Neste
grave e delicado momento em que, através de “editoriais”
contundentes e alertas esclarecedores à sociedade, os principais
periódicos “direitistas” do país (Folha, O Globo, Estadão,
Zero Hora e por aí vai) assim como o mais influente canal televisivo
(TV Globo), foram literalmente “forçados” pela dinâmica dos
fatos a reconhecer que o candidato que decisivamente apoiaram e
ajudaram a eleger na última eleição presidencial (o Bozo) não
passa de um “blefe” oceânico, autêntica “farsa” amazônica,
porquanto comprovadamente despreparado para a função, além de
envolvido com milícias de alta periculosidade (e aí Polícia
Federal, cadê o Queiroz ???), não tem sentido ficarmos passivos e
inertes à retórica belicista, às ameaças e provocações, às
chantagens e arrotos de um bando de generais aposentados (e com sede
de poder), e que foram estrategicamente distribuídos em seu entorno
exatamente para “assustar” a todos e especialmente ao exército
de arrependidos que o sufragaram (na verdade, tudo está a indicar
que a nova posição da mídia aponta para uma “reviravolta”
iminente).
Fato
é que esses poucos meses de exercício do ex-capitão do exército
(o Bozo) no comando da nação serviram, num primeiro momento, para
demonstrar sua absoluta incompetência e despreparo e, após, para
nos mostrar a “face oculta” dos fardados.
E
o que se vê é que os generais por ele convocados para assessorá-lo
não passam de adeptos desbragados de um mercenarismo vulgar, e sem
maiores compromissos com a nação propriamente e nem com o Estado
Democrático de Direito, tão duramente conquistado (e o exemplo
maior nos é dado pelo próprio ex-comandante geral do exército,
general Villas Bôas que, mesmo acometido pela terrível e degenerativa Esclerose Lateral Amiotrófica-ELA, que o impede até de caminhar, ainda assim e deixando de lado qualquer escrúpulo, deu
um jeito de arranjar uma “boquinha” remunerada no governo do
Bozo, além de, vergonhosamente, incluir uma das filhas no “pacote”).
A
propósito, não custa lembrar que, já depois de eleito, em uma
solenidade palaciana veiculada pela TV, o Bozo, dirigindo-se ao ainda
comandante do exército, lembrou-lhe que estava ali (como presidente
da república) graças a ele, e que jamais iria esquecer isso,
levaria para o túmulo.
Mas,
retomando o fio da meada, o fato é que, intimamente, referidos
generais devem saber e ter consciência plena que os tempos são
outros, que não há mais espaço para marchas militares provocativas
e ameaçadoras, tendo em vista o Brasil ter se tornado visível
demais e adquirido respeitabilidade internacional (a partir do
governo Lula da Silva) e, principalmente, que aqueles que poderiam
(numa improvável prática) operacionalizar um pretenso golpe (a
arraia-miúda do exército) mui provavelmente não aderiria a um
projeto de enfrentamento que só beneficiaria os “milicos
graduados”.
Assim,
a hora é de engrossar as fileiras e estimular o “renascer” do
quarto poder (a mídia), manifestando-nos onde e quando pudermos
contra o governo do Bozo, sempre na lembrança de que fomos vítimas
de uma eleição tanto atípica quanto fraudulenta, mas que ainda há
tempo para que se processem as necessárias correções.
Antes
tarde do que nunca, partindo-se do pressuposto que “cão que ladra
não morde”.
É
pagar pra ver.