TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 30 de julho de 2019

OLVIDAR... JAMAIS - José Nilton Mariano Saraiva

O cavalo-batizado que “está” Presidente da República graças à irresponsabilidade e falta de consciência crítica de brasileiros descompromissados com o futuro da nação, dia-a-dia continua a arrotar  todo o seu despreparo e inaptidão para o exercício da função, transformando o outrora potencial país do futuro numa republiqueta de bananas de quinta categoria.

Sem entender nada de porra nenhuma, sem nenhum programa de governo, sem “manjar” o que seja administrar sequer uma simples bodega (quanto mais a coisa pública), sem capacidade de dialogar com quem quer que seja (porquanto sem paciência e know how para contraditar aqueles com os quais não concorda), sua rotina tem sido a de exercitar seu viés autoritário-militar-fascista  por onde passa, mesmo atropelando o ordenamento jurídico vigente.

Oriundo da caserna (de onde foi expulso por insubordinação, sem que antes haja ganho de mão beijada a patente de capitão), ao ascender à Presidência da República cercou-se de velhos e mercenários generais de pijama (ultrapassados, dementes e rancorosos), que por sua vez parecem dispostos a tomar de conta do pedaço, tal qual em 1964 (“amar a pátria acima de tudo”, já era).

Assim, mesmo na condição de “generais”, não têm vergonha de se subordinarem a um flagrantemente despreparado “capitão” (de araque), ajudando-o na desconstrução apressada da nação, através da “entrega” dos seus ativos (a preço de banana) ou mesmo efetuando a “doação” (para alienígenas), dos seus portentosos recursos.

Tendo como “âncoras” de sustentação do governo duas figuras medíocres, Paulo Guedes e Sérgio Moro, seu governo marcha com celeridade para a bancarrota político-institucional.
O primeiro (Paulo Guedes), representante do “mercado”, a cada dia mostra que está ali exatamente para satisfazer o... “mercado”. Assim, a ordem é entregar a Previdência aos banqueiros internacionais (aos quais serão “doados” os bancos oficiais), dar a Amazônia para ser explorada e exaurida pelos americanos (assim como a Base de Alcântara), entregar o pre-sal às grandes e falidas petrolíferas internacionais e assim por diante.

Chegando ao governo com a aura de caçador de corruptos, o segundo (Sérgio Moro), “se vendeu” antecipadamente, quando, ainda na condição de juiz, aceitou o convite para integrar o novo governo como Ministro da Justiça, desde que impedisse a candidatura do ex-presidente Lula da Silva, o que foi feito.

Hoje é uma figura desmoralizada tanto a nível nacional como internacionalmente, ao ser descoberto como pivô central de um esquema mafioso que, além de corrupto (iria receber de “propina” R$ 9.000.000.000,00 (nove bilhões de reais) da Petrobras e Odebrecht, para uma fundação a ser gerida pelos seus lavajateiros) tramava e comandava entre quatro paredes o “como fazer” para destruir os inimigos.

Tanto é que enviou emissários para a (sua) “matriz” (Estados Unidos) a fim de entregar documentos confidenciais que permitiram liquidar com a Petrobras (sem se falar nas grandes construtoras/empreiteiras – Odebrecht, OAS e outras – todas quebradas e arrasadas pós Sérgio Moro).

Alfim, é bom não olvidar, jamais, e deixar registrado para que nossos pósteros tenham conhecimento, que toda essa esculhambação vigente no país, nos dias atuais, só se tornou possível pela omissão criminosa  e covarde do Supremo Tribunal Federal.

Fato é que o “reinado”, efêmero e corrupto de Sérgio Moro, só se materializou com a complacência da nossa outrora Corte Maior. Fica, então, a indagação: seus integrantes (do STF) tentarão pelo menos recuperar a dignidade (perdida lá atrás), após o turbilhão de novas denúncias a apontarem o "óbvio ululante": que a nação brasileira foi vítima, sim, de um esdrúxulo Golpe de Estado ???


sexta-feira, 12 de julho de 2019

AS IMPRODUTIVAS E FAMINTAS EXCELÊNCIAS TOGADAS - José Nilton Mariano Saraiva

Como é do conhecimento geral, os ministros do tal Supremo Tribunal Federal são os “campeões” em termos de remuneração no serviço público (a básica, sem incluir penduricalhos de todos os matizes). E por ser algo comprovadamente exagerado, as remunerações de outros servidores têm que seguir como parâmetro o recebido pelas excelências togadas. Ninguém pode ultrapassar.
Não satisfeitos, entre quatro paredes suas excelências capricham em itens outros, que a sofrida população brasileira não tem o direito nem de sonhar. Tanto é que recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu presentear os ministros e seus assistentes com um novo, e caro, menu gastronômico.
Assim, através do seu presidente, ministro Dias Toffoli, abriu licitação para contratar um buffet que servirá banquetes dignos de palácios, tal o requinte, por, pelo menos, um ano. Para isto, o contribuinte, que já lhes paga o salário, vai desembolsar R$ 1,1 milhão. Vejam as iguarias exigidas pelo STF.
Ipsis litteres (excluindo o grifo, nosso):
PRATOS PREMIADOS - O refinado paladar dos togados inclui pratos com medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada, bobó de camarão, camarão à baiana, bacalhau a Gomes de Sá, arroz de pato, pato assado com molho de laranja, galinha d’Angola assada, vitela assada, codornas, carré de cordeiro, medalhões de filé, tournedos de filé com molho de mostarda, pimenta, castanha de caju com gengibre e outras iguarias que o brasileiro comum desconhece.
BEBIDAS PERFEITAMENTE HARMONIZADAS - Conforme o desejo do STF, as bebidas deverão ser perfeitamente harmonizadas com os alimentos. Por isso são exigidos dois tipos de espumantes, o brut e o extra-brut. Trata-se do método tradicional de produção, cuja maneira é praticamente artesanal e de qualidade superior aos comercializados no varejo. O STF também exige rótulos “que tenham ganhado ao menos quatro premiações internacionais”. O brut deverá ter maturação de pelo menos 12 meses, já o extra brut deverá ter 30 meses”.
Além disso, “os vinhos deverão ter a variedade de seis tipos de uvas: Tannat, Assemblage, Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Para os de origem Tannat, Assemblage e Cabernet Sauvignon, a safra deve ser a partir de 2010. Além disso, todos os vinhos devem ter ao menos quatro premiações internacionais. O Tannat e o Assemblage devem ser obrigatoriamente envelhecidos em “barril de carvalho francês, americano ou ambos, de primeiro uso”.
Os vinhos brancos, Chardonnay e Sauvignon Blanc, também passam por um exigente crivo de qualidade: as uvas devem ser colhidas manualmente, por exemplo. Já os uísques puro malte devem ter no mínimo 12 anos. As cachaças que farão as caipirinhas devem ser maturadas em “barris de madeira nobre” por no mínimo dois ou três anos.
ATENDIMENTO DO BUFFET - De acordo com o STF, a empresa que vencer a licitação deverá fornecer pelo menos 2,8 mil refeições, entre almoço ou jantar, 180 cafés da manhã e 180 brunchs, uma espécie de café da manhã mais reforçado e com maior variedade de alimentos. Além disso, deverá haver três tipos de coquetéis que sirvam pelo menos 1.600 pessoas cada. A empresa também deverá disponibilizar um garçom para cada seis convidados. Já nos eventos menores, é preciso um garçom para cada 10 pessoas”.
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Como suas excelências dão expediente apenas três dias na semana (de terça a quinta feira), moram em outros centros e apresentam uma produtividade que deixa muito a desejar (omitindo-se em questões cruciais), a conclusão que se pode chegar é que, na relação “custo/benefício” a nação é gravemente “lesada” por aqueles que deveriam primar pela ética, retidão e moralidade.
Até quando ???




OS "ENCONTROS FORTUITOS" DE DALLAGNOL - José Nilton Mariano Saraiva

Era potencialmente previsível que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria. Só que, pra manter a galera antenada, por enquanto o “pulitez” Glenn Greenwald nos serviu somente a “entrada”, de leve, en passant. O “prato principal”, fumegante, e com todo o tempero e condimentos que se fizerem necessário, tá sendo preparado com esmero e carinho.

Fato é que, mais uma faceta da promiscuidade presente nas diversas intervenções lavajateiras vem a público, a partir do momento em que o “braço direito” e principal confidente do então juiz Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, confirma a um colega de trabalho que houvera tido “encontros fortuitos” com o revisor das ações da Lava Jato e Presidente do Tribunal Regional Federal 4, de Porto Alegre, João Paulo Gebran Neto, a fim de tratar do processo do doleiro de nome Assad, que no momento estaria em tratativas para firmar uma delação premiada. Ao que Gebran Neto lhe relatara estar preocupado com a tibieza das provas apresentadas (ou seja, não tão sutilmente assim, cobra consistência na acusação).

A dúvida, então, seria: se para tratar de um doleiro “inexpressivo” da vida, Deltan Dallagnol precisou manter “encontros fortuitos” com Gebran Neto a fim de elaborar sua peça acusatória, o que teria acontecido quando da “farsa” da condenação do “expressivo” ex-presidente Lula da Silva ???

Os “encontros fortuitos” foram entre Dellagnol x Gebran ou por se tratar de alguém mais “graduado” o papo teria sido entre Sérgio Moro x Gebran Neto (quando, ante a falta de uma mísera prova, se resolveu apelar para um tal “ato de ofício indeterminado”) ???

Nos resta esperar pelo áudio/vídeo de tão memorável encontro.





quinta-feira, 11 de julho de 2019

"CAPO DI TUTTI CAPI" - José Nilton Mariano Saraiva



Ao alvorecer da década 2000, o então juiz de primeira instância, Sérgio Moro, baseou-se na desastrada operação italiana “Mani Pulite” (Mãos Limpas) para assegurar que... “no Brasil encontram-se presentes várias das condições institucionais necessárias para a realização de ação judicial semelhante” (já mirava em algo, à frente).
Então, em 2013/14, esgrimindo um mote de compreensível apoio popular - o combate à corrupção – (quando na realidade o objetivo era um outro, conforme tomamos conhecimento a posteriori) Sérgio Moro, mesmo na condição de um simplório juiz de primeira instância (é bom repetir e deixar isso bem claro), conseguiu a proeza de se tornar o ÚNICO JUIZ DO BRASIL a tratar e julgar as ações relativas ao tema, independentemente que ocorressem no Amazonas ou Rio Grande, no Sergipe ou Mato Grosso, no Piauí ou São Paulo. Falou-se em “corrupção”, Curitiba era o destino.
E foi assim que, às calendas gregas foram remetidos os tratados, códigos, leis e o competente ordenamento jurídico tratando sobre o princípio do “JUIZ NATURAL”. E o nosso Supremo Tribunal Federal, “esquecendo” covardemente ser o “guardião da Constituição”, literalmente abriu as pernas para tal excrescência. E aí, em orgasmo, Sérgio Moro deitou e rolou, fez barba, cabelo e bigode.
Como o poder em excesso corrompe, cometeu tantos abusos, perpetrou tantas irregularidades, adentrou ilegalmente onde não podia, atropelou quem se lhe antepusesse à frente e por aí vai, que, hoje, a expressão da sangrenta e temível máfia siciliana, “capo di tutti capi” (chefe de todos os chefes), aplica-se como uma luva à sua biografia.
Como nada melhor que um dia atrás do outro (com uma noite no meio), nos dias atuais, ao receber o “prêmio” (Ministério da Justiça e Segurança Pública) por ter inviabilizado a candidatura vitoriosa do ex-presidente Lula da Silva (e ter guindado ao posto essa “anomalia” que está aí), o ex temível juiz Sérgio Moro começa a ser seriamente questionado por seus atos pretéritos, através da Operação VAZA JATO, do site The Intercept Brasil.
Pelo menos é o que nos mostram os primeiros dados até aqui disponibilizados, onde Sérgio Moro manda e desmanda, faz e desfaz, determina e cobra providências, no que é obedecido bovinamente por Deltan Dallagnol e demais procuradores, componentes da Operação LAVA Jato.
Então, pasmos, atônitos e assustados, tomamos conhecimento que, em Curitiba, sob o comando de Sérgio Moro, formou-se uma quadrilha de alta periculosidade que não só praticou corrupção desvairada (lembram-se dos quase R$ 9.000.000.000,00 (nove bilhões de reais) que seriam desviados da Petrobras e da Odebrecht para uma tal “fundação” a ser gerida pelos lavajateiros ???), mas, também, que seus integrantes alimentavam um projeto de poder por demais ambicioso, com o Ministério da Justiça servindo apenas de banal “trampolim” para um voo mais alto rumo à Presidência da República. Seria a “Ditadura Judicial” em toda a sua plenitude.
Fato é que, foram tantos e tão frequentes os abusos e arbitrariedades cometidos pelo “chefe de todos os chefes”, que uma plêiade composta por eminentes juristas se sentiu no dever de lançar uma “Manifestação Pública” à sociedade brasileira, onde, após elencarem um rosário de ilegalidades praticadas pela ex-excelência, destacam que:
“Não foi por outro motivo que o art. 8º do Código de Ética da Magistratura, ao tratar do dever de imparcialidade dos juízes, assinalou: “Art. 8º O magistrado imparcial é aquele que busca nas provas a verdade dos fatos, com objetividade e fundamento, mantendo ao longo de TODO o processo uma distância equivalente das partes, e evita todo o tipo de comportamento que possa refletir favoritismo, predisposição ou preconceito.”
E segue:
“Do ponto de vista estritamente normativo, o art.254 do Código de Processo Penal (CPP) é claro ao anotar: “Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: (..) IV - se tiver aconselhado qualquer das partes”. Assim, não pode nem deve o juiz aconselhar a parte (primeiro aspecto), mas se o fez por “algum motivo”, incumbe-lhe imediatamente indicar a suspeição nos autos. Não o fazendo, comete falta duplamente”.
Alfim, ante tamanho descalabro (e ainda há um turbilhão de áudios e vídeos que nos serão disponibilizados pela VAZA Jato), ao Supremo Tribunal Federal será dada a grande chance de redimir-se da sua omissão covarde no tocante às barbaridades de Sérgio Moro (e sua “República de Curitiba”), liberando o ex-presidente Lula da Silva da injusta detenção que hoje cumpre, e colocando em seu lugar aqueles que transgrediram a Lei.


segunda-feira, 8 de julho de 2019

"JUIZ ALGUM TEM UMA CONSTITUIÇÃO PARA CHAMAR DE SUA" - José Nilton Mariano Saraiva


Nos últimos 02/03 três anos, aqui mesmo neste privilegiado espaço (através de diversas postagens), afirmamos de forma peremptória e contundente, que a esculhambação jurídica vigente hoje no país se devia aos prolixos, preguiçosos e pernósticos integrantes do Supremo Tribunal Federal, em razão de chancelarem as recorrentes e cabeludas arbitrariedades perpetradas pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro, notadamente no tocante ao estupro diuturno da nossa Carta Maior.

Eis que, hoje, com o autêntico tsunami provocado pelas acachapantes informações do site The Intercept Brasil, envolvendo a República de Curitiba, começam a aparecer manifestações de toda ordem, na condenação dos abusos perpetrados na Operação Lava Jato.

Nelson Jobim, por exemplo, (que não é flor que se cheire, frise-se), mas que foi Ministro da Defesa e Presidente do Supremo Tribunal Federal (onde militou durante anos) foi cáustico para com o juiz de primeira instância, ao afirmar que os componentes daquela Corte Maior  foram vergonhosamente omissos ao tratar da questão (“vocês toleraram os abusos do Moro”).

Hoje, o próprio relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, um dos principais defensores da Lava Jato e Sérgio Moro, declarou seu desapontamento com o mesmo, acrescentando que os juízes que cometem abusos têm que ser exemplarmente punidos, já que “Juiz algum tem uma Constituição para chamar de sua. Juiz algum tem a prerrogativa de fazer de seu ofício uma agenda pessoal ou ideológica. Se o fizer, há de submeter-se ao escrutínio da verificação”.

Como apenas uma ínfima parte das informações em poder do The Intercept Brasil foi divulgado, a tendência natural é que se forme um rolo compressor incapaz de ser detido, e que, ao final, sejamos cientificados, através de áudios e vídeos (existem, sim), de detalhes do modus operandi mafioso não só de Sérgio Moro e “comparsas” da República de Curitiba, mas, também, de ministros dos tribunais superiores (já imaginaram um áudio de uma conversa entre Sérgio Moro e Gebran Neto, do TRF4 de Porto Alegre combinando a “dosimetria” da pena a ser aplicada ao ex-presidente Lula da Silva ???).


sábado, 6 de julho de 2019

"SUSPEIÇÃO", JÁ - José Nilton Mariano Saraiva


Segundo o Dicionário Houaiss (página 2648), SUSPEIÇÃO é o “receio fundamentado, suscetível de se opor a imparcialidade de juiz, representante do ministério público, testemunha, perito, etc, em razão de certas circunstâncias ou interesses intercorrentes que possam impedir ou privar qualquer deles da exação no exercício das suas funções”; ou ainda “condição de suspeito, de algo que não se pode confiar até segunda ordem” (ipsis litteris).

Explicitado o conceito, examinemos, agora, duas aparentemente simplórias frases proferidas em tom de deslumbramento pelas “excelências” togadas da Operação Lava Jato, mas que poderão lhes sair bem salgadas:

01) depois de uma conversa particular com o ministro do Supremo Tribunal Federal,  Luiz Fux,  e ante a receptividade deste para com a atuação da Operação Lava Jato, quando ouviu a promessa de que ele estaria disposto a ajudar sempre que se tornasse necessário, o procurador Deltan Dallagnol correu para o colo do então chefe daquela operação, Sérgio Moro, para cientificar-lhe da inusitada oferta. Ao que Moro assentiu com inusitada satisfação, ao assegurar no seu inglês macarrônico, que: “In Fux We Trust” (em Fux nós confiamos); 

02) num segundo momento, depois de 45 minutos de conversa com o também ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, o mesmo procurador, Deltan Dallagnol, literalmente chegou ao orgasmo-duplo ao entoar para os colegas procuradores o refrão “A Ha, U Hu, o Fachin é nosso”/ “A Ha, U Hu, o Fachin é nosso”.

Pois bem, tendo em vista que Edson Fachin é o relator da Lava Jato junto ao Supremo Tribunal Federal e, comprovadamente, um mero “despachante” de todas as atrocidades sugeridas pelos seus procuradores em desfavor do ex-presidente Lula da Silva, ao passo que Luiz Fux se notabilizou por ser “do contra” em toda matéria que envolva o ex-presidente e o PT, já não teria chegado a hora de se entrar com uma ação de “SUSPEIÇÃO”, contra os dois, no próprio Supremo Tribunal Federal, tendo em vista as manifestações de júbilo intramuros de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, saudando-os efusivamente e de forma tão descarada e contundente ???

Afinal, se em Fux “nós confiamos”, ao tempo que Fachin “é nosso”, como esperar que os dois votem com imparcialidade e isenção quando chamados a se posicionarem sobre uma possível anulação da pena arbitrariamente atribuída a Lula da Silva por um juiz comprovadamente desonesto e mafioso, conforme demonstram agora as matérias divulgadas pelo site The Intercept Brasil  ???

sexta-feira, 5 de julho de 2019

ABATERAM O “MARRECO DE MARINGÁ”... EM PLENO VOO – José Nilton Mariano Saraiva


Até aqui, foram “apenas” e simplesmente 649.551 mensagens periciadas, mas que representam algo ínfimo ante o turbilhão à espera de vir a sê-lo (com promessa de áudios, vídeos e por aí vai). Se optássemos por definir em “linguagem química” o resultado obtido, não teríamos dúvidas: trata-se de “nitroglicerina” pura e em estado latente.

Assim, a gravidade do contido nas denúncias homeopáticas do site The Intercept Brasil (agora em associação com o jornal  Folha de São Paulo e até a asquerosa Revista Veja) é algo assustador e que certamente está tirando o sono dos mafiosos integrantes da República de Curitiba (Sérgio Moro e seus comparsas).

Ali, reina a podridão e o escárnio, com um juiz (Sérgio Moro) se associando aos acusadores do Ministério Público (via Deltan Dellagnol) objetivando produzir uma peça que seria julgada por ele próprio, juiz, sem que a defesa tomasse conhecimento das tramas urdidas. Ou seja, parcialidade nua e crua, em todo o seu esplendor (e o “distinto” ainda tem a desfaçatez de afirmar que isso é “normal”, como se fossemos todos uns “abestados”).

Para tanto, o “professor” (juiz) não titubeia em sugerir a aceleração ou retardamento de certas operações, incluir determinados tipos de provas em outras, exercer pressão para que determinadas delações não andassem ou até determinar a revisão de peças produzidas pelos procuradores, além de mentir despudoradamente para um seu superior hierárquico (Edson Fachin) negando-lhe informação relevante.

Com o imoral “conluio” descoberto e publicizado para o mundo (via Internet), o ex-juiz Sérgio Moro (hoje Ministro da Justiça), ameaça colocar o rolo compressor do Estado em ação, via Polícia Federal, visando obstar o “grosso” e mais “suculento” do que ainda não foi revelado (quem sabe, um áudio dele com o desembargador-amigo Gebran Neto, do TRF4, combinando a “dosimetria” da pena a ser aplicada ao ex-presidente Lula da Silva). Terá coragem de fazê-lo ???

Fato é que, abatido em pleno voo, o “Marreco de Maringá” (que renunciou a mais de vinte anos de magistratura), constata que o seu sonho de chegar ao STF ou mesmo concorrer à Presidência da República está seriamente ameaçado, em função da desonestidade que sempre permeou seus atos como um despreparado juiz de piso (que após quatro anos de rigorosa investigação na vida pregressa do ex-presidente Lula da Silva e não encontrando uma ínfima prova para incriminá-lo, resolveu fazê-lo por “ato de ofício indeterminado”).

Resta agora, ante tantas e tão profusas sequências criminosas da República de Curitiba (comandada por Sérgio Moro e comparsas, é bom repetir), que o tal Supremo Tribunal Federal (responsável direto pela esculhambação jurídica em vigor no país), acorde do marasmo e covardia dos últimos anos, e se redima de vez, com a anulação da condenação do ex-presidente, liberando-o da injusta detenção imposta por um juiz parcial e desqualificado.        

segunda-feira, 1 de julho de 2019

RECORDAR É VIVER ??? (02) - José Nilton Mariano Saraiva

"UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO CARIRI" - José Nilton Mariano Saraiva

Se, enquanto teoria, a criação e implantação da Região Metropolitana do Cariri conseguiu ludibriar muita gente, através da propagação de mentiras e devaneios mil, na prática, a partir do momento em que passou a ser operacionalizada, converteu-se em um colossal embuste, uma farsa sem tamanho, uma nua, crua e indigesta realidade, principalmente para os cratenses.

Fato é que, para camuflar a escolha de uma única cidade (Juazeiro do Norte) como receptora preferencial dos investimentos governamentais ao sul do Ceará (assim como o fizera com Sobral, ao norte), o Governo do Estado contou com uma legião de treinados e amestrados “multiplicadores” (deputados estaduais da sua base de sustentação, secretários de Estado e meia dúzia de cratenses babacas, escorregadios e cooptados) que, hipócrita e irresponsavelmente, saíram às ruas a dourar a pílula, alardeando, difundindo e propagando as futuras benesses advindas da criação da Região Metropolitana do Cariri.

Só que (em razão da falta de representatividade política da nossa cidade), internamente, entre quatro paredes, já havia a determinação política em se evitar a pulverização dos investimentos governamentais entre as diversas cidades da Região do Cariri (todas desprovidas do “componente político”), centrando-os em uma só urbe, na mafiosa perspectiva que os benefícios fluiriam e se espraiariam entre as demais comunidades (e naquela ocasião, alertamos aqui sobre o perigo da passividade com que aquela “conversa mole” passara a ser digerida, o que nos valeu diversos rótulos desabonadores: bairrista, conservador, retrógrado e tal).

Mas foi assim, verbalizando tão “incrível lorota” diuturnamente (em alto e bom som), e valendo-se de um pseudo “regionalismo alavancador do progresso", que foram criados e passaram a operar em Juazeiro do Norte (e só em Juazeiro, pt saudações) o Aeroporto Regional de Cariri, o Hospital Regional do Cariri, a sede Regional da Receita Federal, a Universidade Federal do Cariri, a Delegacia Regional da Polícia Federal, a unidade Regional da Receita Federal e tudo o mais que pudesse ser rotulado de “regional”.

Assim, castrando e obstaculando qualquer tentativa de descentralização, tudo tinha obrigatoriamente que ser em Juazeiro (posteriormente, na esteira do prestígio chancelado pela preferência governamental, a instalação de empreendimentos privados foi apenas consequência). 

Quanto às demais cidades da região (inclusive e principalmente o Crato), ficaram a ver navios, a esperar por quem não ficou de vir, e tendem à estagnação absoluta, à involução, a virarem meros satélites errantes a vagar sem rumo e sem norte na órbita juazeirense (com todas as consequências nefastas daí advindas).

O mais estapafúrdio nisso tudo é que, à época da criação da tal Região Metropolitana do Cariri, por deslavada conveniência política, falta de justificativa consistente para esconder o marasmo administrativo, ou mesmo na vã tentativa de justificar o injustificável, alguns (maus) cratenses, inclusive e principalmente suas autoridades constituídas (que deveriam, sim, ser responsabilizadas pelo estágio a que chegamos), convencionaram e passaram a adotar o cretino bordão de que, como éramos “UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO CARIRI”, o progresso e a aura desenvolvimentista viriam de forma equânime, igualitária, simétrica (e ai de quem ousasse pensar diferente). 

Deu no que deu. E como o esvaziamento do Crato é notório e acachapante, hoje, hipocritamente, as mesmas autoridades e formadores de opinião que engoliram o bolo sem mastigar, que teceram loas àquela criminosa ação governamental, que se deixaram bovinamente estuprar intelectualmente, que se extasiaram com o canto da sereia, e que covardemente, sim, se omitiram em questões cruciais, posam de indignados, choram ante as câmeras, manifestam surpresa sobre os rumos da Região Metropolitana do Cariri, reclamam do tratamento “desigual” a que foram submetidos Crato e as demais cidades da região. Pura hipocrisia, deplorável jogo de cena, falsidade em estado absoluto e latente.

E Juazeiro do Norte, que nasceu, cresceu e marombou-se à sombra de um monumental e grande embuste, uma farsa pra lá de grotesca (o risível “milagre da hóstia”), continua adotando e valendo-se do mesmo heterodoxo “modus operandi”, da mesma estratégia suspeita de tramar na calada da noite, que o catapultou à condição de centro receptor de tudo que provém do poder central estadual e federal (com a inestimável colaboração do “componente político”). Assim e lamentavelmente, por omissão e semvergonhice das suas ditas “autoridades competentes”, tornamo-nos, sim, uma mera “cidade dormitório”.

Só que o pior está por vir (recortem, guardem e nos cobrem depois o que aqui afirmamos): dentro de bem pouco tempo a área geográfica do Crato será substancialmente subtraída em proveito, principalmente, de… Juazeiro do Norte. Falta só o bater do martelo, Portanto, que quando isso ocorrer não se constitua nenhuma surpresa: afinal, não somos “UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO CARIRI” ???

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Post Scriptum: 

O texto acima foi postado anos atrás, mas merece ser reprisado. É que estivemos no Crato nesses dias e ficamos assustados com o estado lamentável em que se encontra a outrora decantada Princesa do Cariri. Na oportunidade, assistimos na TV e lemos nos blogs da vida, reportagem/artigo sobre a lamentável e triste realidade da nossa Rodoviária, hoje cartão postal emblemático do descaso e inoperância administrativa. E não dá pra entender que, em sendo o Governador do Estado um cratense, não se consiga pelo menos construir um outro terminal rodoviário (que, diga-se de passagem, foi objeto de uma nossa postagem lá pelos idos de 2013). 
Com relação à anexação de parte de nosso território para a cidade vizinha, o processo já começou, lá pelo sítio São José (segundo nos confidenciou uma fonte fidedigna e insuspeita).