segunda-feira, 30 de abril de 2012
Os criminosos das Minas Terrestres - José do Vale Pinheiro Feitosa
Intantâneo
sábado, 28 de abril de 2012
O CARIRI TEM SAMBA
Se você quer ouvir o "SAMBA DE MINUTO", nesta próxima segunda-feira, dia 30, véspera de feriado, o grupo vai se apresentar no "TERRAÇUS - Bar e Petiscaria", um maravilhoso espaço que fica no triângulo do Grangeiro em Crato. Lá vai rolar o SAMBA DE PÉ (de serra), com o grupo. Começa por volta das 20h, mais cedo para não perturbar tanto a vizinhança, e vai ser cobrado cinco reais por pessoa de couvert artístico. Vai ser uma noitada regada a muito samba, cerveja e feijoada, além da alegria do encontro com pessoas bacanas. Vamos nessa?
Spike Lee mando o Brasil ir adiante - José do Vale Pinheiro Feitosa
sexta-feira, 27 de abril de 2012
As táticas para as artimanhas das verdades dos criminosos - José do Vale Pinheiro Feitosa
quinta-feira, 26 de abril de 2012
HOJE MANEL DE JARDIM FAZ 50 ANOS!
Eu queria muito ouvir e falar com Marcus Cunha - José do Vale Pinheiro Feitosa
Valei-me, Meu São Luiz !
J. Flávio Vieira
Marcos Cunha: `Não tenho tempo para ser vice´
Marcos Cunha: `Não tenho tempo para ser vice´
O médico e pré-candidato a prefeito do Crato, Marcos Cunha (PT), concedeu entrevista ao site Miséria e falou sobre os rumores de que estaria sendo pressionado para ser vice de Sineval Roque (PSB). Ele falou ainda da sua militância e o que o credencia para postular o cargo. Sobre a questão de ter abandonado o Crato e ter se tornado forasteiro, Marcos disse que jamais abandonou o Crato e é mais cratense que muitos daqueles que o acusam.
Marcos Cunha finalizou a entrevista falando sobre o ritmo lento de desenvolvimento do Crato é o que precisa ser feito para avançar. Marcos Cunha é professor coordenador, doutor, da cadeira de neurologia da Universidade Federal do Ceará, campus Cariri.
Veja a entrevista na integra:
Madson Vagner – Existe rumores de que o senhor estaria sendo pressionado pelo partido para apoiar Sineval Roque (PSB). Isso é verdade?
Marcos Cunha – Isso não tem nenhum fundo de verdade. O Partido dos Trabalhadores, nos últimos doze meses fortaleceu enormemente a candidatura própria alinhado com a direção nacional de ampliar o número de prefeitos e vereadores nos municípios brasileiros. No Ceará temos quinze prefeituras e precisamos, no mínimo, dobrar esse número. Então não tem sentido, alguém comentar, que existe uma articulação para que se negocie a retirada do meu nome.
Madson Vagner – E como está sua pré-candidatura? O senhor tem discutido com outras forças?
Marcos Cunha – Ela está solida porque o partido está unido em torno dela. Nossa militância e as lideranças partidárias estão fechadas com a nossa proposta. Nós temos discutido com outros pré-candidatos, mas a ideia é fazer um projeto político conjunto para a nossa cidade. Não está em pauta a discussão de composição de chapas, mas entendo que o PT reúne as melhores condições para assumir a liderança desse processo, principalmente, pela questão histórica. Estamos nessa cidade há mais de 30 anos; participamos de todos os processos e temos uma relação com os governos do estado e federal, além de um corpo de militantes fantásticos.
Madson Vagner – Como o senhor traduz a sua frase: "não tenho tempo para ser vice"?
Marcos Cunha – Essa é a vantagem de quem não tem medo de envelhecer. Quem não tem medo ganha, acima de tudo, a experiência de ser tolerante. Quando eu digo que não tenho tempo, não me refiro ao tempo individual e, sim, ao tempo coletivo. Temos militantes fantásticos e que estão assumindo, como eu, a luta por uma nova sociedade. Esse tempo, é o tempo para um projeto novo para o Crato, que precisa ser discutido e isso não significa uma intolerância para discutir alianças políticas. Mas, a nossa discussão não acontece em função eleitoral; nós discutimos em função de um projeto político para a cidade.
Madson Vagner – Muita gente acusa o senhor de ter abandonado o Crato e até de já ser forasteiro. Como o senhor reage a isso?
Marcos Cunha – Vim morar no Crato em 1982 quanto terminei meu Curso de Medicina. Fui um dos fundadores do PT no Crato. Durante seis anos seguidos, organizamos o partido e o inserimos junto aos movimentos sociais e, em 1988, lançamos a minha primeira candidatura a prefeito. Perdemos, mas mostramos um novo paradigma que fugia da polarização entre UDN e PSD. Depois disso fui coordenador regional da campanha do Lula em 1989. Voltei a disputar a prefeitura em 1992, compondo como vice do extraordinário Dr. Raimundo Bezerra. Em 1993, resolvi cuidar da minha carreira acadêmica. Passei seis anos em Curitiba, onde fiz residência de quarto ano, mestrado e doutorado. Passei no concurso e fui ensinar na Universidade Federal do Ceará. Foram 14 anos morando no Crato e viajando nas quintas e sextas para dar aula em Fortaleza. Quando a UFC foi implantada em Barbalha eu vim junto. Mesmo tendo que cuidar da minha carreira, continuei minha militância onde quer que estivesse. Eu nunca abandonei o Crato e sou mais cratense do que muito que hoje falam coisas desse tipo.
Madson Vagner – Então é por isso que o senhor é pré-candidato? É isso que o credencia?
Marcos Cunha – Algumas pessoas acham que é credencial para ser prefeito do Crato, ser empresário, médico ou dentista. Eu, por exemplo, não sou pré-candidato a prefeito do Crato porque sou médico; sou pré-candidato porque tenho uma história de luta. E essa luta não é solitária; essa luta é coletiva. Hoje eu represento um partido que ninguém tem o direito de dizer que ele não faz. As grandes mudanças implementadas no Brasil foram feitas pelo PT e eu sou pré-candidato para, também, implementar essas mudanças no Crato.
Madson Vagner – Então o Crato não está acompanhando o crescimento experimentado pelo Cariri?
Marcos Cunha – Sim! Ele está. O Crato apenas tem tido um ritmo mais lento que outras cidades do Cariri. E aí, existem alguns fatores que precisam ser analisados com mais calma, mas eu acredito no grande potencial do Crato, se bem administrado, para retomar o ritmo de crescimento que ele merece. Agora não podemos pensar o Crato isoladamente. Temos que pensar o Crato dentro de um contexto global, envolvendo pelo menos as nove cidades que representam a macro região do Cariri.
Madson Vagner – Caso seja eleito, quais os principais problemas a serem enfrentados?
Marcos Cunha – O Crato necessita de duas respostas. Uma é política. Temos que fazer uma composição política que tenha a cara e o sentimento do Crato e que seja capaz de encaminhar todos os nossos projetos. Temos que imaginar uma política com representações nos parlamentos municipal, estadual e federal, além do executivo na prefeitura e uma relação política com os governos estadual e federal em pé de igualdade. O Crato tem carência dessas lideranças.
Madson Vagner – E isso não foi feito?
Marcos Cunha – Não! Os “filhotes” dos políticos antigos nunca fizeram isso. Sempre tiveram representação tímida e inibida. E isso precisa ser modificado. Esse é o desafio de que falamos. A segunda é uma resposta administrativa urgente. Precisamos ter uma cidade que possa gerar emprego e renda na sede e na zona rural. Na questão da educação é importante que os recursos sejam usados para construir novas ideias para a gestão dessa educação. São mais R$ 50 milhões gastos sem objetivo. Nós necessitamos aumentar o índice de valorização do professor e fazer escola de tempo integral. Com relação ao piso nacional apenas o nível 1 é atendido e são quase duzentos professores contratados temporariamente. E isso tem que mudar.
Madson Vagner – Mas, e a saúde?
Marcos Cunha – A saúde também é urgente, como também a prática de esportes nas escolas; mas a geração de emprego e renda e a educação são primordiais. A saúde pode ser melhorada, por exemplo, fazendo com que a população viva mais feliz estando bem empregada e sendo educada com qualidade. A prioridade da saúde é fazer com que as pessoas se sintam bem com uma boa praça para frequentar, se deslocando numa cidade bem urbaniza, principalmente nos bairros e nos distritos. Não adianta estarmos crescendo e as pessoas não estarem contempladas nesse crescimento.
Fonte: Site Miséria/Agência Miséria de Comuicação
quarta-feira, 25 de abril de 2012
A Ameaça de HAL - José do Vale Pinheiro Feitosa
Ainda sobre os blogs
Pingo de Fortaleza – Um chuva musicalidade comprometida
“Consignados” ( IV ) – José Nilton Mariano Saraiva
terça-feira, 24 de abril de 2012
A Veja e uma Cachoeira de Petróleo que fraturou o quadril do Rei de Espanha - José do Vale Pinheiro Feitosa
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Amizade não escolhe nem hora nem dia
Amizade é leal, é legal e faz bem
Faz o bem sem dizer a quem fez
Fez e faz tudo que pode, tudo que é capaz
Amizade é amiga, não alimenta intriga
Amizade é de graça, é semeada na praça
Amizade é surda para a crítica barata
Amizade nos ampara diante da fera
Amizade não tem medo de ser sincera
e avisa do perigo que rodeia seu amigo
Amizade é pão, amizade é trigo
Amizade é cimento que garante a construção
Amizade é fermento que faz bem ao coração
Amizade é a primeira forma de amor
Amizade é o barro do santo no andor
Amizade é o copo d'água na hora da sede
Amizade é o retrato no branco da parede
Amizade não tem preço e faz a prece
pra o amigo receber sempre tudo que merece
Amizade é o unguento que alivia
Amizade fortalece com o tempo
Amizade compartilha sua sorte
Amizade multiplica pães e peixes
e não se acaba com a morte
(Parabéns Salatiel!)
A reputação do blog
Os Pavôs e seus Filhetos
Zé Ramalho, em uma música famosa, criou uma denominação no mínimo curiosa: “Avohai”. Segundo ele um misto de pai e avô. A canção brotou de uma “viagem” do artista, numa das ruas de Olinda, aí pelos anos 70. Há certamente um quê de visionário neste delírio psicodélico do Zé. A partir daí , como por encanto, multiplicaram-se os Avohai´s. É que a revolução sexual, desencadeada mundialmente nos libertários e fulgurantes anos 60 , só aportou em terras brasileiras nas décadas subseqüentes. Aí começaram a se multiplicar os filhos desta liberdade, nascidos de pais adolescentes, em meio aos dourados sonhos juvenis e que acabaram por ser criados e educados pelos avós. Claro que , de alguma maneira , o aparecimento imprevisto destes bebês sobrecarregou toda uma geração que já imaginava ter cumprido o seu dever com os próprios rebentos, mas por outro lado encantaram e deram vida estes guris a pessoas que muitas vezes se consideravam inúteis e incapazes . De repente viram suas vidas florescerem com a chegada buliçosa dos netos.
Nos dias atuais, esta geração, que poderíamos chamar de “filhetos” ( uma mistura de filhos e netos), já cresceu o suficiente para ter a certeza absoluta de que o mundo lhe pertence, no que não está em absoluto errada.. O problema talvez diga respeito à porqueira de mundo que herdaram. A violência campeia por todo o país; as drogas anteriormente utilizadas com uma certa aura ritualística hoje se banalizaram e atapetam os noticiários de tragédias; o suicídio entre adolescentes aumentou para proporções inimagináveis; o aproveitamento escolar parece uma lástima. Talvez hoje se devesse mudar a denominação de “Avohai” para “Pavô” , tamanho o medo que vem assolando os pais e avós com o destino de seus descendentes. Os meninos nos parecem hoje totalmente perdidos : estudam pouco; suas festinhas começam depois da meia noite; quase não lêem um livro qualquer que seja; têm iniciação sexual geralmente com os primeiros namorados; parecem-nos extremamente irresponsáveis e inseguros; quase na sua maioria fazem-se muito pouco espiritualizados e a droga lhes é uma palavra bastante corriqueira e pouco tenebrosa. Além de tudo muitas vezes mostram poucas perspectivas de crescimento intelectual e profissional. Até mesmo o sonho de independência das gerações anteriores, eles não mais os têm: se pudessem jamais sairiam de casa. No casamento já não juram até que a morte os separe, mas até que a primeira briga os aparte. Separados retornam para “casa paterna , seu primeiro e virginal abrigo” , geralmente com os filhos a tiracolo.
O primeiro ímpeto dos “Pavôs” leva à conclusão mais óbvia: as velhas gerações foram mais bem educadas e seus guris aparentavam bem mais resolução e desenvoltura e bem menos vícios acachapantes. Diz-se, também, à boca miúda : estudávamos mais e tínhamos mais gana de mudar o planeta. Esta postura, no final das contas, não traz embutida nenhuma novidade, ela se repete em moto-contínuo de geração a geração. Os novos hábitos vêem-se com reserva, os novos costumes interpretam-se de forma bastante crítica. Com a mesma intensidade que os adolescentes confrontam as antigas verdades, os mais velhos torcem o nariz para as novas formas de pensar e ver o mundo. Mas afinal as deformidades tão facilmente apontadas nos “filhetos” têm ou não fundamento ?
Vamos por partes. Em primeiro lugar eles herdaram um mundo construído pelas gerações que lhes antecederam e tiveram que rapidamente se adaptar à triste herança que lhes legamos. A violência generalizada os tornou inseguros bem além da insegurança normal da idade e os prende mais fortemente ao ninho dos pais. Lêem e estudam menos na visão tradicional destes dois verbos, pois hoje têm uma infinidade de meios de obterem o conhecimento fora das páginas dos livros : a TV, o computador, a Internet, o telefone, o vide-cassete. Com o bombardeio incessante dos meios de comunicação ligam-se mais à imagem do que à palavra. O mundo que lhes legamos, por outro lado, lhes tolhe as perspectivas de um crescimento interior : a todo momento a geração dos “Avohai´s” lhes prega a verdade material : a felicidade está no consumo, é mais importante calçar um tênis Nike do que degustar Sêneca. A religiosidade dos novos foi em muito tolhida pelos “Pavôs”, cientes de que uma das formas de liberdade era a da escolha de credo e de que ninguém tinha o direito de impingir isto às crianças. A liberdade sexual também herdaram do grito libertário dos hippies dos anos 60 , o “Fica” faz-se apenas uma remasterização do antigo “sarro” ou “Casquinha”. O embevecimento no uso de drogas alucinógenas veio, certamente, da mesma fonte dos hippies e beats. Foram, também os “Avohai´s” que lhes deram aulas sobre a dissolubilidade do casamento que acaba sendo uma busca de felicidade comum( mesmo que efêmera) e não uma condenação às galés perpétuas. Talvez muitos deles não lutem por um crescimento profissional por vias mais retas porque a todo instante têm exemplo de que para chegar no éden do consumo existem veredas mais curtas: os pistolões, as maracutaias , a corrupção, a sonegação, o baba-ovismo. Estas aulas todas lhes ministraram as gerações anteriores, através da concreta arma do exemplo.
Antes de criticá-los e tecer previsões sombrias sobre seu destino é imprescindível lembrar que eles apenas estão inseridos num outro mundo cheio de avanços fenomenais e deformidades terríveis e esta ordem de coisas eles a herdaram . Talvez, apenas, se encontrem atônitos e embasbacados sem saber bem o que farão com tamanha batata quente nas mãos. Tomara que , com a força transformadora da juventude, consigam corrigir os rumos da humanidade e fazer deste planeta um lugar mais justo, mais solidário e mais respirável. Se não conseguirem este intento, ao menos terão o direito de pôr a culpa na próxima geração, exatamente como têm feito os seus “Pavôs” .
J. Flávio Vieira