quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

AINDA SOBRE O "DESASTRE AMBIENTAL" NA AMAZÔNIA - José Nilton Mariano Saraiva


Durante muitos anos, o desenvolvimento econômico, decorrente da Revolução Industrial, sobrepôs-se e impediu que os problemas ambientais fossem considerados seriamente, como deveriam.

A poluição e os negativos impactos ambientais do desenvolvimento desordenado eram visíveis, mas, ante os benefícios proporcionados pelo “progresso”, eram justificados irresponsavelmente como um “mal necessário”, algo com que deveríamos conviver e nos resignar, ad eternum.

Só nos anos recentes, após a descoberta da camada de ozônio, do efeito estufa e do perigoso aquecimento global, a racionalidade foi posta em prática e o conceito mudou radicalmente: proteger o meio ambiente não significa impedir o progresso, bem como não se pode admitir um desenvolvimento predatório e insustentável.

Assim, urge que reconheçamos ser fundamental a conscientização coletiva da necessidade de se promover o desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente, que é o que muitos de nós tentamos fazer, individualmente, na procura de uma vida saudável e duradoura.

Para tanto, é por demais louvável a ideia de defesa intransigente da adoção do desenvolvimento sustentável, que tomou corpo e cresceu assustadoramente nas últimas décadas, norteando a ação dos órgãos públicos encarregados da defesa do meio ambiente, em todo o mundo.

No caso do Brasil, especificamente, a própria Constituição Federal estabelece que todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, porquanto é o homem, o ser humano, a pessoa, não só como indivíduo, mas como humanidade e como sujeito, a razão direta e prioritária do benefício de um meio ambiente sadio e autossustentável.

Pena que no atual governo do brucutu Bolsonaro tudo isso tenha sido deixado de lado, conforme constatamos com as queimadas recentes na Amazônia, sem que o Governo haja tomado qualquer providência para obstá-las.


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