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sexta-feira, 28 de abril de 2023

 A “MISOGINIA” EM QUESTÃO - José Nílton Mariano Saraiva

Por volta dos 19/20 anos de idade, Michelle de Paula foi mãe de uma menina a quem batizou como Letícia Firmo, fruto de um relacionamento proibido (o parceiro, o engenheiro elétrico Marcos Santos da Silva, de Brasília, já era casado e pai de família); assim, quando conheceu Jair Bolsonaro, em 2006, Letícia Firmo já tinha 04/05 anos de idade, Michelle de Paula 24 anos e ele 51 anos.

À época, Michelle de Paula era secretária na sala de liderança do PP e, como “pintou um clima” no momento em que os olhares se cruzaram, foi imediatamente requisitada para trabalhar no gabinete do próprio; dois meses depois – vapt-vupt – se assumiram.

No entanto, Michelle de Paula só se tornou Michelle Bolsonaro dois anos depois (2008) quando, por imposição dela, se casaram no civil, “em regime de separação de bens”; em 2010, nasceu uma menina, Laura, hoje adolescente (posteriormente, já exercitando e verbalizando em todo o esplendor sua reconhecida porção misógina, o próprio afirmou ter sido uma “fraquejada” de sua parte o fato de gerar uma filha mulher, já que os filhos anteriores, de outras mulheres, foram todos do sexo masculino). Só faltou culpar a Michelle de Paula por isso...

Assim, e certamente que cansados de ouvir o pai afirmar preconceituosamente que houvera casado com uma “mãe solteira”, (existem vídeos que comprovam) os filhos dos casamentos anteriores (já adultos) não fizeram nenhuma questão de aproximar-se da “madrasta”, tendo em vista a comprovada ascendência desta sobre o marido; pelo contrário, nutrem um certo desprezo e guardam uma certa distância regulamentar da “madrasta” (de idade parecida com a deles).  O tal "Carluxo" que o diga...

De família pobre e nascida em Ceilândia, cidade paupérrima vizinha a Brasília, Michelle de Paula cursou até o ensino médio e tinha como única experiência trabalhos administrativos na Câmara Federal, onde conheceu o futuro marido. Os dois têm uma diferença de idade de 27 anos – ele, hoje, está com 68 anos (à época 51 anos) e ela com 41 anos (à época 24 anos).

Esta, uma resumida amostra de quem seja a “evangélica” Michelle de Paula Firmino Reinaldo Bolsonaro, hoje – quem diria – cotada para substituir o marido nas próximas eleições à Presidência da República, na perspectiva que o próprio seja legalmente impedido pela Justiça de concorrer, como tudo leva a crer.

A pergunta que não quer calar: será que o “gado” referendará o que o partido decidir ???

terça-feira, 25 de abril de 2023

 UM PASSADO QUE (PRECONCEITUOSAMENTE), CONDENA – José Nílton Mariano Saraiva

A surpreendente ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência da República teve o condão de desnudar ou nos por frente a frente com uma das facetas mais abjetas que um ser humano pode carregar: o preconceito visceral contra um seu semelhante.

É que, lá atrás, ao assumir o relacionamento com a então “mãe solteira”, Michele, e dar-lhe o seu sobrenome (Bolsonaro) esta, de pronto, passou a ser rejeitada preconceituosamente pelos três (03) filhos-numerais (Eduardo, Flávio e Carlos) resultantes de um relacionamento anterior do pai.

Arrogantes, mal-educados e prepotente até hoje, os irmãos Bolsonaro nunca fizeram nenhum esforço para demonstrar o constrangimento pela situação criada pelo pai, principalmente pelo fato de a filha de Michele (sua meia-irmã), oriunda de uma relação não convencional (com outro), já ser, à época, uma jovem adolescente, e que passou a morar com o padrasto (ou seja, dividendo a atenção do próprio).

Fato é que, hoje, embaixo das asas do padrasto, embora sem qualquer formação superior a filha de Michele Bolsonaro, de nome Letícia Firmo, foi aquinhoada com um salário de R$ 13.000,00 na função de assistente de gabinete da Secretaria de Articulação Nacional do atual governador do Espírito Santo, Jorginho Mello (PL-SC) e exercerá a função em Brasília, onde mora com a mãe e o padrasto (ou seja, a população de Santa Catarina pagará pra alguém que talvez nem conheça o Estado).

E para provar de forme definitiva e inquestionável seu “prestígio” com o marido (e provocar ainda mais a ira demoníaca dos três irmãos-numerais), Michele Bolsonaro ainda arranjou para que o namorado de Letícia Firmo, Igor Matheus Oliveira Modtkowski, ganhasse um emprego no gabinete do senador do PL catarinense Jorge Seif Júnior (enquanto isso, sem a influência de Michele, o filhote 04, de Jair Bolsonaro, Jair Renan, também prestará serviço no mesmo gabinete).

Por outro lado, dois irmãos de Michele Bolsonaro também se deram bem com a influência da irmã sobre o marido: Diego Torres Dourado ganhou um cargo como assessor especial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no qual receberá um salário de R$ 19,2 mil, enquanto que Geovanna Kathleen Ferreira Lima (também irmã de Michelle), foi empregada no Senado, no gabinete da ex-ministra de Direitos Humanos, Damares Alves.

A dúvida é: e o coitado do eletricista de Brasília, Marcos Santos da Silva (à época um homem casado e pai de família), mas que envolveu-se com Michele (que ainda não era Bolsonaro) e tiveram a Letícia Firmo, será que não arranjou nada durante o tempo em que a “ex” esteve como primeira dama ??? Michele Bolsonaro teria sido tão ingrata com o “ex” ???

 

domingo, 23 de abril de 2023

O “MODUS OPERANDI” MILICIANO - José Nílton Mariano Saraiva


Como é do conhecimento de metade do mundo e da outra banda, diversas, ilegais e cabeludas manobras foram perpetradas pelo psicopata/energúmeno que exerceu a Presidência da República até meses atrás, objetivando fraudar o processo eleitoral e, por conseguinte, “não largar o osso”.

Uma dessas intervenções irregulares deu-se no âmbito da Polícia Rodoviária Federal quando, sob o comando do ex-Ministro da Justiça, Anderson Torres (hoje preso), sua área de inteligência processou um mapeamento rigoroso daquelas cidades/estado onde o ex-presidente Lula da Silva houvera obtido expressiva vantagem no primeiro turno da eleição presidencial, com o objetivo pré-definido de impedir que aqueles eleitores não pudessem chegar no lugar da votação no segundo turno (especialmente na Região Nordeste).

Para tanto, a Polícia Rodoviária Federal dispendeu a “ninharia” de R$ 1,3 milhão em horas extras aos seus quadros de fiscais, assim como aumentou exponencialmente seu efetivo nas rodovias durante o dia do segundo turno, nos seguintes estados: Minas Gerais; Tocantins; Bahia; Sergipe; Piauí; Pernambuco; Rio Grande do Norte; Ceará; Maranhão; Amapá e Pará.

Abaixo, o antes e o depois (aumento exponencial), da situação nesses estados, a saber (fonte: Folha de SP):

MINAS GERAIS: plantão – 94 policiais – efetivo extra 102 (AUMENTO DE 108,51);

TOCANTINS: plantão – 13 policiais – efetivo extra – 12 – (AUMENTO DE 92,31%);

BAHIA: plantão – 112 policiais – efetivo extra – 90 (AUMENTO DE 80,36%);

SERGIPE: plantão – 11 policiais – efetivo extra – 18 – (AUMENTO DE 163,64%);

PIAUI: plantão – 30 policiais – efetivo extra – 45 – (AUMENTO DE 150%);

PERNAMBUCO: plantão – 48 policiais – efetivo extra – 54 – (AUMENTO DE 112,50%);

RIO GRANDE DO NORTE: plantão – 22 policiais – efetivo extra – 36 – (AUMENTO DE 108,51%);

CEARÁ: plantão – 41 policiais – efetivo extra – 45- (AUMENTO DE 109,76%);

MARANHÃO: plantão – 22 policiais – efetivo extra – 45 – (AUMENTO DE 204,55%);

AMAPA: plantão – 6 policiais – efetivo extra – 9 – (AUMENTO DE 150%);

PARÁ: plantão – 28 policiais – efetivo extra – 45 – (AUMENTO DE 160,71%);

Fato é que, mesmo com esse dantesco, desonesto e sombrio quadro arquitetado, o golpe foi antecipadamente descoberto e denunciado e, embora com dificuldades, os eleitores de Lula da Silva chegaram aos locais de votação e acabaram dando a resposta nas urnas: a votação da Região Nordeste, em Lula da Silva, suplantou a maioria das outras regiões do país e ainda sobraram quase dois milhões de votos.

Lula presidente, por cima de pau e pedra, independentemente do modus operandi miliciano. 

quarta-feira, 12 de abril de 2023

 "DECEPÇÃO OCEÂNICA" - José Nílton Mariano Saraiva


Após se mandar do Brasil antes do término do seu mandato, claramente objetivando fugir de uma prisão iminente por conta das inúmeras transgressões às leis brasileiras, perpetradas quando esteve aboletado na cadeira presidencial, o psicopata que exerceu a Presidência da República do Brasil nos últimos quatro anos foi procurar abrigo no colo de Donald Trump, ex-presidente americano, um seu igual.

Lá, sem ter o que fazer e enfiando bufa no cordão, passou a cuidar dos preparativos finais para um pretenso golpe de Estado visando voltar ao poder (já que houvera sido derrotado em eleições livres), golpe este que seria materializado quando seus comparsas de governo (os milicos apátridas,  traidores e mercenários que lhe deram sustentação quando no exercício da função) dessem o “sinal verde”.

Tanto que houvera dito a acompanhantes, dias antes, que “o melhor está por vir”, ou seja, a bandalheira e selvageria ocorrida em 08.01.23, quando seus adeptos quebraram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, foi, sim, coisa pensada e arquitetada por ele e seus reacionários e improdutivos generais de pijama.

É que, hostis à democracia, antidemocráticos por natureza, contrários às ideias voltadas para a transformação da sociedade, defensores de princípios ultraconservadores ou mesmo contrários à evolução social e política, referidos milicos haviam elaborado um plano de poder por pelos menos 20 anos.

Tanto, que milhares deles já integravam a folha de pagamento do governo, com salários exorbitantes e sem ter o que fazer, cujo exemplo maior é o arquejante e semimorto general Villas Boas Correia (aquele que, segundo o psicopata, fora um dos principais responsáveis por sua vitória) e que ainda se deu ao luxo de arranjar uma “boquinha” numa instituição governamental para uma filha idosa e desempregada).

Fato é que, em Brasília, incontestavelmente os milicos permitiram que uma turba de malfeitores e desordeiros, potencialmente violentos, pagos e alimentados por meses, acampassem em espaço do próprio Exército, onde foram orientados, insuflados e protegidos de como agir na hora do quebra-quebra, que assustou não só os brasileiros, mas todo o mundo civilizado (uma autêntica barbárie).

E então, após o animalesco modus operandi dos marginais sob seu comando, durante o 08.01.23, e ante a recorrente desaprovação dos povos nos mais longínquos rincões do planeta Terra, lá do seu exílio, nos Estados Unidos, o psicopata reconheceu que realmente houvera cometido uma série de graves “arbitrariedades” durante o seu (des)governo.

Imaginou-se, por aqui, que tal reconhecimento criminal por parte do próprio seria o necessário e suficiente para que o Supremo Tribunal Federal tomasse medidas correspondentemente duras e inflexíveis sobre, na perspectiva da volta de referida figura ao Brasil; ou seja, que um camburão da polícia fosse gentilmente recepciona-lo na saída do avião; e que, do aeroporto, seguissem diretamente para o presídio da Papuda, em Brasília.

Em vão.

Desembarcou falante, abraçou e distribuiu beijinhos para alguns gatos-pingados presentes, foi recepcionado na sede do partido e, como se sentiu à vontade, ali mesmo já se autoproclamou líder da oposição ao governo federal.

Não há como se negar que uma decepção oceânica se apossou da maioria da população brasileira ante a omissão do Supremo Tribunal Federal, já que, de viva voz, o psicopata houvera admitido explicitamente, ou enunciado de forma categórica e definitiva, ter cometido as tais arbitrariedades (sem contar outros crimes).

E agora, José ???