TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 15 de janeiro de 2023

 A “CONSPIRAÇÃO” PALACIANA (ou O “GOLPE FRUSTRADO”) – José Nílton Mariano Saraiva

Independentemente da localização geográfica ou origem, em qualquer país do mundo sempre existirá aquela parcela da população que, inculta e manobrável, se presta a servir como massa de manobra ou bucha de canhão para mafiosos de escol, não importando qual serviço sujo tenha que executar.

Foi o que aconteceu em Brasília depois da eleição presidencial vencida por Lula da Silva, quando, insuflados e estimulados pelo candidato derrotado (Bolsonaro) e contando com o apoio de conspiradores e improdutivos generais de pijama, de par com empresários apátridas e mafiosos, centenas de pessoas se postaram à frente do quartel do Exército clamando por uma intervenção militar, visando subverter a vontade popular expressa nas urnas (segundo o comando da Polícia Militar, de Brasília, o Exército impediu que tal ajuntamento fosse desfeito).

No entanto, como Lula da Silva já houvera sido diplomado e tomado posse sem que tivesse havido alguma intercorrência ou problemas de qualquer ordem, pensou-se que, com o passar do tempo, tal clamor refluiria e a vida voltaria ao normal (era só deixar o tempo passar).

E só então nos demos conta que tal ajuntamento de pessoas na verdade era uma espécie de “cortina de fumaça” para a eclosão de algo criminoso e impensável, gestado naquele “ninho de cobras”: é que, financiados e mantidos, desde o princípio do movimento, por partidários do candidato derrotado, centenas de ônibus lotados por gente de diversas regiões do país chegam a Brasília, se juntam aos que já lá estavam a esperar e avançam sobre os palácios representativos do Executivo (Presidência da República), Legislativo (Congresso Nacional) e Judiciário (Supremo Tribunal Federal) e, ensandecidos e apopléticos, promovem o maior quebra-quebra que se tem notícia na história do Brasil, não deixando pedra sobre pedra (houve ordem expressa pra isso).

Ai, então, o mundo todo tomou conhecimento, ao vivo e a cores, que a democracia brasileira estava sendo vítima de um complô de proporções inimagináveis, visando desestabilizá-la, através da “tomada do poder”, na marra, por parte dos militares (parecido com o que ocorrera meses atrás nos Estados Unidos).

Coincidentemente, no dia anterior ao quebra-quebra, o candidato que houvera sido derrotado e covardemente fugira do país (para os Estados Unidos) para evitar ser preso (Bolsonaro), declarara a alguém da sua intimidade que... “o melhor está por vir” (ou seja, o script elaborado pela quadrilha estava sendo seguido e monitorado pari-passu, como planejado).

É crível se supor, pois, que como a massa ignara não tinha competência ou conhecimento para isso (com todos os detalhes atinentes), toda a logística tenha sido arquitetada e posta em prática pelos desocupados generais conspiradores que davam sustentação ao governo anterior (tanto que, durante o imbróglio, parte dos integrantes do Exército havia se confraternizado com os “operativos-executores” do quase-golpe, inclusive mostrando-lhes o caminho a seguir na perspectiva de uma saída emergencial).

A extensão e gravidade da situação se configurou ainda mais realista e traumática quando, dia seguinte, durante uma ação de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça do governo anterior, Anderson Torres (também fugitivo e também nos Estados Unidos, junto ao ex-chefe), a polícia encontrou uma minuta de um Decreto visando instaurar um tal “Estado de Defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral, com o objetivo de mudar o resultado das eleições de 2022, com a consequente ascensão de Bolsonaro ao poder (em tal documento, já impresso, faltava apenas a assinatura do mentor intelectual – o próprio Bolsonaro).

Decretada sua prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, e na perspectiva de ser extraditado, Anderson Torres voltou ao Brasil e já se acha encarcerado; a expectativa é que “abra o bico”, esclarecendo, por exemplo, quem são os integrantes da ORCRIM (organização criminosa) que atentaram contra o país.

Alfim, convém não esquecer que Bolsonaro já se acha incurso em 05 (cinco) processos que tramitam no STF, aos cuidados do Ministro Alexandre de Moraes.

Sua prisão e extradição serão solicitadas ??? A conferir.

 

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POST SCRIPTUM:

Durante a ocorrência de tudo isso e numa prova inconteste da falta de compromisso para com a nação, marginais pertencentes ao citado grupo derrubaram quatro (04) torres de transmissão de energia elétrica (no Paraná, São Paulo e em Rondônia); também tentaram parar algumas refinarias, assim como interditar algumas das principais rodovias do país; além da tentativa de explodir um caminhão de combustível no aeroporto internacional de Brasília. 

Não custa lembrar, também, que a combativa vereadora carioca Marielle Franco foi sumariamente executada (no trânsito), junto com o seu motorista e o principal suspeito, o marginal Ronnie Lessa, era morador do mesmo condomínio e vizinho do então Presidente da República (Bolsonaro); hoje está preso e as investigações paradas. Por qual razão não reabri-las ???

  

 

sábado, 7 de janeiro de 2023

DEBANDADA DE MAFIOSOS - José Nílton Mariano Saraiva

DEBANDADA DE MAFIOSOS - José Nílton Mariano Saraiva

Circula, na Internet, a informação de que a “fuga” apressada do Bozo para os Estados Unidos, com a família, não seria simplesmente uma forma de não passar a faixa presidencial para Lula da Silva. 

Na verdade, a intenção seria seguir de lá diretamente para Roma, na Itália, sem retornar ao Brasil (deixando seu "gado" mugindo indefinidamente em frente ais quartéis), tendo em vista a perspectiva real de ser preso caso por aqui apareça, porquanto já não dispõe do foro privilegiado. 

Tanto, que a Embaixada italiana no Distrito Federal já teria recebido o pedido da família, incluindo os filhos Carlos, Eduardo e Flávio, na tentativa de obter a emissão da cidadania para a quadrilha. 

Como se sabe, no STF Bolsonaro e seus familiares são objeto de inquéritos, patrocinados por Alexandre de Moraes, em razão de crimes variados, assim como propagar informações falsas sobre a Covid e a Aids. 

Assim, uma fuga de Bolsonaro para a Itália em tese dificultaria a execução de eventual pena imposta ao ex-presidente, já que o acordo de Cooperação Judiciária em Matéria Penal entre Brasil e Itália estabelece que que “a cooperação não compreenderá a execução de medidas restritivas da liberdade pessoal nem a execução de condenações”. 

Nos bastidores, vieram a público informações de que no último jantar político de Bolsonaro em Brasília, na casa de Fábio Faria, seu ex-chefe da Secom, ele teria sido aconselhado a deixar o País o mais rápido possível (e, por mais absurdo que pareça, tal recomendação teria sido endossada e referendada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, presente ao evento). 

Mas, como os “filhos-numerais” permanecem por aqui, bem que a Polícia Federal, preventivamente, poderia desde já reter os passaportes respectivos a fim de evitar a debandada mafiosa.