
Dando continuidade aos equívocos constantes da matéria “Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, o contra-revolucionário do Cariri” - publicada ontem no "Jornal do Cariri " - considero o erro mais grosseiro ali constante a afirmação de que o Brigadeiro, quando residiu em Sergipe, “chegou a ser (ali) político de destaque tendo sido deputado provincial e amigo do presidente da província, Inácio Barbosa”.
Ora, Inácio Barbosa assumiu o governo da província de Sergipe em 1853. Em 1831, vinte e dois anos antes, o velho Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro morreu, na sua Fazenda Tabuleiro Grande, aos 91 anos de idade.
Sabe-se que Aracaju foi elevada à categoria de município e capital da Província de Sergipe, pela lei provincial nº. 473, de 17-03-1855.
Na verdade, o Brigadeiro Leandro chegou a residir em Sergipe, entre 1764 a 1779. Neste último ano regressou a Crato. Certamente o redator da matéria confundiu o velho Brigadeiro com um homônimo e neto deste, o Dr. Leandro Bezerra Monteiro, advogado, também nascido em Crato, em 1826.
O neto do Brigadeiro – o citado Dr. Leandro Bezerra Monteiro – era casado com uma sergipana e em 1853 foi Juiz Municipal da Comarca de Estância. Naquele ano foi eleito Deputado Provincial e foi um dos que participou da transferência da capital de Sergipe da cidade de São Cristóvão para a então acanhada Vila de Aracaju.
Diga-se, aliás, em favor de Dr. Leandro Bezerra Monteiro que este foi eleito Deputado Geral do Império (o que corresponde hoje a Deputado Federal) em várias legislaturas. E foi, no exercício deste cargo, um dos defensores dos bispos Dom Vital e Dom Macedo, aprisionados pelo governo Imperial na famosa “Questão Religiosa”. Católico fervoroso e monarquista convicto, como o avô, o Dr. Leandro Bezerra Monteiro retirou-se da vida pública em protesto ao golpe militar de 15 de novembro de 1889 que implantou o regime republicano no Brasil.
A respeito do advogado Leandro Bezerra Monteiro, assim escreveu Denizard Macedo:
“... fora de formação moral, herdade de ancestrais ilustres, pela tríplice nobreza do sangue, da virtude e dos feitos renomados, que permitiu ao Dr. Leandro não duvidar da escolha de sua atitude em face da questão religiosa, determinada por princípios severos e rígidos que sempre iluminaram a sua atividade pública e privada. Era católico, apostólico, romano, devia, pois, estar ao lado dos seus pastores, que defendiam a ortodoxia de Roma contra as forças secretas”.
Nos tempos presentes, raramente poder-se-á encontrar personalidades de tal envergadura moral do quilate dos dois Leandros Bezerra Monteiro – avô e neto...
Ora, Inácio Barbosa assumiu o governo da província de Sergipe em 1853. Em 1831, vinte e dois anos antes, o velho Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro morreu, na sua Fazenda Tabuleiro Grande, aos 91 anos de idade.
Sabe-se que Aracaju foi elevada à categoria de município e capital da Província de Sergipe, pela lei provincial nº. 473, de 17-03-1855.
Na verdade, o Brigadeiro Leandro chegou a residir em Sergipe, entre 1764 a 1779. Neste último ano regressou a Crato. Certamente o redator da matéria confundiu o velho Brigadeiro com um homônimo e neto deste, o Dr. Leandro Bezerra Monteiro, advogado, também nascido em Crato, em 1826.
O neto do Brigadeiro – o citado Dr. Leandro Bezerra Monteiro – era casado com uma sergipana e em 1853 foi Juiz Municipal da Comarca de Estância. Naquele ano foi eleito Deputado Provincial e foi um dos que participou da transferência da capital de Sergipe da cidade de São Cristóvão para a então acanhada Vila de Aracaju.
Diga-se, aliás, em favor de Dr. Leandro Bezerra Monteiro que este foi eleito Deputado Geral do Império (o que corresponde hoje a Deputado Federal) em várias legislaturas. E foi, no exercício deste cargo, um dos defensores dos bispos Dom Vital e Dom Macedo, aprisionados pelo governo Imperial na famosa “Questão Religiosa”. Católico fervoroso e monarquista convicto, como o avô, o Dr. Leandro Bezerra Monteiro retirou-se da vida pública em protesto ao golpe militar de 15 de novembro de 1889 que implantou o regime republicano no Brasil.
A respeito do advogado Leandro Bezerra Monteiro, assim escreveu Denizard Macedo:
“... fora de formação moral, herdade de ancestrais ilustres, pela tríplice nobreza do sangue, da virtude e dos feitos renomados, que permitiu ao Dr. Leandro não duvidar da escolha de sua atitude em face da questão religiosa, determinada por princípios severos e rígidos que sempre iluminaram a sua atividade pública e privada. Era católico, apostólico, romano, devia, pois, estar ao lado dos seus pastores, que defendiam a ortodoxia de Roma contra as forças secretas”.
Nos tempos presentes, raramente poder-se-á encontrar personalidades de tal envergadura moral do quilate dos dois Leandros Bezerra Monteiro – avô e neto...
3 comentários:
Não tenho a menor dúvida de que o Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro foi a personalidade mais importante da história do Cariri. Não só porque foi o mais importante proprietário rural do Cariri. Mas, sobretudo, pelo exemplar procedimento em todas as ações de sua profícua e longa existência.
O passar do tempo tem feito justiça ao velho Brigadeiro.
No meu tempo de ginásio ninguém falava dele. Hoje é objeto de muitas pesquisas e já é reconhecido como fundador de Juazeiro do Norte e construtor de uma capelinha que virou Basílica Menor da Igreja Católica.
Sua descendência – os Bezerra de Menezes, Pinheiro, Teles, Monteiro, Esmeraldo – tem dado pessoas ilustres em todos os setores de atividade...
Dotado de profundas e arraigadas convicções católicas e monarquistas, foi ele quem pôs termo à Revolução Pernambucana de 1817 na cidade de Crato. E isso sem disparar um único tiro. Sem perseguir ou maltratar qualquer membro da respeitável família Alencar e seus poucos agregados, que foram presos e conduzidos a Fortaleza por PINTO MADEIRA. Após sofrerem as agruras das prisões, por cerca de quatro anos, os revolucionários cratenses foram anistiados pela autoridade real. Por sua lealdade à Monarquia, Leandro Bezerra Monteiro, foi agraciado, pelo Imperador Dom Pedro I, com o posto de Brigadeiro, o primeiro a ser concedido no Brasil.
Prezado Armando
Parabéns pelos dois excelente artigos. Você realmente faz jus à fama de um dos melhores historiadores da nossa região. Sou descendente em 5° grau do Brigadeiro Lenadro Bezerra Monteiro, mas não pelo lado da família Esmeraldo, que anteriormente se denominava Ribeiro da Silva, mas da família Pinheiro Bezerra de Menezes. Os meus dois avôs eram casados com duas irmãs filhas do Papai Zeco dos Currais, um neto do Brigadeiro. Um abraço e estou sempre apreciando seus estudos históricos. Muito oportuno!
Caro amigo Carlos Eduardo:
Você possui ótima ascendência.
Lembro-me de um antiquissimo provérbio italiano: "Bom sangue não mente".
A sua postura, seus atos - como exemplar chefe de família e correto profssional - sua fidelidade à Igreja Católica, honram com certeza a herança espiritual do seu ilustre antepassado, o Brigradeiro Leandro Bezerra Monteiro.
Saúde e Paz!
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