sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O HOMEM QUE “PRESENTEIA” LIVROS (II) – José Nilton Mariano Saraiva



Embora sem conhece-lo pessoalmente (espero algum dia ter o prazer de), anos atrás, via Internet, contatamos o ilustre conterrâneo (embora nascido em Farias Brito é cratense indo e voltando), Elmano Rodrigues Pinheiro, em Brasília, pra saber da possibilidade dele nos orientar como poderíamos adquirir o livro "Direito à Memória e à Verdade" (Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos), editado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, já que sabedores ser ele funcionário da Editora da Universidade de Brasília. 

Dias após, ainda via Internet, Elmano nos orientou a procurarmos num determinado endereço, um caminhoneiro oriundo de Brasília e que chegaria a Fortaleza dentro em breve. E aí, recebemos em mãos o presentão: um autêntico "livrão/livraço", com exatas 500 páginas, medindo 30 x 23 x 04cm, pesando 02/03 k, que, admitamos, teria muitas dificuldades e custaria uma fortuna se tivesse que ser enviado pelos Correios.

À época, impossibilitados de agradecer pessoalmente, achamos por bem registrar de público, pela mesma Internet, a nossa satisfação. E aí, esboçamos e publicamos, nos blogs da vida para os quais contribuímos, o texto abaixo. 

Assim, no transcurso da “data maior” do Elmano, nesta data, fazemos questão de “republicar” citada postagem, de anos atrás, já que tão atual.

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O HOMEM QUE “PRESENTEIA” LIVROS - José Nilton Mariano Saraiva

Dentre as muitas variáveis que caracterizam o pleno exercício da cidadania, o acesso à leitura deveria constituir-se peça necessária, primordial e absolutamente imprescindível. E, na contemporaneidade, quando a competição por um lugar ao sol é das mais acirradas, evidente que a falta de leitura impossibilita o acesso de muitos a um outro mundo, obsta-o de ter uma visão mais abrangente da realidade, escraviza-o à criminosa permanência na longa noite da escuridão da ignorância.

Não há, pois, atitude mais nobre e digna do que possibilitar aos que não têm condição, a perspectiva de descortinar um novo horizonte, de abrir novas portas, de agregar valores outros. E isso é feito, primordialmente, através da leitura.

Assim, é motivo de tremenda satisfação saber que um “matuto” de Farias Brito, que morou no Crato, viveu no Rio de Janeiro e estabeleceu-se profissionalmente em Brasília, resolveu, por conta própria, ser uma espécie de “multiplicador” da cultura, “inusual farol” de um porto seguro.

É que, ao galgar o conceituado posto de produtor gráfico na Universidade de Brasília, entendeu ser chegada a hora de disseminar bibliotecas e distribuir livros pelo Brasil afora, doar-se de corpo e alma aos menos favorecidos, possibilitar-lhes o acesso à cidadania através do saber, do conhecimento.

E tudo isso, anonimamente, sem propaganda, sem alarde, sem fazer barulho nenhum, sem contar com qualquer verba de quem quer que seja. Trabalho de formiguinha: solitário, persistente, incansável, sofrido, mas... gratificante.

Certamente que apegado e imbuído àquela filosofia de “fazer o bem sem olhar a quem”, adotou o revolucionário e estimulante lema de que “o livro precisa ir onde o leitor está”, daí já ter distribuído livros para mais de 200 (duzentas) bibliotecas nordestinas (dentre as quais cerca de 50 do seu querido Ceará), perfazendo um total de mais de um milhão de livros doados. Que outros sejam estimulados a seguir seu exemplo. O nome da “fera” ??? Elmano Rodrigues Pinheiro:

O “HOMEM QUE PRESENTEIA LIVROS”.

E que em função de tão dignificante missão, merece o reconhecimento e aplausos de todos nós.



terça-feira, 28 de agosto de 2018

UM DIA DE FÚRIA - José Nilton Mariano Saraiva


No filme americano “Um dia de fúria”, o bom ator Michael Douglas interpreta um cidadão comum que, desempregado e atormentado por problemas familiares (separação da esposa e perda da guarda dos filhos), de repente se vê preso em um monstruoso congestionamento de trânsito, na sempre movimentada cidade de Los Angeles.

Visivelmente transtornado com o calor sufocante e o estridente som de dezenas de buzinas, sem poder ir avante ou retornar em busca de vias alternativas, toma uma decisão radical: abandona o veículo ali mesmo, no meio da rua e segue a pé, já que compromissado com o aniversário da própria filha.

Só que, a partir daí seus problemas geometricamente crescem, porquanto vítima de uma tentativa de assalto e testemunha ocular de diversas pequenas ocorrências patrocinadas por pessoas outras (estupros, roubos, etc), ao longo do percurso. Ao final, extenuado, apoplético e vencido pelo cansaço, ao chegar ao local do evento, acaba por envolver-se numa briga fatal.

A reflexão acima vem a propósito do atual caótico transito da quinta capital de maior população do país (Fortaleza), com ruas e avenidas interditadas e com prazos alongados para a entrega, um teste para as coronárias de qualquer cidadão, verdadeiro martírio para os que necessitam enfrentá-lo. Ou será que é normal você gastar 50 minutos para vencer míseros 1,5 quilômetros ???

E o pior é que, se você conseguir escapulir (a muito custo) para uma das vias laterais, pensando numa melhor fluidez, literalmente quebra a cara, porquanto outros condutores tiveram a mesma iniciativa e, assim, todas se acham “entupidas” de carros, em razão das nossas estreitas ruas e avenidas terem sido projetadas para absorver um determinado número de veículos e não oferecerem condição de alargamento, como seria necessário.

Junte-se a isso uma sinalização comprovadamente deficiente, e a conclusão é que não dá pra vislumbrar qualquer solução no curto ou médio prazo (lembremo-nos que o metrô, decantado em verso e prosa e prometido para o período da Copa do Mundo de 2014, além de uma obra caríssima, dificilmente cobrirá o destino e a quilometragem necessária para atender a todos).

Assim, como as pessoas necessitam locomover-se à busca do ganha pão diário e/ou para atendimento de outras necessidades básicas, há que se submeter aos caprichos e eterna má vontade do insensível empresariado
dono de frotas de veículos sem a mínima condição de conforto e agilidade (estão sempre em atraso).

Uma das alternativas seria a utilização do transporte público para tal desiderato, através de vias exclusivas, mas este, além da frota reduzida, peca por praticamente inexistir. As pessoas se veem, assim, obrigadas a circular em condução própria, daí os monumentais engarrafamentos verificados.

Pra completar, os últimos números disponibilizados pelas revendas de automóveis de Fortaleza são de arrepiar: na média mensal, nada menos que 3.265 carros novos são despejados nas ruas de Fortaleza, além de 2.213 motos e 101 caminhões.

Onde vamos parar ???


sábado, 25 de agosto de 2018

"PDT: BARRIGA DE ALUGUEL" - José Nilton Mariano Saraiva

Quem, algum dia, em sã consciência, imaginaria que o tradicional e glorioso PDT, de Getúlio Vargas e Leonel Brizola, se prestaria a servir como “barriga de aluguel” a fim de saciar a sede de poder de pessoas que vivem a usar a atividade política como um rentável meio-de-vida, daí não se importarem de trocar recorrentemente de partido, o fazendo por mera conveniência ??? 

Como entender que uma agremiação de tantas batalhas e glórias, porquanto forjada na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos mais necessitados, não mais que de repente se permita servir de hermético “bunker-protetor” de indivíduos sem identificação nenhuma com o ideário programático da sigla getulista ???  

Afinal, ao aceitar o ingresso dos Ferreira Gomes em seus quadros, o PDT nada mais fez do que relegar o belo legado de fidelidade e coerência dos seus dois encimados líderes, porquanto o histórico dos novos integrantes da agremiação não deixa dúvidas: para o atendimento de demandas pessoais, já se serviram de uma miscelânea de agremiações tão díspares quanto diametralmente heterogêneas ideológico-programaticamente, dentre as quais a antiga ARENA (Ditadura), PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS.

Além do que, ao aceitar sujeitar-se aos Ferreira Gomes, o PDT  traiu vergonhosamente um quadro histórico e da estirpe de um Heitor Ferrer, este, sim, um político digno, leal e merecedor do respeito de todos nós, mercê de uma atuação cuja característica maior é a coerência e o respeito à agremiação e aos seus eleitores,  daí o ”caminhão” de votos que consegue carrear em cada eleição (a propósito, Heitor Ferrer já deve ter sido expulso do PDT ou “convidado” a de lá se mandar).

Ou alguém tem alguma dúvida que a principal “imposição” (dentre muitas que se seguirão) dos neo-integrantes que o PDT  recepcionou, foi única e exclusivamente servir de “rampa” para que o senhor Ciro Gomes tente decolar como candidato à Presidência da República e, em termos locais, garantir que a vaga para concorrer ao Governo do Estado seja antecipadamente reservada para o atual detentor da prefeitura de Fortaleza (Roberto Cláudio), um mero “soldado” dos Ferreira Gomes ???

No mais, lembremos do “estrago” que os Ferreira Gomes causaram à família “Novaes” (irmãos Sérgio e Eliana), aqui de Fortaleza, que, de dirigentes estaduais do PSB, literalmente foram “obrigados” a de lá se mandar após a chegada dos sobralenses, só retornando e retomando o comando da sigla após o falecido presidente nacional da agremiação, Eduardo Campos, negar-se peremptoriamente a ceder a Ciro Gomes a vaga de representante do PSB na corrida presidencial, a ele (Eduardo) reservada ???

Como olvidar, ainda, o que o falastrão Ciro Gomes fez com o seu padrinho-político, Tasso Jereissati, responsável pela ascensão dele e da família Ferreira Gomes na política cearense ???)  


Enfim, a realidade é que, por falta de seriedade e respeito aos seus eleitores e simpatizantes, a esta altura o “atestado de óbito” do PDT já terá sido devidamente lavrado no cartório competente, e que na sua “laje-sepulcral” constará o vergonhoso epíteto de “barriga de aluguel”. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

"POPULAÇÃO CRÍTICA" DESMORALIZA "JUDICIÁRIO ACRÍTICO" - José Nilton Mariano Saraiva


Expirado o prazo regulamentar, foram registradas, por parte dos diversos partidos políticos, as candidaturas dos respectivos representantes que concorrerão à Presidência da República nas eleições do próximo dia 07.10.18.

Tabuleiro pronto e cartas na mesa, os dois principais institutos de pesquisa, DataFolha e Ibope, imediatamente foram a campo auscultar a população brasileira sobre qual o candidato da sua preferência visando retirar o Brasil do atoleiro em que se encontra, por conta da quadrilha que tomou de assalto o poder, via golpe midiático-jurídico-parlamentar.

E aí, a completa e contundente “desmoralização” (como um todo) do nosso “acrítico poder judiciário”: é que, sábio como o é, e reconhecendo o muito que foi feito até recentemente (quando éramos felizes e sabíamos disso, sim), o “povão crítico”, em seus mais diversos segmentos e regiões (classe social, raça, cor, idade e por aí vai), resolve ignorar  as manobras, achismos, convicções e falcatruas que o juiz Sérgio Moro (de Curitiba) e os componentes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Porto Alegre) usaram para condenar  sem provas e isolar numa solitária das masmorras de Curitiba o ex-Presidente da República Lula da Silva e o escolhe como o seu candidato favorito, e que venceria fácil ainda no primeiro turno.

Como, entretanto, o “golpe” ainda não foi concluso, porquanto pelas regras vigentes Lula da Silva ainda pode fazer um último e "legal" apelo ao tal Supremo Tribunal Federal (que até aqui tem sido partícipe ativo de toda essa bandalheira) para que a Constituição Federal e a Lei das Eleições se sobreponham à ordinária Lei da Ficha Limpa, a expectativa é que os prolixos, preguiçosos e medrosos integrantes daquela corte, ante o contundente e avassalador rolo compressor manifestado pela população através das pesquisas,  “acordem” de vez dessa letargia que ameaça jogar o Brasil num abismo sem fundo e, num átimo de constitucionalidade que ainda lhes restem (torçamos por isso), permitam que o ex-presidente (embora preso, injustamente) participe das eleições em igualdade de condições com os demais concorrentes.

Enfim, deixe que a população brasileira escolha livremente e sem amarras aquele que ela acredita seja capaz de tornar o país altivo e soberano, como o foi até pouco tempo atrás.  


sábado, 18 de agosto de 2018

"CEREJEIRAS EM FLOR” - José Nilton Mariano Saraiva


Prenhe de emoções, fotografia belíssima, mas com uma narrativa que exige permanente atenção (já que um tanto quanto arrastada e sonolenta), “Cerejeiras em Flor” não é, definitivamente, um filme que empolgue ou se direcione aos mais jovens; longe disso, adapta-se e parece ter sido produzido, sim, visando à velha-guarda, à turma passada na “casca-do-alho”, aos românticos de plantão, aos sessentões da vida.


No princípio, a primeira e impactante bordoada: a modorrenta rotina de um casal de americanos (classe média), já maduros, filhos dispersos no mundo, é quebrada com o recebimento por parte da mulher (Trudi), do duro e apavorante diagnóstico médico sobre um recente “mal-estar” do marido (Rudi): doença incurável, poucos meses de vida.

Sua opção, então, é poupá-lo daquela trapaça do destino, blindá-lo até o limite do possível e aproveitar ao máximo o tempo restante junto ao velho companheiro de guerra, sem que, evidentemente, ele desconfie de nada.

Como conhecer as “cerejeiras em flor” e visitar o “monte Fuji” (no Japão) sempre fora o sonho da sofrida Trudi, a sugestão ao marido de empreender aquela tão esperada (e adiada) viagem para visitar os filhos em Berlim/Alemanha e, principalmente, Tókio/Japão é feita; e, embora recebida sem muita empolgação pelo sistemático e monossilábico Rudi, é levada adiante.
E aí, já na primeira parada, na Alemanha, começam a se descortinar desagradáveis e amazônicas diferenças entre pais-filhos: para surpresa de ambos, a filha Karolin revela-se uma lésbica assumida (a ponto de beijar na boca a namorada, na frente dos pais, visivelmente constrangidos), enquanto o filho Klaus, a mulher e os dois netos não se mostram nem um pouco dispostos a acompanhá-los pela cidade. O clima pesado é latente.

Num passeio a dois, nos arredores de Berlim, um fatal, desagradável e imprevisto golpe: durante a estadia e pernoite numa simplória pousada, a sempre disposta e saudável Trudi não acorda pela manhã e jaz inerte sobre a cama: morte súbita, na madrugada.

Após a cremação do corpo, o caçula Karl (solteiro), que viera às pressas de Tókio para a cerimônia, a contragosto leva o pai para o Japão; executivo por demais ocupado, também não tem tempo pra dedicar ao “velho”; e aí, sozinho, vagando sem eira e nem beira, lenço ou documento, pelas ruas da cidade, Rudi se depara com uma jovem dançarina de butô (de nome Yu), ainda adolescente e (descobre mais tarde) órfã e moradora de rua. Aprende muito com ela.

E é através de Yu que Rudi resolve “MOSTRAR” à sua querida Trudi as cerejeiras em flor e o monte Fuji; para tanto, no momento propício, por baixo das próprias roupas passa a usar as roupas da mulher e, quando do “DESABROCHAR DAS CEREJEIRAS EM FLOR”, ele simplesmente se despe das suas vestes e carinhosamente se porta como se fora a própria, dedicando-lhe aquele momento mágico. 

Já o segundo ato da homenagem à Trudi revela-se um tanto quanto mais difícil: hospedado (por vários dias) ao sopé do “tímido” (sempre escondido) monte Fuji, todas as manhãs ao abrir a janela do quarto se depara com o mau tempo a encobrir a montanha; já desapontado e prestes a partir, faz uma última tentativa e, então, depara-se com aquela visão estonteante, soberba, magnífica: à sua frente (ou literalmente aos seus pés) o monte Fuji revela-se por completo, coberto de neve, com toda a sua indescritível beleza e pujança.

Sai às carreiras, aproxima-se o mais que pode e, livrando-se das vestes masculinas “TRANSMUDA-SE EM TRUDI”, dedicando-lhe aquele momento sublime. Sozinho, ensaia passos de uma dança que dançara com a mulher lá na pousada, na noite anterior à sua morte e, como já cumprira com o seu dever – “MOSTRAR” a Trudi as cerejeiras em flor e o monte Fuji (que ela tanto queira conhecer) - não resiste a tamanha emoção e tomba morto.

Grande filme.





sexta-feira, 17 de agosto de 2018

HOJE... BATEU A SAUDADE - José Nilton Mariano Saraiva


"ONDE ANDA VOCÊ, MARIA DE FÁTIMA ???” - José Nilton Mariano Saraiva

Em Fortaleza, num desses ambientes onde se reúnem mulheres a serem cortejadas, ela era unanimidade e compreensivelmente para ela convergiam os olhares, as fantasias e os corações daqueles alegres e falantes marmanjos, todos já “encharcados” de álcool até o gogó.

Assim, presumindo que com o nosso estilo discreto e reflexivo dificilmente conseguiríamos algo ante tantas feras de porte atlético privilegiado e verborragia (teoricamente) envolvente, preferimos ficar na nossa, observando o ambiente, curtindo o som e “deglutindo” uma geladinha.

De repente, às nossas costas, aquele toque suave e discreto no ombro; e, ao virarmos pra conferir, deparamo-nos com o mais belo (embora tímido) sorriso que alguém possa imaginar, seguido da sussurrada e inolvidável indagação: “E você, não quer ficar comigo ???”.

Foi assim que conhecemos a meiga Maria de Fátima. Altura mediana, clara, cabelos castanhos, olhos discretamente ao estilo japonês, nariz perfeito, dentes impecavelmente alvos, lábios carnudos e... “cheinha”. Já no quarto, ao desnudar-se, uma arrebatadora e deslumbrante visão, digna de ser retratada por um desses pintores clássicos, e posta num pedestal pra ser admirada por gregos e troianos: seios medianos e rijos, cintura fina, coxas firmes e pra lá de torneadas. Enfim, tudo no lugar. Uma deusa da perfeição.

Super-carinhosa, fala mansa, conversa aprumada, de pronto bateu aquela sinergia entre nós. A ponto de, ainda na cama, lhe indagarmos (com sinceridade d’alma) a “razão” ou o “por que” de uma mulher tão bela e educada frequentar um local daqueles; de onde ela era; de qual família e por aí vai.  Surpresa, ela afirmou que era a primeira vez que alguém fazia tais tipos de perguntas pra ela, que nunca alguém procurara saber da sua intimidade, que, enfim, encontrara alguém “diferente”.

Pra encurtar a conversa: de livre e espontânea vontade ela não aceitou qualquer “pagamento” e, na segunda vez que a procuramos ela simplesmente largou tudo, sob protestos da cafetina, e fomos curtir a vida em pleno dia, terminando por encontrar abrigo em nosso apartamento de solteiro (onde ela aprendeu, a partir de então e durante meses, a dormir “empacotada” em nossas camisas de seda – de mangas longas - que achava... ”gostosas”).

Em represália, fomos proibidos de adentrar o tal ambiente, já que os “seguranças” tinham ordem expressa de “baixar a cacete”, se fosse necessário; então, conjuntamente, arquitetamos que bastariam dois toques na buzina pra que ela “se mandasse” dali. E assim foi feito, a partir dali.

Foram meses de felicidade plena, durante os quais frequentávamos, de mãos dadas e sorriso no rosto, qualquer lugar que “desse na telha”, sem nenhum constrangimento de encontrar algum desses barões que com ela houvesse se relacionado.
Mas...

De repente, a meiga Maria de Fátima sumiu, evaporou-se, tomou Doril, escafedeu-se, deixando-nos literalmente na orfandade (deve ter havido algo de sério e grave, que jamais saberemos).
Hoje, apesar de casado (em processo de separação) e com dois belos filhos já adultos, tal qual os William Bonner da vida não cansamos de (mentalmente) perguntar:

Onde anda você, Maria de Fátima ???

Quantas saudades...


domingo, 12 de agosto de 2018

"ESCULHAMBAÇÃO" CONFIRMADA - José Nilton Mariano Saraiva


Às vésperas da eleição presidencial e com o preferido da população (Lula da Silva) preso numa solitária de Curitiba, sem nenhum pudor o Desembargador Gebran Neto (amigo íntimo do Sérgio Moro) que condenou o ex-presidente (e esticou a pena para 12 anos), vem a público para confirmar aquilo que metade do mundo e a outra banda já sabiam: Lula da Silva é um “preso político”, detido a fim de evitar que volte ao poder nos braços do povo (hoje, segundo as pesquisas, levaria no primeiro turno, com folga). Veja abaixo:
Jornal GGN - A coluna Radar, de Lauro Jardim, na Veja, trouxe o inimaginável: Gebran Neto, desembargador do TRF4, disse a amigos que atropelou o desembargador Favreto por considerar a 'única saída' para impedir liberação de Lula. É muito grave.
A declaração contida em Veja escancara o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula. Um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que a prisão é política sim e continua sendo o maior trunfo da Lava Jato. O que muda na percepção dos críticos da situação, é que esta é a primeira declaração clara sobre as manobras.
Segundo o colunista da Radar, de Veja, o desembargador preferiu cometer ilegalidades a evitar o que chama de 'um erro ainda mais danoso', que era a justa liberação do ex-presidente. Tal declaração teria sido feita no dia 8 de julho, quando o desembargador Rogério Favreto aceitou o pedido de habeas corpus em favor de Lula.
A situação beira o descaramento, quando vale tudo para manter Lula preso e calado, sem poder se valer de seus direitos fundamentais. Nem Moro poderia contestar a decisão de Favreto, nem Gebran poderia atropelar a decisão do juiz que estava de plantão. Os dois magistrados, em gozo de férias, agiram rapidamente usando, inclusive, os guardas da PF de Curitiba. Moro acionou os guardas e Gebran, e este veio célere reforçar a decisão. Por fim, entra o presidente do TRF4 que, longe de defender a legalidade da decisão de Favreto, interveio para derrubar o habeas corpus.
Somente o órgão colegiado do TRF4 poderia revogar a ordem de habeas corpus deferida por Favreto, não fosse, é claro, essa poltiização descarada da Justiça.
******************************
Fato é que, tivéssemos um Supremo Tribunal Federal que honrasse tal denominação, não só o desembargador Gebran Neto, como o juiz Sérgio Moro, estariam hoje vendo o sol nascer quadrado, não só por essa, mas pelas infindáveis arbitrariedades perpetradas ao longo da “perseguição implacável” ao ex-presidente (por quatro anos), sem que houvessem colhido nenhuma prova de supostos ilícitos.
Assim, embora com atraso, tal declaração de Gebran Neto escancara de vez o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula da Silva. Afinal, quando um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que estamos ante uma prisão política, sim, e que o mote usado pela Lava Jato (sobre corrupção) não passa de cortina de fumaça para acabar com o Estado Democrático de Direito, em nosso país.


sábado, 11 de agosto de 2018

"ESCULHAMBAÇÃO" CONFIRMADA - José Nilton Mariano Saraiva


Às vésperas da eleição presidencial e com o preferido da população (Lula da Silva) preso numa solitária de Curitiba, sem nenhum pudor o Desembargador Gebran Neto (amigo íntimo do Sérgio Moro) que condenou o ex-presidente (e esticou a pena para 12 anos), vem a público para confirmar aquilo que metade do mundo e a outra banda já sabiam: Lula da Silva é um “preso político”, detido a fim de evitar que volte ao poder nos braços do povo (hoje, segundo as pesquisas, levaria no primeiro turno, com folga). Veja abaixo:
Jornal GGN - A coluna Radar, de Lauro Jardim, na Veja, trouxe o inimaginável: Gebran Neto, desembargador do TRF4, disse a amigos que atropelou o desembargador Favreto por considerar a 'única saída' para impedir liberação de Lula. É muito grave.
A declaração contida em Veja escancara o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula. Um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que a prisão é política sim e continua sendo o maior trunfo da Lava Jato. O que muda na percepção dos críticos da situação, é que esta é a primeira declaração clara sobre as manobras.
Segundo o colunista da Radar, de Veja, o desembargador preferiu cometer ilegalidades a evitar o que chama de 'um erro ainda mais danoso', que era a justa liberação do ex-presidente. Tal declaração teria sido feita no dia 8 de julho, quando o desembargador Rogério Favreto aceitou o pedido de habeas corpus em favor de Lula.
A situação beira o descaramento, quando vale tudo para manter Lula preso e calado, sem poder se valer de seus direitos fundamentais. Nem Moro poderia contestar a decisão de Favreto, nem Gebran poderia atropelar a decisão do juiz que estava de plantão. Os dois magistrados, em gozo de férias, agiram rapidamente usando, inclusive, os guardas da PF de Curitiba. Moro acionou os guardas e Gebran, e este veio célere reforçar a decisão. Por fim, entra o presidente do TRF4 que, longe de defender a legalidade da decisão de Favreto, interveio para derrubar o habeas corpus.
Somente o órgão colegiado do TRF4 poderia revogar a ordem de habeas corpus deferida por Favreto, não fosse, é claro, essa poltiização descarada da Justiça.
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Fato é que, tivéssemos um Supremo Tribunal Federal que honrasse tal denominação, não só o desembargador Gebran Neto, como o juiz Sérgio Moro, estariam hoje vendo o sol nascer quadrado, não só por essa, mas pelas infindáveis arbitrariedades perpetradas ao longo da “perseguição implacável” ao ex-presidente (por quatro anos), sem que houvessem colhido nenhuma prova de supostos ilícitos.
Assim, embora com atraso, tal declaração de Gebran Neto escancara de vez o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula da Silva. Afinal, quando um desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que estamos ante uma prisão política, sim, e que o mote usado pela Lava Jato (sobre corrupção) não passa de cortina de fumaça para acabar com o Estado Democrático de Direito, em nosso país.

MOVIDOS PELO "ÓDIO E INSENSATEZ" - José Nilton Mariano Saraiva


Encaminha-se o Brasil para uma eleição presidencial reconhecidamente “fajuta”, mesmo que revestida com o verniz de uma suposta legalidade lhe conferida pelos parciais, omissos e medrosos integrantes do tal Supremo Tribunal Federal (STF).

É que, ao se ajoelharem e silenciarem ante um juiz de primeira instância que, picado pela mosca azul, enxovalha e desmoraliza diuturnamente a nossa outrora respeitada Carta Maior (Constituição Federal), os togados sem moral do STF praticamente destruíram com o ordenamento legal nacional, daí a esculhambação jurídica hoje vigente no país.

Confessos e atuantes partícipes de uma farsa grotesca, que começou lá atrás, no impeachment da honesta presidenta Dilma Rousseff, “suas excelências” (com minúsculas mesmo) com receio de contraria-lo, findaram por se subjugar aos caprichos do juiz Sérgio Moro, que hoje praticamente lhes determina qual a agenda a seguir. Tanto é que, individualmente, alguns deles reconhecem os excessos do juizeco, mas não tomam nenhuma providência efetiva para obstá-lo.

Nesse diapasão, a prisão do ex-presidente Lula da Silva (objeto de desejo daquele juiz, desde sempre), embora sem nenhuma prova de qualquer suposto crime que lhe tenha sido “atribuído” (por ele e sua cambada de procuradores, depois de longos quatro anos de investigação), nos oferece a esdrúxula situação que hoje vivenciamos: embora detido e incomunicável numa solitária da prisão de Curitiba, Lula da Silva continua liderando com folga a preferência popular para as eleições que serão realizadas daqui a dois meses, e levaria fácil ainda no primeiro turno.

E, no entanto, o desenlace de tal imbróglio poderia ser facilmente resolvido num piscar d’olhos se, num átimo de honradez e clarividência que supostamente ainda lhes restem (será ???), os togados do STF levassem à mesa daquela corte a franciscana questão: pode uma lei ordinária (Lei da Ficha Limpa) se sobrepor ao que determina a Constituição Federal ???
Afinal, se a primeira (Lei da Ficha Limpa) reza que o condenado em segunda instância está impedido de concorrer, a segunda (Constituição Federal) é contundentemente clara: alguém só pode ser condenado após esgotados todos os recursos jurídicos disponíveis (é a tal presunção de inocência). E até os cosmonautas que habitam a estação espacial sabem, assim como  todos nós sabemos, que Lula da Silva foi condenado sem que as etapas do processo tenham chegado ao seu final; até porque nos “autos” não existe uma única prova que o incrimine, mas, tão somente, convicções, achismos e suposições de juízes e procuradores movidos pelo ódio e a insensatez e a serviço de interesses outros (tanto é que o “verbo” é usado sempre no tempo condicional: teria, seria, poderia e por aí vai).
Alfim, uma certeza: em tão pouco tempo, Sérgio Moro e seus procuradores deslumbrados de Curitiba destroçaram com o país. E o único líder com carisma, apoio da população e competência para traze-lo de volta aos trilhos chama-se Lula da Silva.  



sábado, 4 de agosto de 2018

"PASSAPORTE-VITALÍCIO" - José Nilton Mariano Saraiva



Definitivamente, o “livrinho” (Constituição Federal) perdeu a validade já faz certo tempo. É que, enquanto o Artigo 2º, Dos Princípios Fundamentais, reza que: “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”, na prática isso não corresponde à realidade.

E isso em razão de um erro grosseiro e crasso, lá na origem. É que, enquanto para se habilitar ao ingresso no Executivo e Legislativo o “postulante” há que submeter-se à vontade popular, via eleições livres e diretas, o ingresso no Judiciário – MAQUIAVELICAMENTE IGNORANDO O “DOUTO SABER” EXIGIDO - dar-se através da malfadada indicação política, com tendência de escolha daquele que seja expert em puxar o saco, babar ovo ou acoelhar-se desavergonhadamente.

E a prova definitiva de que referidos poderes não são iguais é que os futuros membros da cúpula do nosso judiciário (tribunais superiores) obrigatoriamente hão de se enfileirar em périplo para “beijar a mão” dos corruptos integrantes do Legislativo (deputados e senadores) assim como do Executivo (Presidente da República, Governadores, e por aí vai) a fim de conseguir a indicação que os habilitem ao “passaporte-vitalício” de uma vida sem aperreios (aqui inclusos os Tribunais de Contas, Estadual e Municipal).

Além de ultrajante em si, o resultado de tal modus operandi pode desaguar em cortes formadas por juízes e ministros despreparados, parciais e “devedores de favores” àqueles que os indicaram (que caracterizaria o famoso “rabo preso”).

Portanto, a equanimidade entre os três poderes passa necessariamente por uma mudança radical no modo de escolha dos futuros togados com assento no Supremo.

Como fazê-lo, eis a questão.


sexta-feira, 3 de agosto de 2018

UM PAÍS DESTRUÍDO PELOS "TOGADOS" - José Nilton Mariano Saraiva

Desde tempos imemoriais, enfática e peremptoriamente temos manifestado neste espaço que a esculhambação jurídica vigente no país nos dias de hoje deve ser creditada única e exclusivamente às preguiçosas, prolixas e medrosas “excelências” togadas com assento no Supremo Tribunal Federal.

Não tivessem de forma vergonhosa se omitido naquele momento extremamente grave e delicado no qual se armou o golpe parlamentar capitaneado por um marginal visando o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, hoje não estaríamos a experimentar tamanha desventura (há, inclusive, a suspeita que sabiam de tudo antecipadamente e que se aliaram aos executores, conforme se depreende do diálogo Romero Jucá/Sérgio Machado).

Tanto é verdade que, lá adiante, as “excelências” de novo cruzaram os braços e puseram venda nos olhos ao permitir que, impunemente, um deslumbrado juiz de primeira instância atropelasse a própria Constituição Federal ao divulgar conversas da mandatária maior do país, afora outros abusos flagrantemente ao arrepio da lei.

Fato é que, adepto dos holofotes, incensado pela mídia desonesta e parcial, picado pela mosca azul e vislumbrando que os covardes integrantes do STF não se manifestariam com medo da reação popular (já que teoricamente tratando de um tema de tremendo apelo popular, qual seja a corrupção), referido juiz é hoje quem manda e desmanda no país e, inclusive, determina a própria agenda daquele tribunal.

Assim, há que se prosseguir o golpe, com uma “ruma” de ladrões de alta periculosidade instalado no Planalto Central a “liquidar” com o Brasil, a preço de banana em fim de feira (o retrato emblemático é o “pré-sal”, nosso outrora passaporte para o futuro, que está sendo literalmente “doado” às grandes petrolíferas internacionais), enquanto que, sob o comando de um juiz de primeira instância, a “República de Curitiba” trata de impedir, por cima de pau e pedra e mesmo que inexistam provas contra, que o candidato francamente favorito às próximas eleições, Lula da Silva, se viabilize como candidato. Apenas e tão somente pela “convicção” de um juiz pop-star deslumbrado e raivoso.

Portanto (e rememorando para que fique absolutamente claro o que pensamos), às “excelências” togadas, (prolixas, medrosas e covardes) com assento no tal Supremo Tribunal Federal (que de “supremo” não tem nada) devem ser dirigidos, sim, todos os créditos pelo iminente “extermínio” de um país que tinha tudo pra dar certo.

Definitivamente, o “complexo” de vira-lata voltou. 

Que pena.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A BRUTA "LETALIDADE" DE UMA DITADURA JUDICIAL - José Nilton Mariano Saraiva


A Lei das  Eleições (Nº 9504/97, DE 30.09.1997) é um calhamaço com centenas e centenas de páginas, onde estão distribuídos seus 107 artigos (alguns deles estendidos para a versão A) e trata só de tudo em relação às eleições no Brasil (para presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador de estado e do Distrito Federal, prefeito e vice-prefeito, senador, deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador). Se você se interessa, vale a pena conferir.

Se, na prática, o processo eleitoral brasileiro fosse seguido tal qual lá se acha explicitado, dificilmente haveria “brechas” para casuísmos de qualquer espécie, tal o detalhamento contido.

Como, entretanto, no Brasil de hoje a esculhambação jurídica é uma realidade, já que nem a própria Constituição Federal é respeitada (em razão da frouxidão do Supremo Tribunal Federal), temos algo inusitado: pelo fato do “presidiário-analfabeto-nove-dedos” (líder disparado nas pesquisas de opinião) pretender exercer seu direito de concorrer à Presidência da República, comenta-se que já está sendo arquitetada uma manobra que o impeça de sequer obter o registro da chapa majoritária.

A “melada” teria como “madrinha-mor” a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, e seria operacionalizada pelo próprio presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz “Peruca” Fux, coincidentemente um daqueles integrantes do Supremo Tribunal Federal que faz parte do “esquemão” que tem o objetivo precípuo de inviabilizar a candidatura vitoriosa de Lula da Silva, a qualquer custo. Para tanto, na marra seria suprimido da tal Lei das Eleições, de cabo a rabo, o seguinte artigo:

“Art. 16-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição, ficando a validade dos votos a ele atribuídos condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior” (ipsis litteris). 

A vergonhosa “excrescência” já está sendo gestada nos porões do Judiciário brasileiro e se trata apenas e tão somente do prosseguimento do golpe que começou lá atrás, quando tomaram na marra o poder da honesta Presidenta da República, Dilma Rousseff, mesmo que sem nenhum crime de responsabilidade por ela praticado (como não o há com relação ao ex-presidente Lula da Silva).

Isso nos leva a refletir seriamente sobre a premonição, lá atrás, do jurista e pensador Rui Barbosa (também um grande pilantra), que, ao discorrer sobre a “letalidade” de uma ditadura judicial, afirmou peremptoriamente: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário; contra ela não há a quem recorrer”.

Resumo de tudo isso: Estamos phudidos (com ph mesmo). É o Estado de Exceção em toda a sua cruel plenitude, que ninguém pode antecipar onde nos levará.

Adeus, direitos e garantias constitucionais.


STF: O "PUXADINHO"" DE CURITIBA EM BRASÍLIA - José Nilton Mariano Saraiva


Tirante os países totalitários, em qualquer nação do planeta Terra os povos se regem por um tal “livrinho” (Constituição Federal, Carta Maior, Lei Suprema, Carta de Direitos ou outra denominação que se lhe queira outorgar) onde estão contidas as regras, ordenamentos, cláusulas (inclusive pétreas) e por aí vai, às quais todos devem subordinação e respeito.

É, para todos os efeitos, a lei maior de um país, à qual todas as demais leis, códigos e tais devem obediência. A origem, o principiar de tudo, terá sempre ela como protagonista.

No Brasil, já tivemos isso, até pouco tempo atrás.

Hoje, entretanto, após o Poder Judiciário, através do Supremo Tribunal Federal (STF), literalmente “abrir as pernas” para o juiz de primeira instância, Sérgio Moro, de Curitiba, que diuturnamente o estupra, o “livrinho” brasileiro se presta (aqui em casa, pelo menos)  a substituir o papel higiênico nos banheiros da vida (apesar da má qualidade do papel, mais áspero).

Fato é que, a desmoralização do nosso Judiciário chegou a tal ponto que, mesmo confirmando que o tal juiz vem agindo em desacordo com Constituição (já há algum tempo),  os prolixos, preguiçosos e covardes Ministros que integram o Supremo Tribunal Federal não tomam qualquer atitude contra seus desmandos; admitem, sim, que houve excessos; assentem, sim, que limites foram ultrapassados; reclamam, sim, que a Constituição foi violada e por aí vai.

Mas, temendo a reação popular se forem de encontro ao juiz pop-star (que, na teoria, agarrou-se a um tema de apoio midiático, a corrupção) se limitam a tecer-lhe críticas circunstancias e amenas, sem, entretanto, terem a coragem de tomar uma atitude mais drástica ou moralizadora para barrar seus rompantes. Ou seja, a agenda do próprio Supremo Tribunal Federal é hoje determinada pelo que emana lá de Curitiba. Se Sérgio Moro fez, tá feito, e não tem como e porque mudar, mesmo que não se coadune com o que consta do tal “livrinho”.

O retrato emblemático de tal assertiva deu-se agora quando, mesmo em gozo de férias (e fora do país), aquele juiz de piso se insubordina com a determinação de um Desembargador Federal (seu superior hierárquico) e determina (lá de fora) que os seus subordinados (aqui) não cumpram uma ordem judicial da lavra daquela autoridade, simplesmente porque ele, o único juiz do Brasil, não concorda com o que ali foi explicitado.

E o mais esdrúxulo disso tudo é que o “puxadinho” de Curitiba, em Brasília (Supremo Tribunal Federal) passivamente aceitou tamanha excrescência sem qualquer contestação. Afinal, Sérgio Moro não pode ser contrariado.

A que ponto chegamos. Que vergonha.