TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

 OS MILITARES E A FARRA COM O DINHEIRO PÚBLICO – José Nílton Mariano Saraiva


Faltando ainda intermináveis 45 dias para o Bozo terminar o seu (des)governo, já começam a “pipocar” alguns “probleminhas” no tocante ao desperdício do dinheiro público e, mais importante, fato denunciado pelo próprio Tribunal de Contas da União (TCU).

É que, em relatório entregue nesta data (16.11.22) ao vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin, o presidente daquela corte, Bruno Dantas, aponta cabeludas irregularidades no pagamento do tal Auxílio Brasil, sugerindo ao mesmo tempo que se providencie uma espécie de “pente-fino” naquele programa, de modo a garantir sua eficiência social e fiscal.

Segundo aquela Corte de Contas, o governo Bolsonaro passou a distribuir dinheiro para aqueles que não são e não deveriam ser o
público-alvo do programa, a partir de um certo momento.

Um dos focos da fiscalização do TCU foi o PAGAMENTO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL A MILITARES. Tanto que, ainda em 2020, o tribunal determinou que o governo federal devolvesse aos cofres públicos os valores pagos aos integrantes das Forças Armadas.

NAQUELE MOMENTO, O TCU IDENTIFICOU QUE O AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$ 600,00 FOI PAGO IRREGULARMENTE A 73.242 (SETENTA E TRÊS MIL, DUZENTOS E QUARENTA E DOIS) MILITARES, cujos CPFs constam da base de dados do Ministério da Defesa. Eles foram contemplados com o benefício sem que se respeitassem os critérios legais.

AO TODO, ELES RECEBERAM R$ 43.900.000,00 (QUARENTA E TRÊS MILHÕES E NOVECENTOS MIL REAIS) DA PRIMEIRA PARCELA. Tal montante consta em relatórios produzidos pela Controladoria-Geral da União (CGU) para monitorar o pagamento do benefício.

No documento entregue pelo ministro Bruno Dantas a Alckmin, o TCU diz ter encontrado “deficiências na gestão dos principais benefícios assistenciais custeados com recursos federais”.

Procurados, o Palácio do Planalto e o Ministério da Cidadania, órgão responsável pelo pagamento do benefício social, não se manifestaram.

Nenhum comentário: