profissionalização do futebol.

sábado, 1 de setembro de 2018

"LENDA VIVA"


LULA DA SILVA 

ESSE HOMEM É UM FENÔMENO. UMA ÚNICA PESSOA CONTRA MONOPÓLIOS DE MÍDIA, PODER JUDICIÁRIO (CORRUPTO), POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO, FORÇAS ARMADAS, GIGANTES EMPRESÁRIOS, MULTIDÕES DE ZUMBIS, UM IMPÉRIO CAPITALISTA E, MESMO SENDO UM “PRESO POLÍTICO”, DE DENTRO DE SUA CELA O CARA LIDERA TODAS AS PESQUISAS E AGORA CHEGA AO TOPO DO TWITTER MUNDIAL. DAQUI A 1000 ANOS AINDA ESTARÃO FALANDO E ESTUDANDO O FENÔMENO LULA. SOMOS PRIVILEGIADOS DE SER CONTEMPORÂNEOS DESSA “LENDA VIDA”.

(TEXTO EXTRAÍDO DA INTERNET).

DEZ ANOS: SEM LENÇO E SEM DOCUMENTOS - José Nilton Mariano Saraiva

DEZ ANOS: SEM LENÇO E SEM DOCUMENTOS – José Nilton Mariano Saraiva

O dia: 18/06/2008 (portanto, pouco mais de dez anos atrás). A hora: 11:00 da manhã. O local: sede do Departamento da Polícia Federal, Bairro de Fátima, Fortaleza-Ceará.

Miseravelmente só (já que a Associação dos Aposentados do BNB, na hora "h", tirara o “braço da seringa”, negando-nos a competente assistência jurídica e, portanto, deixando-nos na mais completa orfandade), sem lenço e sem documentos e “tremendo mais do que vara verde”, ali nos encontrávamos, a fim de atender à lacônica e fria Intimação recebida dias antes, a fim de “prestar esclarecimentos de interesse da Justiça”.

Na pequena e desconfortável sala, que mal cabia os dois “birôs”, um computador, um arquivo e a cadeira do “visitante”, os dois delegados da Polícia Federal nos receberam e cumprimentaram, burocrática e formalmente.

De início, um deles indagou-nos se sabíamos por qual razão ali estávamos. Ante nossa ignorância (já que na Intimação não constavam detalhes), sacou da gaveta o livro de nossa autoria “BNB-A Verdade Nua e Crua (Sobre a Era Byron Queiroz)", que havíamos publicado três anos antes (em 2005) e arrematou, convicto; “Para esclarecer e confirmar as graves acusações aqui contidas”.

Quem fizera a denúncia e entregara o livro ??? Silêncio sepulcral.

E então... começou o “bombardeio” (que durou cerca de duas horas). Experientes, preparados, passados na casca-do-alho, possuidores da refinada técnica de extrair do “convidado” aquilo a que se propõem, os dois não demonstraram seguir um roteiro pré-determinado: abriam o livro, aleatoriamente, em uma página qualquer, e indagavam sobre o ali posto. Vez por outra, refaziam uma pergunta feita lá atrás, na tentativa sutil de encontrar alguma contradição, algum escorregão, uma falha sequer; e tome perguntas, questionamentos, pedidos de esclarecimentos. Uma coisa de louco.

Como, ao receber a “Intimação”, houvéramos imaginado o que lá trataríamos (só podia ser sobre aquilo), reuníramos todos os documentos citados no livro e, assim, a cada indagação, disponibilizávamos, tecendo um breve comentário, a peça correspondente. E o melhor: a “tremedeira” passara, sumira, se fora, escafedera-se, e, repentinamente, uma aura de segurança e total tranquilidade se apossara do nosso ser.

O certo é que, ao final daquele calvário (para nós), depois de receberem e garantirem que anexariam ao processo o “caminhão” de documentos que lhes entregamos (mais de 200 páginas), a agradável surpresa: “Senhor José Nilton – confidenciou um deles – parabéns pelo pleno exercício da cidadania”; ao que o segundo, complementou: “Se todos agissem assim, esse nosso país seria bem diferente”.

O sol do meio da tarde brilhava forte e abrasador, quando de lá saímos, famintos, mas tranquilos, leve, em paz com a vida e com a nossa consciência. Resolvemos, então, elaborar uma espécie de “mini-relatório”, a respeito, que encaminhamos a alguns poucos colegas do BNB. E aí, nos dias seguintes, sem que fosse essa a nossa intenção, a “coisa”, tal qual um rastilho de pólvora, se espalhou, multiplicou-se e até em uma reunião da Diretoria do BNB o assunto foi ventilado. Colegas de agências do Banco, por todo o Nordeste, chegaram a solicitar da AABNB que, através do seu jornal mensal, mostrasse a “fuça” (rosto) daquele “doido” (o que foi feito, a posteriori).

Inacreditavelmente, no entanto, alguns colegas aposentados do Banco, aqui e alhures, sentiram-se ofuscados, visivelmente incomodados, incompreensivelmente contrariados, constrangidos até e, a partir de então, cortaram relações, passaram a nos denegrir, a lançarem insinuações malévolas a nosso respeito, à tentativa de nos desqualificar (mesmo em ocasiões em que o assunto não tivesse nada a ver).

Isso tem nome ??? Tem, sim !!! Qual ??? O cardápio é variado e cada um pode escolher o que achar conveniente e apropriado. Da nossa parte, uma certeza: vamos continuar a cobrar, fuçar, questionar, a, enfim, exercer nossa cidadania. Na plenitude. Contundentemente.

Post Scriptum:

01) Quando lançamos o livro (3.500 exemplares), unidades foram encaminhadas, pela Associação dos Aposentados do BNB (que, depois, como vimos, “tirou o braço da seringa”), ao Presidente da República, alguns Ministros de Estado, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Desembargadores de Tribunais, Governador do Ceará, Prefeita de Fortaleza, Vereadores da capital e Diretores e Superintendentes do BNB. Se leram, ou não, são outros quinhentos. Fizemos a nossa parte.

02) Byron Queiroz e demais integrantes da quadrilha, após ação impetrada pelo Ministério Público (que fora acionado pela AABNB), foram condenados, pela Justiça Federal do Ceará, a 14 anos de prisão, devolução do valor subtraído, suspensão dos direitos políticos por 8 anos, indisponibilidade dos bens e tal. Recorreram ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife-PE, e foram inocentados, por unanimidade (é vero, senhores, podem acreditar; afinal, o “padim” do homem era o todo poderoso tucano Tasso Jereissati).

03) Posteriormente (em 02.09.09), nova condenação da mesma Justiça Federal do Ceará. Com a mesma pena e as mesmas supressões de direitos. Nova apelação ao mesmo Tribunal Federal (Recife) e a repetência do veredito (inocentados, por unanimidade), o que nos leva à velha conclusão: para o Judiciário brasileiro, cadeia foi feita pra pretos, pobres e putas.

04) O “rombo” que Byron Queiroz deixou no BNB foi de “insignificantes” R$ 7,5 bilhões (isso mesmo, com “B”, de bola).

05) Como a refrega com os aposentados do BNB foi intensa e desgastante (até mesmo para um marginal), Byron Queiroz faleceu pouco depois em razão de uma copiosa e letal hemorragia digestiva (para azar do Lúcifer, que com ele passou a conviver a partir de então).