TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

UMA OBRA INSÓLITA - José Nilton Mariano Saraiva



Contundente. 


É o adjetivo preciso e definitivo para rotular e exprimir a obra de fôlego “No Armário do Vaticano” (de Frédéric Martel, 499 páginas) repleta de pormenores íntimos, assustadores e escabrosos, sobre o que se esconde por trás das até então indevassáveis muralhas do Vaticano.

Você sabe, por exemplo, por qual razão o austero alemão cardeal Joseph Aloisius Ratzinger, depois de muito lutar para ser ungido ao trono papal (então, por votação secreta passou a chamar-se Bento XVI), resolveu “se mandar”, sem mais nem menos, numa atitude insólita, até hoje questionada por gregos e troianos ??? 

Ou, por qual motivo o também cardeal, argentino Jorge Mário Bergoglio (que o sucedeu como Papa Francisco) tem literalmente comido “o pão que o diabo amassou” em razão de ter que enfrentar diuturnamente (dentro do Vaticano) um verdadeiro exército de gays e homofóbicos que não aceitam a “abertura” por ele defendida ??? 

Rotulado como... “uma investigação devastadora sobre a corrupção no clero” ou ainda como... “uma teoria chocante sobre o Vaticano, a maior comunidade gay do mundo”, fato é que “No Armário do Vaticano” é acima de tudo uma obra corajosa, já que o autor desassombradamente “dá nome aos bois” (monsignores, padres, cardeais e por aí vai). E  como há bois...

Alfim, e pra complementar, um breve resumo da própria editora.


  • No Armário do Vaticano - Poder, Hipocrisia e Homossexualidade

  • Best-seller do New York Times. Lançado simultaneamente em vinte países. Um relato sobre a corrupção e a hipocrisia no coração do Vaticano.

“POR TRÁS DA RIGIDEZ HÁ SEMPRE QUALQUER COISA ESCONDIDA: EM NUMEROSOS CASOS, UMA VIDA DUPLA.” Ao pronunciar estas palavras, o papa Francisco tornou público um segredo que esta investigação vertiginosa explora, pela primeira vez, com grande detalhe.

NO ARMÁRIO DO VATICANO EXPÕE A DECADÊNCIA NO CORAÇÃO DO VATICANO E NA IGREJA CATÓLICA ATUAL. Um trabalho brilhante baseado em quatro anos de pesquisas rigorosas, que inclui entrevistas com dezenas de cardeais e encontros com centenas de bispos e padres.

O celibato dos padres, a condenação do uso de contraceptivos, os inúmeros casos de abuso sexual, a renúncia do papa Bento XVI, a misoginia entre os clérigos, a trama contra o papa Francisco — todos esses temas estão envoltos em mistério.

Este livro revela a face escondida da Igreja, uma instituição fundada em uma cultura clerical de sigilo e baseada na vida dupla de padres e numa extrema homofobia. A esquizofrenia resultante na Igreja é difícil de entender: quanto mais um prelado é homofóbico, mais é provável que ele seja gay.

É um livro revelador e inquietante.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

PAULO GUEDES, O "TCHUTCHUCA" DOS BANQUEIROS -José Nilton Mariano Saraiva

Não é preciso se ser nenhum historiador (“peba” ou de “escol”) para reconhecer que a “diversão” predileta e preferencial do psicopata Adolf Hitler era a de eliminar, com requintes de sadismo e crueldade, todo e qualquer “judeu” habitante do planeta Terra, simplesmente porque os considerava o câncer da humanidade (aos menos avisados, o psicopata é aquele que “apresenta distúrbios mentais graves, onde prevalece comportamentos antissociais e amorais, sem demonstração de arrependimento ou remorso, bem como incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas, em razão do egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência”).


Pois bem, Hitler, imbuído desse propósito macabro reuniu sob seu comando “bestas-feras” com a mesma patologia assassina, e patrocinou a maior carnificina que se tem notícia na história da humanidade. Tanto que, independentemente da idade, cor ou gênero, milhões e milhões de seres humanos foram eliminados por uma única e exclusiva razão: serem judeus.


 Eis que, 80 anos depois, surge no continente sul-americano, (ou mais especificamente, no Brasil), uma figura (Paulo Guedes) que se assemelha em tudo ao ditador nazista, com uma pequena mas preocupante diferença: ao invés dos judeus (existem poucos no Brasil), o alvo prioritário, agora, são os integrantes da categoria “03 pês” (pobres, pretos e putas) ou aqueles menos desvalidos (que acabam de ser “premiados” com uma reforma da previdência que os deixará a pão e água, daqui a pouco).


Verdadeiro pária entre os colegas da Academia (já que adepto de conceitos anacrônicos de teoria econômica aos quais se aferrou e se manteve fiel sempre e sempre, nunca se reciclando), e que ficou conhecido pela alcunha de “tchutchaca” (gíria usada no Brasil para dizer que uma menina é bonita e atraente), em razão da sua predileção por banqueiros e financistas, Paulo Guedes sempre foi um ilustre desconhecido da população brasileira, já que atuava à sombra e desassombradamente no submundo do mercado financeiro, onde enriqueceu com extrema facilidade e em tempo recorde, certamente que usando métodos não republicanos.


Tanto é, que o Tribunal de Contas da União (TCU) está em seu encalço já há um certo tempo, em razão de fraudes cometidas em fundos de pensão das estatais, que lhe renderam milhões e milhões de reais, em desfavor dos cotistas (se o Brasil fosse um país sério já estaria atrás das grades).


Com tal “histórico”, somente num governo de um despreparado, como o atual Presidente da República, uma figura medíocre dessa teria vez e voz para mandar e desmandar, fazer e acontecer, como acontece atualmente.


Pois bem, hoje, com a Economia brasileira “patinando na maionese” (o dólar tá em valores nunca dantes imaginado, as indústrias ociosas ou semi e as importações maiores que as exportações, resultando daí um déficit corrente significativo) desde que assumiu o todo poderoso cargo de superministro (e sem ter quem o conteste, já que a mídia corrupta nada divulga) Paulo Guedes resolveu agora, numa tentativa de esconder sua incapacidade como economista e gestor, focar seus ataques nos componentes do funcionalismo público, aos quais rotulou de “parasitas”, porquanto têm “estabilidade no emprego” e “aposentadoria generosa” (palavras suas).


Se fosse uma pessoa detentora de um átimo de honestidade e se se dispusesse a usar um mínimo de seriedade em suas análises, Paulo Guedes facilmente chegaria à óbvia e incontestável conclusão que a “estabilidade de emprego” do funcionário público é resultante da sua admissão via concursal (portanto, sem apadrinhamento) e que sua “aposentadoria generosa” se dá em razão de, quando na vida laboral, ter contribuído com um significativo percentual da remuneração recebida mensalmente para a formação de um “fundo” (caixa de previdência) que lhe complementa a aposentadoria à frente e, portanto, nenhum favor o Estado lhe presta.


Covarde e frouxo, por natureza, dada à repercussão negativa da sua fala nos mais diversos ambientes (inclusive no seio da classe política), Paulo Guedes tentou sair pela tangente ao alegar que suas palavras foram “retiradas do contexto”, porquanto “reconhece a qualidade do servidor público”.


Definitivamente, trata-se de um tchutchuca de quinta categoria, desonesto e incompetente.