TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

A "SUPREMA" DESMORALIZAÇÃO DO "SUPREMO" - José Nilton Mariano Saraiva


Em “N” oportunidades destacamos, aqui mesmo neste espaço (e nos demais blogs para os quais colaboramos), que ao chancelar todas as absurdas e cabeludas irregularidades perpetradas pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro, insertas nos processos abrigados na tal Operação Lava Jato, os integrantes do Supremo Tribunal Federal fatalmente “se cobrariam” mais à frente, porquanto a tendência natural seria o surgimento de uma espécie de “ciumeira” entre seus integrantes e os “lavajateiros”, no tocante ao “poder de mando” (ou no “quem manda aqui nessa porra”), em questões essenciais do mundo jurídico.

E a razão era simplória: malandramente desfraldando uma falsa bandeira de combate sem tréguas à corrupção (quando esta se abrigava no seio da própria Lava Jato), Sérgio Moro (e quadrilha) logo ganharam o apoio de boa parte da população e, sem nenhum constrangimento, avançaram feito um trator desgovernado sobre o ordenamento jurídico nacional, pouco se importando com a constitucionalidade ou não dos seus atos. Tanto é, que um desses iluminados togados chegou ao cúmulo de afirmar que a tal Lava Jato era uma operação “excepcional” e que, por isso, mereceria um tratamento “excepcional” (mesmo que estuprando diuturnamente nossa Carta Maior, reconheceu na oportunidade).

Tanto fizeram, tanto transgrediram, tanto desrespeitaram, tanto abusaram da leniência do Supremo Tribunal Federal (à época não houve qualquer reação daquela Corte Maior), que, agora, os integrantes do Tribunal Regional Federal 4 (TRF4), de Porto Alegre, uma espécie de “puxadinho” (revisor) dos processos oriundos da gangue de Curitiba, resolveu simplesmente desconsiderar uma “ainda quente” decisão do STF, no tocante ao necessário respeito à PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (até o trânsito em julgado), e voltaram a condenar o ex-presidente Lula da Silva sem que o processo haja chegado aos “finalmentes” (se não for obstada tal decisão, definitivamente ficará caracterizada a “suprema desmoralização do supremo”).

Para tanto, o relator do TRF4, João Gebran Neto (amigo íntimo de Sérgio Moro), chegou ao absurdo de afirmar em sua sentença sobre o sítio de Atibaia, frequentado pelo ex-presidente, que... “não é de fundamental importância a propriedade formal do ex-presidente Lula e material do Fernando Bittar, ou material de Lula e formal de Bittar. O que me parece relevante é que o presidente Lula usou o imóvel”.

A propósito, no longínquo 28.08.2016 (3 anos e 3 meses atrás, portanto), ante as “convicções” e “ilações” (sem provas) de Sérgio Moro e sua gangue, já questionávamos em nossas postagens sobre a (des)necessidade da existência de “cartórios de imóveis”, porquanto os “registros” por eles emitidos nada valiam, de acordo com os mafiosos de Curitiba/Rio Grande do Sul.

Se alguém tem alguma dúvida sobre o que àquela época antecipávamos, confira abaixo:

domingo, 28 de agosto de 2016
"CARTÓRIOS", PARA QUÊ ??? - José Nílton Mariano Saraiva

Na antiguidade, “cartórios de registro de imóveis” eram responsáveis por emitir documentos de fé pública, atestatórios da legalidade e da certeza de que qualquer mortal comum era, sim, proprietário legítimo de um dado imóvel, sobre o qual exerceria plenos e totais poderes.

Assim, o ato de compra, venda ou simples aquiescência em ser fiador de alguém numa transação imobiliária de aluguel, só se realizaria ou validaria se o “cartório de registro de imóveis” emitisse o competente “registro” comprobatório da “propriedade” do referido bem.

Como, entretanto, vivemos outros tempos, onde um juizeco de primeira instância (Sérgio Moro) estupra diuturnamente a Constituição Federal, contando com a omissão e passividade criminosa do próprio Supremo Tribunal Federal, isso já não é possível (na verdade, o “ex-guardião” da nossa Carta Maior acoelhou-se, vergonhosamente abriu as pernas e se deixou usar; tanto que a “agenda” do STF quem determina é o Moro, o ritmo da dança é o Moro que impõe).

Assim, se você aí do outro lado da telinha acha é o “proprietário” do apartamento, casa ou sítio que adquiriu depois de “ralar” muito, de economizar trocados anos e anos até, finalmente, poder adquirir e quitar seu imóvel, é bom tirar o cavalinho da chuva; o juizeco Sérgio Moro e seus raivosos procuradorezinhos de Curitiba, pode muito bem decidir que não, que na realidade o “proprietário” é uma outra pessoa, que você talvez nem conheça (estamos TEMERosos, a respeito).

Em São Paulo, por exemplo, os senhores Fernando Bittar e Jonas Suassuna estão na iminência de perder um sítio adquirido anos atrás e devidamente registrado no cartório de registro de imóveis competente (e o “registro” de propriedade foi exibido publicamente), simplesmente porque o juiz Sérgio Moro “cismou” que o real dono é o ex-presidente Lula da Silva e sua mulher Marisa, que o frequentam com assiduidade, a convite dos donos. Ou seja, o documento emitido pelo cartório competente não tem nenhuma validade, é falso, irrelevante, não condiz com a realidade. O que vale é o que “pensa” Sérgio Moro, mesmo que não tenha nenhum documento sobre, a fim de comprovar suas ilações (bom lembrar, que o mesmo modus operandi foi usado para atribuir a propriedade de um apartamento na praia de Guarujá ao ex-presidente, embora não haja nenhum registro, a respeito e, agora, tenha surgido a proprietária do próprio).

Fato é que o golpe perpetrado por políticos corruptos e comprovadamente ladrões, visando destituir uma presidenta democraticamente eleita com quase 55 milhões de votos, contou com a inestimável e decisiva colaboração dos “togados” do Supremo Tribunal Federal, que desde o começo chancelaram as arbitrariedades patrocinadas por uma juizeco-partidário e que tem como objetivo maior inviabilizar a candidatura invencível de Lula da Silva, em 2018.

Agora, “dose” é você ter que aguentar um Aécio Neves (atolado até o pescoço nas falcatruas de Furnas e Petrobras), o Cássio “procrastinação” Cunha Lima (que foi cassado quando governador da Paraíba, por roubo), um Agripino Maia (também comprovadamente ladrão do erário), um Aloisio “300 mil” Nunes (que recebeu dinheiro do assalto à Petrobras), um Michel Temer (que atuou com desembaraço - $$$ - nas “docas” de Santos), um Ronaldo Caiado (acusado de manter empregados em regime de escravidão) e por aí afora, virem a público para atacar uma pessoa honrada como a presidenta Dilma Roussef.

Alfim, a constatação horripilante: “cartórios de registro de imóveis” hoje são desnecessários, já eram, não têm mais qualquer validade e não mais merecem fé pública. O que vale agora é o que o juiz Sérgio Moro pensa e determina (e tudo por culpa do Supremo Tribunal Federal).

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Voltando aos dias atuais, um questionamento pra lá de pertinente: você tem certeza que o apartamento, casa, sítio, fazenda ou uma birosca qualquer que você haja adquirido com tanto esforço, é realmente de sua propriedade ??? O Sérgio Moro sabe que você pensa assim ???




domingo, 3 de novembro de 2019

“EU VOU TIRAR VOCÊ DESSE LUGAR” – José Nilton Mariano Saraiva

Se, realmente, "recordar é viver", aqui (em repeteco) a nossa homenagem a uma mulher que conhecemos numa das "zonas/puteiros/cabarés" da vida, e pela qual "arriamos" os quatro pneus, literalmente.
A lamentar, não termos tido a oportunidade de cumprir o que a ela prometemos, solenemente: "eu vou tirar você desse lugar" (hoje magistralmente relatada pelo cantor brega Odair José - vide link abaixo).
Ficou a saudade imorredoura (ou seria a famosa e sofrida "dor de corno" ???)


Eu Vou Tirar Você Desse Lugar (Odair José)

Olha, a primeira vez que eu estive aqui
Foi só pra me distrair
Eu vim em busca do amor

Olha, foi então que eu lhe conheci
Naquela noite fria, em seus braços
Meus problemas esqueci

Olha, a segunda vez que eu estive aqui
Já não foi pra distrair
Eu senti saudades de você

Olha, eu precisei do seu carinho
Pois eu me sentia tão sozinho
E já não podia mais lhe esquecer

Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não me interessa o que os outros vão pensar

Eu sei que você tem medo de não dar certo
Pensa que o passado vai estar sempre perto
E que um dia eu posso me arrepender

Eu quero que você não pense em nada triste
Pois quando o amor existe
Não existe tempo pra sofrer

Eu vou tirar você desse lugar
Eu vou levar você pra ficar comigo
E não me interessa o que os outros vão pensar

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"ONDE ANDA VOCÊ, MARIA DE FÁTIMA ??? – José Nilton Mariano Saraiva

Em Fortaleza, num desses ambientes onde se reúnem mulheres a serem cortejadas, ela era unanimidade e compreensivelmente para ela convergiam os olhares, as fantasias e os corações daqueles alegres e falantes marmanjos, todos já “encharcados” de álcool até o gogó.

Assim, presumindo que com o nosso estilo discreto e reflexivo dificilmente conseguiríamos algo ante tantas feras de porte atlético privilegiado e verborragia (teoricamente) envolvente, preferimos ficar na nossa, observando o ambiente, curtindo o som e “deglutindo” uma geladinha.

De repente, às nossas costas, aquele toque suave no ombro; e, ao virarmos pra conferir, deparamo-nos com o mais belo (embora discreto) sorriso que alguém possa imaginar, seguido da sussurrada e inolvidável indagação: “E você, não quer ficar comigo ???”.

Foi assim que conhecemos a meiga Maria de Fátima.

Altura mediana, clara, cabelos castanhos, olhos discretamente ao estilo japonês, nariz perfeito, dentes impecavelmente alvos, lábios carnudos e... “cheinha”. Já no quarto, ao desnudar-se, uma arrebatadora e deslumbrante visão, digna de ser retratada por um desses pintores clássicos e posta num pedestal pra ser admirada por gregos e troianos: seios medianos e rijos, cintura fina, bunda belíssima, coxas firmes e pra lá de torneadas. Enfim, tudo no lugar. Uma deusa da perfeição.

Carinhosa, fala mansa, conversa aprumada, de pronto bateu aquela sinergia entre nós. A ponto de, ainda na cama, lhe indagarmos (com sinceridade d’alma) a “razão” ou o “por que” de uma mulher tão bela e educada frequentar um local daqueles; de onde ela era; de qual família e por aí vai. 

Surpresa, ela afirmou que era a primeira vez que alguém fazia tais tipos de perguntas pra ela, que nunca alguém procurara saber da sua intimidade, que, enfim, encontrara alguém “diferente” (e a prova disso é que não aceitou receber nada, ao final, como era praxe naqueles idos tempos).

Pra encurtar a conversa: na segunda vez que a procuramos ela simplesmente largou tudo, sob protestos da cafetina, e fomos curtir a vida em pleno dia, terminando por encontrar abrigo em nosso apartamento de solteiro (onde ela aprendeu, a partir de então e durante meses, a dormir “empacotada” em nossas camisas de seda, de mangas longas, que achava... ”gostosas”).

Em represália, fomos proibidos pela "alcoviteira" de adentrar o tal ambiente, já que os “seguranças” tinham ordem expressa de “baixar a cacete”, se se tornasse necessário; então, conjuntamente, arquitetamos que bastariam dois toques na buzina pra que ela “se mandasse” dali. E assim foi feito, a partir de então.

Foram meses de felicidade plena, durante os quais frequentávamos, de mãos dadas e sorriso no rosto, qualquer lugar que “desse na telha”, sem nenhum constrangimento de encontrar algum desses barões que com ela houvesse se relacionado naquele ambiente ("seleto" e frequentado por homens de realce da sociedade).

Mas...

De repente, a meiga Maria de Fátima sumiu, evaporou-se, tomou Doril, escafedeu-se, literalmente deixando-nos na mais completa orfandade (deve ter havido algo de sério e grave, que jamais saberemos).

Hoje, apesar de casado (em processo de separação) e com dois belos filhos já adultos, tal qual os William Bonner da vida não cansamos de (mentalmente) perguntar: onde anda você, Maria de Fátima ???

Quantas saudades…