sexta-feira, 28 de junho de 2024
A COPA AMERICA E O “CAVALO PARAGUAIO” – José Nilton Mariano Saraiva
Teoricamente, os brasileiros se acostumaram a tratar pejorativamente os
paraguaios, em razão, principalmente, da existência de uma zona franca de livre
comércio numa cidadezinha paraguaia (Cidad Del Este) vizinha à nossa Foz do
Iguaçu, onde os produtos comercializados são de procedência duvidosa
(falsificados), daí o preço pra lá de convidativo.
Mais tarde e por via oblíqua, e já na base da gozação, nas competições
de “turfe” realizadas no Rio de Janeiro, quando o animal teoricamente tido como
favorito fracassava, de pronto recebia a alcunha de “cavalo paraguaio”, a fim
de expressar o NÃO SER verdadeiro, ou o SER de qualidade duvidosa, falso.
Posteriormente, citada expressão difundiu-se por outros segmentos do
cotidiano tupiniquim, dentre os quais o futebol. Assim, quando um determinado
time inicia uma competição com todo o gás e, paulatinamente, começa a “descer a
ladeira” rumo à rabeira, se convencionou trata-lo de um “cavalo paraguaio”.
Pois bem, como está em andamento mais uma edição da Copa América de
futebol, a reflexão acima procura mostrar que a nossa seleção de futebol, desde
aquela época, não mais que de repente resolveu incorporar o “espírito da
coisa”. Tornamo-nos, sim senhores, um “cavalo paraguaio”, apesar de alguns
experts relutarem em admitir.
Tanto é verdade que, no decorrer de uma das recentes edições da tal Copa
América, na partida de futebol em que a seleção paraguaia “genérica” (a nossa)
findou por ser merecidamente desclassificada pela seleção paraguaia “original”
(a deles), o locutor global, com a jactância que lhe é peculiar, passou o tempo
todo conjecturando sobre a próxima fase da competição, quando nos
defrontaríamos com a já classificada seleção argentina; ou seja, aquele jogo
com o Paraguai já estava ganho com facilidade até, e, portanto, não deveríamos
alimentar maiores preocupações, guardando-as para o confronto com os “hermanos”
portenhos, aí, sim, um jogo de arrebentar, um jogo de alto nível e, enfim, onde
existia a real chance ou possibilidade de chegarmos à final da tradicional
competição.
Além do que, passando, como passaríamos, pelos paraguaios, os dois jogos
seguintes (semifinal e final) serviriam para que a punição merecidamente imposta
ao indisciplinado e irresponsável jogador Neimar cai-cai fosse “paga” e, assim,
nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo o jogador pudesse atuar desde o
princípio.
Perdemos (sem jogar absolutamente nada) e, como “prêmio”, nem da Copa
das Confederações, realizada na Rússia, participamos (coisa nunca antes
acontecida, desde os seus primórdios). Além do que, dúvidas surgiram, naquela
época, sobre se teríamos condições de ultrapassar as eliminatórias a fim de
participar da Copa do Mundo de 2018, também na Rússia (mas, chegamos lá, aos
trancos de barrancos).
É que os adversários já não se assustam com o futebol brasileiro, que se
metamorfoseou num sofrível, banal e simplório “cavalo paraguaio”. É o preço que
continuamos a pagar em razão da mídia esportiva “endeusar” jogadores da estirpe
de um “Neimar cai-cai” que, milionário em razão do futebol, não está nem aí
para o que possa ocorrer com a seleção brasileira.
Teremos o repeteco, neste ano ??? Apesar de tudo, é difícil acreditar.
quarta-feira, 26 de junho de 2024
NA ARTE DA “PINTURA”, O REDESCOBRIR DA VIDA - José Nilton Mariano Saraiva
Pintor famoso, sessentão, aposentado, família
constituída, estabilizado na vida, eis que, de repente, se vê tomado por um
profundo desejo de “sumir do mapa”, dar um basta naquele vazio imenso e doído que,
sem mais nem menos, dele se apoderou.
“Depressão” e depressão da braba, que o
leva até a adquirir uma arma visando acabar logo com aquilo – para, quem sabe ?
- encontrar um pouco de sossego, paz. Na hora de apertar o gatilho, no entanto,
reflui, não tem coragem de fazê-lo; e aí, resolve sair pelo mundo no rumo que a
“venta” (nariz) apontar. Logo se põe na estrada, sem qualquer compromisso com
horário ou destino, dia ou noite.
Numa parada momentânea, em meio a uma
chuva torrencial, batidas no vidro do carro lhe revelam o rosto apreensivo de
uma jovem, encharcada pela tempestade. Mesmo a contragosto, aceita dar-lhe
carona, “pra qualquer lugar”, conforme lhe determina a nova companhia.
De pronto, à sisudez do sessentão
deprimido, contrapõe-se o comportamento irrequieto e questionador daquela
adolescente que poderia ser sua filha e que, aos poucos, paulatinamente,
consegue fazê-lo “se abrir”. Contribui para tanto, o fato de também ela ter
saído de casa, expulsa pela mãe e padrasto, e não saber (ou não ter) pra onde
ir.
Ao contrário do que normalmente acontece
em dramas análogos, aqui o “velho” não tenta aproveitar-se da “jovem” de 17
anos, belíssima, escultural e desamparada. Pelo contrário, aos poucos cria uma
afeição paternal tão grande por ela, de tal forma que chega a enfrentar alguns
marginais (de rifle em punho) que tentavam abusá-la.
No dia a dia, Marylou (esse o nome da
jovem) inocentemente se sente à vontade para chamá-lo de “velho”, reclamar da
“cafonice” das suas roupas e por aí vai. E ele, que ultimamente não suportava nem
ouvir a voz da própria esposa, passivamente aceita tudo no maior bom humor,
numa boa. Chega, até, a sorrir das trapalhadas em que ela se envolve
(principalmente no quesito comida).
O divisor de água, no entanto, se dá
quando ela (que pensava ser ele um “pintor de paredes”) vê alguns de seus trabalhos e, de tão impressionada, o
estimula a “fazer mais”. Ela mesma, na praia, serve de modelo (bem comportada).
E aí ele redescobre, na pintura, o prazer pela vida, sente que “está vivo”.
De repente, a notícia estampada no jornal,
de que a mãe se encontra à beira da morte em razão das agressões do padrasto,
leva a “jovem” a fazer o caminho de volta, na companhia, é claro, do “velho”.
Que aproveita para reatar com a esposa.
Durante a longa permanência da mãe na UTI,
pra não deixar Marylou desamparada, de comum acordo com a “revigorada” esposa,
ele consegue na Justiça a “guarda” daquela menina que praticamente lhe trouxe
de volta à vida.
No final, com a mãe restabelecida e o
padrasto preso, os dois retornam às origens: numa despedida pra lá de dolorosa
para os dois, tão grande a afeição nascida, Marylou volta pra casa da mãe; o
“velho” (Taillandier é o seu nome) pra sua casa, sua família. Renascido, por
uma menina que lhe trouxe de volta à vida e que, a partir de então, considerará
sua filha.
Sem dúvida, “SEJAM MUITO BEM-VINDOS” é um
cativante filme e digno de se ver.
terça-feira, 25 de junho de 2024
MENOR DE IDADE x MAIORIDADE PENAL - José Nilton Mariano Saraiva
Entretanto, como nem sempre prática e teoria formam um casal perfeito e harmonioso, em determinadas ocasiões os inescrupulosos integrantes do nosso Congresso Nacional (sempre eles, com as exceções de praxe) tratam de “avacalhar” a questão, ao darem um jeito de legislar em causa própria, sem maiores responsabilidades com a seriedade e a justeza da causa.
Ou alguém já esqueceu que, ao preço de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) per capita (conforme declaração espontânea de um deles), os “nobres” representantes do povo não titubearam em chancelar a ânsia de mais um ano no poder, manifestada pelo então presidente José Sarney, aumentando-lhe o mandato (via PEC) e, por tabela, o suplício de todos nós, vítimas indefesas de um presidente incompetente.
Em outros casos e outras situações, o modus operandi repetiu-se, sempre privilegiando os poderosos e penalizando os necessitados (os aposentados que o digam, quando nos enfiaram goela abaixo o tal “fator previdenciário”).
A reflexão acima é só pra lembrar um tema realmente relevante (e atualíssimo) que já deveria ter sido objeto de estudos e reflexão, mas que continua emperrado, lá nas instâncias superiores: referimo-nos à necessidade de se rever a lei que define a tal da “maioridade penal”. Afinal, não é de hoje que, graças a uma legislação caduca e a códigos de conduta arcaicos e por demais benevolentes, os “menores coitadinhos” do Brasil se escudam atrás dessa verdadeira anomalia em nosso sistema jurídico para insistirem, persistirem e nunca desistirem de usar e abusar da impunidade lhes conferida, danando-se a cometer, diuturnamente, os mais hediondos e abjetos crimes.
E ainda temos que suportar o absurdo dos absurdos: ao serem detidos ou se apresentarem voluntariamente (sem qualquer temor), já chegam admitindo a autoria do crime bárbaro, mas, incontinente, ressalvam para a autoridade constituída serem “menor de idade”. Como que cinicamente admitindo: fiz, sim, mas você não pode fazer nada comigo.
E é o próprio Código Penal Brasileiro que determina que quando um menor de idade comete um ato que é descrito como um crime, como furto, roubo, ferimento, atropelamento ou homicídio, esse indivíduo não será processado ou punido pela Justiça Penal. Em vez disso as infrações serão julgadas pelo Juiz da Infância e da Juventude (onde há muita benevolência).
O retrato emblemático de tal excrescência deu-se meses atrás, em São Paulo, quando um jovem estudante, certamente que com um belo futuro à frente, foi executado covarde e sumariamente por um desses “marginais menores” da vida, sem dó nem piedade.
Embora que por linhas tortas, tal tragédia deveria constituir-se uma ótima oportunidade para se pensar seriamente na promulgação de uma Proposta de Emenda Constitucional que reduzisse a idade mínima para a tal “maioridade penal”, ao tempo em que, numa tentativa de inibir tal barbaridade, dar-se-ia um jeito de aumentar o castigo para os que cometessem qualquer delito atentatório à vida.
E mais: que se exigisse o cumprimento integral da pena estabelecida, sem essa de afrouxar para esses “vermes” que infelicitam muitas famílias envolvidas. Acabemos com essa história de progressão de pena, de indulto natalino, banho de sol e coisas tais. Se foi condenado a 200 anos de detenção, que se cumpra os 200 anos e se possível em regime fechado. Além do que, a imagem do bandido deveria ser veiculada, sim, em rede nacional, para que todos o conhecêssemos.
Até em termos pedagógicos essa seria a hora para que nossos políticos agissem em consonância com a sociedade, mostrassem que se acham solidários com o perigo que nos ronda diuturnamente e, enfim, que são dignos do nosso voto. Mas, aí, o que acontece???
“Eles” (nossos políticos, claro), navegando na contramão da história e relegando o bom senso, de pronto deitam falação sobre a inconstitucionalidade de qualquer medida que vise reduzir a maioridade penal, bradam em alto e bom som que tal medida só faria piorar as coisas e por aí vai, sem que lembrem (convenientemente) que bastaria a aprovação e promulgação de uma PEC específica, objetivando obstar tal aberração.
Fato é que, se medidas duras não foram tomadas, os nossos “menores coitadinhos” continuarão agindo impunemente e mais e mais famílias serão infelicitadas por esse Brasil afora. Por uma razão simplória: o tal livrinho (Código Penal Brasileiro), que versa sobre o “menor de idade”, transformou-se e constitui-se hoje num autêntico “PASSAPORTE PARA MATAR”.
sexta-feira, 21 de junho de 2024
A "RODA" - José Nílton Mariano Saraiva
Por terra, o percurso Crato a Fortaleza normalmente é feito de “ônibus” (coletivo) ou “carro” (particular), por grande parte da população; já pelo ar, se você dispõe de um pouco mais de grana e pretende refazer a mitológica “viagem ao mundo em 80 dias” (em suas merecidas férias), irá utilizar essa maravilha da vida moderna, o “avião” (mesmo sujeito às “turbulências” da vida e a um indesejado mergulho no oceano); já no interior de pequenas fábricas de periferia ou nas grandes indústrias existentes nos mais variados rincões desse Brasilzão fabuloso (competentemente administrador por um “trabalhador” igual ao mais humilde mortal-comum, ou seja, aquele que não possui graduação superior), as “máquinas” não param de incessantemente girar, produzindo riquezas; enquanto isso, na nossa colossal usina hidroelétrica de Itaipu, suas gigantescas “turbinas” freneticamente movem-se, diuturnamente, na produção da tão necessária energia para suprir essas mesmas fábricas; enquanto isso, se você vai ao mercadinho da esquina (e após o sufoco de uma fila que teima em não andar), terá que usar o prosaico “carrinho” para transportar sua feira, do caixa até o carro, no estacionamento.
O que uma coisa tem a ver com a outra ???
Não
é necessário que sejamos nenhum observador detalhista para constatar que o que
há em comum no carro, ônibus, avião, máquinas, turbinas e o carrinho do
mercadinho é um utensílio banal, simplório até, que ninguém dá muita
importância (talvez por sua longevidade), já que inventado há milhares e
milhares de ano (na verdade, desde a era primitiva): referimo-nos à cafona
(nunca mudou de forma) e prosaica “RODA”.
Queiramos ou não, a “roda” é um dos maiores inventos da humanidade, se não o
maior deles, simplesmente porque imprescindível em qualquer atividade humana
(você já observou como o sábio pescador põe sua jangada ao mar, deslizando-a
sobre “toras” de madeira que rolam ??? ou que o “danado” do computador (capaz
de nos apresentar cálculos trigonométricos num átimo de segundo), só funciona
porque em seu interior minúsculas rodas, rolamentos ou roldanas movimentam sua
complicada engrenagem ???).
Portanto,
o desenvolvimento necessariamente está em propiciar as condições necessárias
para que a rode gire.
Simples
assim.
"PERIPÉCIAS" DA LÍNGUA PORTUGUESA
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém para ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo; todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros. Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva."
(Autor desconhecido)
quinta-feira, 20 de junho de 2024
RESILIÊNCIA: A CAPACIDADE DE RECOMEÇAR
Querendo ou não, sempre passaremos na vida por situações que nos obrigam a recomeçar. Diante de uma demissão, doença, mudança de planos e outras tantas situações nos vemos na obrigação de encontrar novas perspectivas, ainda que não tenhamos condições emocionais de fazê-lo.
É aqui que entra em cena a resiliência como uma capacidade obrigatória para recomeçarmos, para sonharmos novamente, para encararmos um novo desafio ou mesmo para resistirmos às pressões do que não deu certo, fazendo delas um estímulo para novos planejamentos e novas ações.
A resiliência é muito importante pois, em geral, o novo tem como antecessor algum tipo de dano ou sofrimento que colocou fim a um período e desencadeou a chegada de outro. Ainda que, por vezes, um novo planejamento venha como sucessor de um período muito bom e abençoado, na grande maioria dos casos não é essa a realidade. Frank Murten, comentarista alemão, diz que o ser humano precisa desenvolver uma estratégia pessoal para prosseguir depois de sofrer algum dano na vida, seja ele material, físico ou espiritual. Essa estratégia ele chamou de Resiliência. Todos nós precisamos desenvolvê-la!
Quem nunca foi nocauteado, ou passou por um sério problema, como, por exemplo: uma doença repentina, a perda do emprego, a falência de um negócio, a morte de alguém muito próximo, um golpe na vida espiritual, o trauma de um sequestro ou de um acidente, o rompimento do casamento que durava anos, de uma amizade muito forte, ou, ainda, a reprovação no vestibular ou em algum teste?
A vida é dinâmica e traz não apenas oportunidades abençoadoras e felizes como também realidades tristes e até cruéis. Há pessoas que, diante desses nocautes da existência não conseguem mais recomeçar. Desistem da vida! Se tornam amargas, tristonhas, passam a viver deprimidas e em uma vida sem colorido e alegria. E não é difícil viver esse drama existencial: basta permitir que os sentimentos se alojem no coração e ditem qual será o rumo da vida daqui por diante. Ser resiliente constitui-se num desafio constante para qualquer pessoa.
Certa feita, perguntaram a Henry Ford: o que é um fracasso? Com voz lúcida e segura, respondeu: “um fracasso é apenas a ocasião de começar uma nova tentativa com mais sabedoria”. Qualquer pessoa está sujeita a algum tipo de insucesso na vida, porque não raro as coisas acontecem ou são como não se imagina. É nessa hora que a resiliência se manifesta afirmando que dias melhores virão e que o sinal verde vai aparecer no fim do túnel.
Sempre sofreremos golpes da vida. Cairemos e sofreremos diante dos ataques do inimigo e de seus auxiliares que, por vezes, estão perto de nós e quem sabe até dentro de nossas casas ou igrejas/templos. A resiliência criará em nós uma força tal que faremos dessas quedas períodos de reflexão, fortificação e oração e, aí então, recomeçaremos mais fortes, mais animados e muito, mas muito mais fervorosos em oração.
(autor desconhecido)
quarta-feira, 19 de junho de 2024
TEODICÉIA (*)
É a doutrina da justificação de Deus em relação ao mal presente na criação. Consta em todos os dicionários e já era conhecida pelos estoicos e pelos epicuristas. Esses, de forma polêmica, haviam afirmado que...
“Deus ou não quer eliminar os males nem pode, ou pode e não quer, ou nem quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente; o que não pode ser em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que é igualmente contrário a Deus. Se não quer nem pode é invejoso e impotente e, portanto, não é Deus. Se quer e pode, o que só é atributo de Deus, de onde deriva a existência dos males e por que não os elimina ???
Não há saída: o mal no mundo desmente pelo menos um dos atributos de Deus: a onipotência ou a infinita bondade. Afinal, no sofrimento de cada criança, ou de cada adulto golpeado sem culpa pelos terremotos da vida ou pela enlouquecida proliferação das células com metástase, está gravada a acusação contra Deus que nenhuma hermenêutica do livro de Jó poderá resolver, trivializar ou absolver.
(fonte: desconhecida)
************************************
(*) Segundo o Dicionário Houaiss, TEODICÉIA é o conjunto de argumentos que, em face da presença do mal no mundo, procuram defender e justificar a crença na onipotência e na suprema bondade do Deus criador, contra aqueles que, em vista de tal dificuldade, duvidam da sua existência ou perfeição.
(Você, aí do outro lado da telinha, o que acha ??? Que tal refletir sobre ???)
terça-feira, 18 de junho de 2024
SOBRE “SOGRAS” (autor desconhecido)
AJUDA À SOGRA - A sogra do seu Epaminondas, enclausurada no quarto do
apartamento localizado no 40º andar do prédio, endoidou de vez e se debatia
querendo pular da janela. Então, ele usa o telefone para pedir ajuda. Do outro
lado da linha uma senhora atende: - Alô, em que posso servi-lo??? E o
Epaminondas: -Por favor, socorro, me ajudem, a minha sogra quer pular do
prédio, aqui do 40º andar. A velha senhora responde: -Eu acho que o senhor
errou o número, aqui é da carpintaria. - Eu sei, eu sei, é que a “porra” da
janela não abre de jeito nenhum. Será que vocês não poderiam quebrar esse
galho, urgentemente ???
VISITA DA SOGRA - O sujeito abre a porta e dá de cara com a sogra. -Olá,
sogrinha querida, tudo bem ? - cumprimenta-a, fingindo satisfação. -Que bom que
a senhora veio nos visitar. Só então ele percebe que ela está com uma maleta
nas mãos. Preocupado, mas querendo ser agradável, pergunta: -Quanto tempo a
senhora pretende nos dá o prazer da sua companhia? E a sogra: -Ah !!! Acho que
até vocês se cansarem de mim. E ele, agora curto e grosso: - Sério mesmo??? Não
vai nem tomar um cafezinho ???
ZÉ E A SOGRA - A sogra do Zé morre e ele vai trabalhar como se nada
tivesse ocorrido. Em lá chegando, um colega pergunta: - E aí, não vai ao
enterro da velha, não ??? E ele: - Eu não! Quem enterra merda é gato!
O ENTERRO DA SOGRA - Um sujeito ia andando pela rua, e viu um cortejo
fúnebre. Logo algo chamou sua atenção. Atrás do caixão, como acompanhantes, uma
fila quilométrica, e só de homens, o primeiro deles a puxar um cachorrinho.
Então, ele dirigiu-se até o próprio e perguntou: -O que aconteceu, amigo ??? O
homem responde: -O cachorro matou minha sogra. Logo ele se anima, e pede: -Você
empresta esse cachorrinho pra mim ? O homem retruca: - Tudo bem. Só que você
vai ter de entrar nessa “filazinha” aí atrás.
A SOGRA E A TV - Um rapaz carregando duas televisões encontra um amigo
que lhe pergunta: - Pra quê dois televisores, ó bichão ??? O rapaz lhe
responde: - É que minha sogra disse que daria meia vida por uma televisão.
Então, eu tô levando logo duas...
SOGRA TRABALHOSA - Um cara chega ao bar todo machucado e estropiado e em
questão de minutos bebe uma cerveja; duas; três. Aí chega um velho amigo e lhe
pergunta: -Mas o que lhe aconteceu, Aderbal ? Você está todo machucado, com
arranhões e hematomas pelo corpo todo. -É que eu acabei de sair do enterro da
minha sogra. -E isso é motivo para você estar assim, todo estropiado? -É que
ela não queria entrar no caixão.
A SOGRA E O VINHO - A sogra para ser boa tem que ser igual às melhores
safras de um bom vinho: viver num porão escuro, deitada, toda empoeirada e com
uma rolha na boca.
SOGRA MAL AMADA - Viajando pela Europa, aquele importante industrial
recebe um telegrama de seu sócio: -Lamento informar que sua sogra faleceu. O
que devemos fazer: enterrá-la ou cremá-la? Ele mandou a resposta: -As duas
coisas – creme e enterre - não podemos facilitar com esse tipo de verme.
AGRESSÃO Á SOGRA - O homem explica ao delegado o drama que viveu: -Pois
é doutor, minha mulher insistiu para que eu levasse minha sogra às compras. Eu
estava caminhando a pé com ela, numa travessa pouco movimentada quando apareceu
esse rapaz, que deve ser um drogado ou vândalo e começou a bater na coitada da
minha sogra, sem qualquer motivo aparente. Ele bateu até minha sogra cair no
chão e mesmo com ela caída continuou chutando! -O rapaz estava armado??? -Não,
doutor! -Era forte??? -Até que era meio raquítico, mas minha sogra já é idosa!
-Eu não consigo entender, disse o delegado, indignado, como é que o senhor, ao
ver um homem agredindo a sua sogra, pôde permanecer de braços cruzados! -Pois
é, doutor! Eu até que estava com vontade de fazer alguma coisa, mas... -Mas, o
quê??? –Achei que dois homens batendo numa velhinha seria muita covardia!
A SOGRA E O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO - O marido ganhou (num sorteio) três
passagens para Jerusalém. Pediu alegremente à mulher para arrumar as malas e
ligou para convidar a mãe dele para ir junto. E aí começou uma discussão. A
esposa preferia levar a mãe dela. Discussão vai, discussão vem, no fim da briga
o barriga-branca concordou em levar só a sogra (a mãe dela). Em Jerusalém, visitando
o local onde Cristo foi enterrado e ressuscitou, a sogra se emocionou demais,
passou mal e rapidamente faleceu. O marido perguntou quanto custava o enterro
em Jerusalém, e lhe disseram que seria o equivalente a mil reais. Perguntou
quanto custava mandar o corpo para o Brasil e soube que, com transporte aéreo e
tudo, ficaria por vinte mil reais. O marido decidiu então mandar o corpo para
ser enterrado no Brasil. Os judeus e a própria esposa ficaram por demais
surpresos com tal decisão. Mesmo assim arriscaram perguntar: -Por que mandar
para o Brasil, se é 20 vezes mais caro? O marido respondeu: -Tenho muito
receio. Aqui em Jerusalém vocês já tiveram o caso de alguém que morreu e
ressuscitou. Prefiro não arriscar.
DE LEVE... PRA DESOPILAR
01 - Sempre que possível, converse com um
saco de cimento; nessa vida só devemos acreditar no que é concreto.
02 - Não beba dirigindo; você pode derrubar a
cerveja.
03 – Se um dia sentir um enorme vazio dentro
de si... vá comer, que é fome.
04 – Se homossexualismo fosse normal, Deus
teria criado Adão e... Ivo.
05 – Alguns homens amam tanto suas mulheres,
que para não as gastar preferem usar aos dos outros.
06 – Homem é que nem caixa de isopor; é só
encher de cerveja, que você leva pra cima e pra baixo.
07 – A vida é pra quem topa qualquer parada:
e não pra quem pára em qualquer topada.
08 – Se não puder ajudar, atrapalhe; afinal,
o importante é participar.
09 – Se for dirigir, não beba; se for beber,
me chame.
10 – Se dentista é especialista em dente,
paulista é especialista em quê ???
11 – Mulher feia é que nem muro alto:
primeiro, dá um medo danado; depois, a gente acaba trepando.
12 – Marido é igual a mestruação: quando
chega, incomoda; quando atrasa, preocupa.
13 – Homem é que nem vassoura: sem o pau não
serve pra nada.
14 – Se o horário oficial é o de Brasília,
por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta ???
15 – As nuvens são como chefes... quando
desaparecem o dia fica lindo.
16 – Por maior que seja o buraco em que você
se encontra, sorria; porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
17 – Se você está se achando sozinho e
abandonado, achando que ninguém pensa ou liga pra você... atrase um pagamento.
18 – Cabelo ruim é que nem assaltante: ou tá armado
ou tá preso.
19 – Carioca é assim mesmo: já nem liga pra
bala perdida; entre num ouvido e sai pelo outro.
20 – Bebo porque sou egocêntrico; gosto
quando o mundo gira ao meu redor.
Autoria: desconhecida
segunda-feira, 17 de junho de 2024
A MULHER QUE LÊ (autor desconhecido)
Um casal sai de férias e vai para um hotel-fazenda. O homem gostava de pescar de madrugada e a mulher gostava de ler. Uma manhã, o marido volta para o chalé depois de horas pescando, e resolve tirar uma soneca. Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago. Ela navega um pouco, ancora, e continua lendo seu livro, no meio do silencioso lago.
Chega um guardião do parque em seu barco. Ele para ao lado da mulher e cumprimenta-a, educadamente: - “Bom dia, Madame. O que está fazendo?” – “Lendo um livro, será que não é óbvio?”, responde-lhe. - “A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida” - ele informa. “- “Eu sei, tenente. Mas eu não estou pescando. Estou lendo.” - “Sim, mas tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei, a senhora pode começar a pescar a qualquer momento. Se não sair daí imediatamente, terei de multá-la e processá-la.”
“Seja razoável. Se o senhor fizer isso, terei de
acusá-lo de assédio sexual” - diz a mulher. – “Mas eu nem sequer a toquei!” -
diz o guardião. – “É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei
o senhor pode começar a qualquer momento”. –“Tenha um bom dia, Madame!” - ele
diz e vai embora.
MORAL DA HISTÓRIA: NUNCA DISCUTA COM UMA MULHER QUE
LÊ. COM CERTEZA... ELA PENSA.
OLHA O “P” AÍ, GENTE (autor desconhecido)
Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar, porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, perplexo pintou prateleiras para poder progredir. Perambulando permanentemente, posteriormente partiu para Pindamonhangaba. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque, “pirado”, Pedro Paulo pediu para pintar panelas. Paradoxalmente, porém, pintou pratos para poder pagar promessas. Prostou. Posteriormente, pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal, para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris para praticar. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar, principalmente pelo “pico”, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam permanentemente possantes potrancas.
domingo, 16 de junho de 2024
“ZU”, SEM TERGIVERSAÇÕES - José Nilton Mariano Saraiva
Já
nos reportamos aqui sobre as “homenagens” aos ídolos do futebol, música e
cinema, por parte de pais “torcedores fanáticos”, através da tributação,
preferencialmente ao primogênito, do nome de algum deles. No entanto, um outro
tipo de homenagem é muito comum entre genitores normalmente humildes e de parca
cultura, e que merece ser lembrada: batizar o rebento com um nome estrangeiro,
uma “sopinha de letras” de difícil pronúncia, capaz de “enrolar a língua” de
qualquer um “metido a besta”, simplesmente por achar tratar-se de um nome
bonito. Não importa a origem do nome, quem o usava (se se tratava de algum
marginal ou uma autoridade constituída); enfim, o que vale é a “boniteza” da
grafia e, principalmente, a dificuldade que os “analfabetos” tenham de pronunciá-lo.
Pois
foi estribado em tais “conceitos revolucionários” que o pai de um nosso colega
de trabalho resolveu batizá-lo com o pomposo nome de Zwínglio (aos desavisados,
a principal referência sobre, é o suíço Ulrich Zwínglio, teólogo e principal
líder da reforma protestante naquele país; portanto, um nome de peso e com
história).
Fato
é que, de tanta ouvir o pai se “gabar” com os amigos do nome estrambótico e
difícil que tinha posto nele, nosso amigo assimilou “ipsis litteris” e “lato
sensu” todo aquele arrazoado laudatório e, ele próprio, a partir de uma certa
idade, passou a se vangloriar do nome e, tal qual o nosso rei Roberto Carlos, a
se achar “o cara”; ria às escancaras quando, ao fornecer informações para um
cadastro qualquer nas lojas comerciais, observava a extrema dificuldades e a
cara de espanto daquelas moçoilas/entrevistadoras que preenchem as fichas
respectivas: “Por favor, senhor, “Zu...” o quê, mesmo ???”, lhe inquiriam. E
nessa oportunidade, como se fora um paciente professor catedrático, todo “cheio
de razão”, fazia questão de citar, uma a uma, aquelas letras famosas,
caprichando na dicção: Z – W – I – N – G
– L – I - O. E se punha a rir com a cara de espanto daquelas
“pobres analfabetas”.
A
adoração pelo próprio nome virou mais que mania, tornou-se uma verdadeira
obsessão, tanto que, 200 anos antes de casar, ele já decidira que o primeiro
filho receberia na pia batismal o mesmo nome dele, pai (afinal, era uma rara
oportunidade de homenagear o avô (seu pai), que mesmo pouco letrado, tivera a
ideia brilhante de arranjar-lhe um nome tão “porreta”).
Assim,
após casar, constituiu-se uma tremenda surpresa o nascimento de uma robusta
criança do sexo feminino; e agora, o que fazer para homenagear o próprio pai,
se perguntava atarantado; mas eis que, como num passe de mágica, “fiat lux”:
absorveu o choque rapidamente através da
adoção de uma solução simplória - “feminilizar” o próprio nome, trocando
o “O” final pelo “A”, daí que a filha chamar-se-ia “ZWINGLIA”. Pronto,
resolvida a questão, até mesmo porque... com ele ninguém podia. Era um gênio.
Anos
após, evidentemente que quando começou a se entender por gente (ao adolescer),
a filha criou verdadeira ojeriza, aversão azeda pelo próprio nome, a ponto de
ter vergonha de citá-lo em conversas particulares e, principalmente, em
público.
Virava uma “fera ferida” quando o pai, na
ânsia de mostrar ao mundo o que era um nome bonito e charmoso, a chamava pelo
nome exótico, em voz alta. Para ela, seu
pai... “tava doido varrido ou bêbado” quando decidiu batizá-la com aquela
“praga de nome”. Pra encurtar a conversa e já que não tinha jeito, Zwínglia
resolveu que a partir de então seria simplesmente “ZU”. E não admitia
tergiversações. Se o pai não gostasse que fosse à PQP. Se possível, sem
passagem de retorno.
Enquanto
isso, na solidão da sua última morada, Ulrich Zwínglio (o teólogo suíço) ainda
hoje deve estar se contorcendo e se questionando se merecia tal tipo de
homenagem de um habitante da terra “brasilis”.
PARA NÃO ESQUECER, JAMAIS
(por Moisés Mendes)
Bolsonaro era o presidente. Neymar era o craque da
Seleção. Daniel Alves era a referência moral da Seleção para os mais jovens. O
véi da Havan era o modelo empresarial. Edir Macedo era o líder espiritual.
Sergio Moro era o juiz intocável. Deltan Dallagnol era o procurador inatacável.
Damares Alves era a guardiã da moralidade e da família. Augusto Heleno era o
guardião da moralidade militar. Hamilton Mourão era o guardião da Amazônia.
Augusto Nunes era o jornalista impoluto. A Folha era o jornal da verdade. A
Transparência Internacional era a entidade mais transparente. O filho Flávio
era o rei do chocolate. Carluxo era o rei da internet. O outro filho, Eduardo,
era o rei da bananinha. Olavo de Carvalho
era o filósofo. O melhor gabinete era o do ódio. O lanche era pão com leite
condensado. Regina Duarte era a namoradinha. Ratinho era o namoradão.
Cloroquina era o remédio. Gustavo Lima era o sertanejo certinho. Deus estava
acima de todos, mas logo abaixo do diabo. A terra dos yanomamis era de
grileiros e garimpeiros. A Terra era plana.
sábado, 15 de junho de 2024
A DEVOTA E O PADRE
A garota vai se confessar, se ajoelha e vai
falando ao padre:
-Padre, preciso que o senhor me perdoe pelos meus pecados…
-Conte seus pecados, minha filha.
-Eu sou noiva há 3 anos e vou casar na semana
que vem. Ontem à tarde, encontrei um ex-colega de trabalho, ficamos conversando
e depois ele me convidou para conhecer o apartamento dele, aí eu fui. E
terminamos na cama, padre. Sabe como é que é padre, é que eu sou tão volátil…
-Volúvel, minha filha, volúvel.
-Pois é. Antes de ontem eu encontrei um amigo
que não via há muitos meses, conversamos, fomos jantar, aí ele me levou pra
conhecer um motel novo que inauguraram. Eu fui, e terminamos na cama, padre. É
que eu sou tão volátil, padre.
-Volúvel, minha filha, volúvel.
-No dia anterior, eu vi um amigo meu lá no
shopping, fui falar com ele e conversa vai conversa vem ele me levou pro
apartamento dele e terminamos na cama. É que eu sou tão vo… Como é mesmo a
palavra, padre?
-PUTA, MINHA FILHA, PUTA !!!
(fonte: Internet)
DOUTORA LÚCIA RESPONDE
Bom dia Dra. Lúcia! Meu nome é Layanne. É verdade que a gente pode engravidar em um banheiro público?
Drª. Lúcia: - Sim! Acho melhor você parar de trepar lá!
____________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Eu sou a Vera e queria saber por que os homens vão embora logo depois de transar com a gente no primeiro encontro?
Drª. Lúcia: - Porque o encontro acabou. Caso contrário, seria
Drª. Lúcia: - Manda ele pra cá que eu testo pra você !! ____________________________________________ _________
Bom dia Dra. Lúcia! Eu sou a Rosa e eu queria um conselho: como faço para seduzir o rapaz que eu amo?
Drª. Lúcia: - Tire a roupa! Se ele não te agarrar, caia fora que é gay! _____________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Terminei com meu Ex porque ele é muito galinha e agora estou com outro. Mas ainda gosto do Ex e às vezes ainda fico com ele! O que devo fazer?
Drª. Lúcia: - Quem é mesmo a galinha nesta história? ____________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Aqui é a Rose e eu queria saber porque os homens se masturbam mesmo quando são casados?
Drª. Lúcia: - Minha amiga...jogo é jogo...treino é treino!
_________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Quero saber se a primeira a vez dói. Tenho 21 anos e ainda não transei porque tenho medo de doer e não aguentar...
Drª. Lúcia: - Olha...eu tomo com água, mas a opção é sua ! ___________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Me chamo Jefferson e eu gostaria de saber como faço pra minha esposa gritar por uma hora depois do sexo!!!
Drª. Lúcia: - Limpe o pinto na cortina ! ____________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Sou virgem e rolou pela primeira vez um lance de fazer sexo oral. Terminei engolindo o negócio e quero saber se corro o risco de ficar grávida. Estou desesperada!!!
Drª. Lúcia: - Claro que corre o risco de ficar grávida ! E a criança vai sair pelo seu ouvido! ___________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Meu nome é Suzi e eu gostaria de saber qual a diferença entre uma mulher com TPM e um pitbull?
______________________________________________________
Bom dia Dra. Lúcia! Quero saber como enlouquecer meu namorado, só nas preliminares.
Drª. Lúcia: - Diga no ouvidinho dele..."minha menstruação está
Drª. Lúcia: - Porque elas não têm um saco para coçar!
sexta-feira, 14 de junho de 2024
“NINHO
DE AVIÕES" - José Nilton Mariano Saraiva
O
“Bairro de Fátima”, aqui em Fortaleza, é um desses lugares onde qualquer pessoa
com um mínimo de bom gosto gostaria de fixar moradia. E por uma razão simplória:
é perto de tudo (da rodoviária, do aeroporto, do Iguatemi, do centro da cidade,
do comando da polícia militar, da praia, e por aí vai) tem de tudo, e de tudo
todos usufruem.
Tem
bares, barzinhos e barzões, farmácias, pizzarias, mercadinhos, óticas,
churrascarias, supermercados, agencias bancárias, hospitais, lotéricas, revendedoras
de automóvel, postos de combustível, feiras livres, o Estádio Presidente
Vargas, pedintes nas esquinas, feirinhas semanais, vários shoppings e, enfim, o
que você possa imaginar.
O
habitat é tão atraente e “apetitoso” que, hoje, – e aí é que mora o perigo –
existem diversas “torres” (cada uma com mais de 15/20 andares) sendo erguidas (e
em ritmo alucinante) já que a procura é intensa. E, como sabemos, na esteira da especulação
imobiliária vem a falta de sossego, o caos no trânsito, a absurda valorização
do metro quadrado (para os que pretendem adquirir algum imóvel por aqui), enfim,
a barafunda tende a ser respeitável.
Mas,
pra completar e fazer a diferença, o “Bairro de Fátima” tem algo que nenhum
outro bairro de Fortaleza possui: um autêntico “ninho de aviões”.
Explicando
melhor: localizado à rua Luciano Carneiro (caminho do aeroporto), o Shopping
Fortaleza Sul é um equipamento relativamente modesto em relação aos seus
congêneres espalhados pela capital, já que com apenas 167 lojas, todas elas
dedicadas ao ramo de confecção, preferencialmente feminina.
E
aí temos o “pulo do gato”, aí é que se esconde o exemplar segredo, a utilização
competente do tal marketing, o uso do fetichismo econômico na sua mais pura essência:
para exibir as mercadorias (ainda devidamente etiquetadas), os proprietários das
lojas resolveram que nada melhor que o emprego de possantes “aviões”.
No
caso específico, mulheres esplendorosas, na flor da idade, exalando
sensualidade por todos os poros, perfumadas, super produzidas, cujos corpos esculturais,
metidos em suas mini-saias generosas, parecem ter sido torneados e esculpidos à
mão, de tão perfeitos, de par com uma simpatia contagiante, e que guardam uma missão
exclusiva: “taxiar” (desfilar) pelos corredores do shopping, pra cima e pra
baixo, indo e voltando, num balanço cheio de charme, graça e atração.
E
aí é só você se acomodar na área central onde existe um self service, pedir um
chope com um tira-gosto básico e ficar literalmente “babando” ao assistir o
desfile daquelas máquinas fabulosas, fantásticos “aviões”, autênticos
monumentos em carne e osso, ali, à sua frente.
A
dúvida (que não tivemos ainda coragem de tentar elucidar), é saber se o preço
fixado nas “etiquetas” penduradas nas saias e blusas exibidas contempla,
também, o seu “recheio”, o seu “miolo”, a sua essência.
Será que com uma “cantada” competente você finda levando tudo ???
A conferir.
domingo, 2 de junho de 2024
A “MÃO DE
DEUS” ??? – José Nílton Mariano Saraiva
Na horripilante e pavorosa tragédia que se
abateu sobre o Rio Grande do Sul, com destaque para o estrago fenomenal da sua
capital, a belíssima Porto Alegre, um detalhe, pela recorrência, chamou a
atenção de todos nós: quando algum sobrevivente ou membro da família envolvida
tinha a oportunidade de manifestar-se ante as câmeras televisivas, não perdia a
chance de louvar a Deus, de garantir ter sido a “mão de Deus” responsável por
retirá-lo do meio do dilúvio, de reafirmar contundentemente que somente a
“intervenção divina” explicaria sua sobrevivência.
Enfim, o “homem lá de cima” (como citou um
deles) era merecedor de todos os créditos, honrarias e méritos, em razão da sua
benevolência e magnanimidade.
Mas, se nos adstringirmos à prevalência de
tal ponderação, como é que eles mesmo (os que se salvaram) explicariam minimamente
e de forma consistente às famílias enlutadas o destino fatídico e cruel de quase
duzentas pessoas (por enquanto), dentre as quais crianças inocentes e idosos ainda
saudáveis, vítimas de deslizamentos ou levadas de roldão, ribanceira abaixo,
pela descomunal força das águas ???
Como justificariam que a “mão de Deus” (que
os salvou, segundo eles) não haja guiado essas centenas de pessoas, em meio ao
turbilhão, a um porto seguro, salvador e de águas plácidas ou, ao menos, menos
agressivas ??? Como explicar que a benevolência e magnanimidade do “homem lá de
cima” hajam contemplado somente alguns (eles), enquanto, desafortunadamente,
famílias inteiras (avós, pais, mães, filhos e netos) desciam na enxurrada, evidentemente
que aterrorizados e sem vislumbrar qualquer perspectiva de salvação ??? Será
que rezavam e desesperadamente apelavam a Deus, naquele fatídico momento ???
Alfim, o questionamento intrigante: existirá
um Deus “elitista” que, ao tempo em que concede a “graça e salvação” a alguns,
despreza ou esquece de tantos outros fervorosos beatos ??? Ou a “graça e
salvação” estariam também no desaparecer prematuramente, no ir-se mais cedo
desse mundo conturbado, mesmo sem entender por qual razão foram “escolhidos”
??? Quais os critérios determinantes de quem deve ou não deve ser salvo pela
“intervenção divina”, numa tragédia de tamanhas proporções ???
Bem que psicólogos, religiosos de um modo
geral e experts (sobre), poderiam tentar explicar o seguinte: existirá um “Deus”
magnânimo e benevolente, um Deus indiferente a tudo isso, ou ainda um outro Deus,
cruel e maldoso, para permitir o acontecido ???
Como aceitar passivamente a superlativa tragédia
ocorrida no Rio Grande do Sul ???
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Post Scriptum:
No mais, e independentemente do
questionamento posto, não há como deixar de ressaltar a oceânica e avassaladora
solidariedade da população brasileira, em geral, para com nossos irmãos
gaúchos; afinal, foram milhões e milhões de reais, em dinheiro vivo (muito mais
de cento e cinquenta milhões), além de toda espécie de doações (roupas,
calçados, eletrodomésticos, água, mantimentos em geral e por aí vai), oriundos
de todos os estados brasileiros; isso é o que podemos denominar de irmandade
ou, mais especificamente, brasilidade. Parabéns ao povo brasileiro.