TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 22 de julho de 2021

 AS GRANDES PERGUNTAS DA CIÊNCIA ( FINAL )

Os computadores podem continuar se acelerando?
Nossos tablets e smartphones são minicomputadores que contêm mais poder de computação do que os astronautas levaram para a lua em 1969. Mas, se quisermos continuar aumentando o poder de computação que carregamos em nossos bolsos, como vamos fazê-lo? Existe um número limitado de componentes que podem ser comprimidos em um chip. O limite já foi alcançado, ou existe outra maneira de fazer um computador? Os cientistas estão considerando novos materiais, como carbono atomicamente fino – o grafeno –, assim como novos sistemas, como a computação quântica.

O que há no fundo do oceano?

Noventa e cinco por cento do oceano ainda não foram explorados. O que existe lá embaixo? Em 1960, Don Walsh e Jacques Piccard desceram 11 quilômetros, até a parte mais profunda do oceano, em busca de respostas. Sua viagem ampliou os limites da aventura humana, mas lhes deu apenas um vislumbre da vida no leito marinho. É tão difícil chegar ao fundo do oceano que geralmente temos de recorrer a veículos não tripulados como batedores. As descobertas que fizemos até agora – desde peixes bizarros como o "olho de barril", com sua cabeça transparente, até um potencial tratamento para Alzheimer feito de crustáceos – são uma pequena fração do estranho mundo que se esconde sob as ondas.

Podemos viver para sempre?
Vivemos em uma época incrível: estamos começando a pensar no "envelhecimento" não como um fato da vida, mas uma doença que pode ser tratada e possivelmente evitada, ou pelo menos adiada por muito tempo. Nosso conhecimento do que nos faz envelhecer – e o que permite que alguns animais vivam mais que outros – se expande rapidamente. Apesar de não termos exatamente elucidado todos os detalhes, as pistas que obtemos sobre danos ao DNA, o equilíbrio de envelhecimento, metabolismo e capacidade reprodutiva, mais os genes que regulam isso, estão preenchendo uma imagem maior, e potencialmente levarão a tratamentos medicinais. Mas a verdadeira pergunta não é como vamos viver mais, e sim como vamos viver bem por mais tempo. Já que muitas doenças, como diabetes e câncer, são típicas da idade, tratar o envelhecimento em si poderá ser a chave.

É possível viajar no tempo?
Viajantes no tempo já caminham entre nós. Graças à teoria da relatividade especial de Einstein, os astronautas que estão em órbita na Estação Espacial Internacional experimentam o passar do tempo mais lentamente. Naquela velocidade o efeito é minúsculo, mas aumentando a velocidade o efeito significa que um dia os humanos poderão viajar milhares de anos no futuro. A natureza parece apreciar menos as pessoas que vão no outro sentido e voltam ao passado, mas alguns físicos inventaram um projeto elaborado de fazer isso usando buracos de minhoca (ou pontes de Einstein-Rosen) e naves espaciais. Isso poderia ser usado até para dar a si mesmo um presente de Natal ou responder algumas das muitas perguntas que cercam as grandes incógnitas do universo.

Fonte: Carta Capital

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