ETANOL x METANOL: QUANDO O “M” MATA – José Nílton Mariano Saraiva
Muito embora a maioria da
população brasileira apresente sintomas evidentes de memória curta, não há como
olvidar que, durante o período pandêmico da Covid 19, essa mesma população foi
surpreendida com a séria denúncia do então Ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, segundo a qual o então INESCRUPULOSO Presidente da República, Jair
Messias Bolsonaro, IRRESPONSAVELMENTE tencionou, sim, modificar, NA MARRA, a
bula do medicamento Cloroquina, a fim que lá fosse incluída a recomendação de
que seria apropriada para o uso contra o coronavírus (pura balela, como restou
comprovado depois).
A grotesca farsa chegou a um
nível tal de descaso para com a população, que a “MUTRETA” apresentada a “MANDETTA”
seria operacionalizada após a emissão de um DECRETO PRESIDENCIAL, sem que
sequer a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA fosse consultada
sobre.
A posteriori, quando da
instalação de uma CPI pra esclarecer a questão, o próprio Presidente daquela
autarquia federal, Barra Torres, confirmou ter realmente havido um movimento
nesse sentido, (provavelmente gestada no tal “GABINETE DO ÓDIO”) que de pronto foi
obstado por aquela agência, porquanto “não teria cabimento”, já que indo de
encontro a recomendações técnicas.
A reflexão acima tem muito a
ver com o delicado momento atual, no Brasil, quando empresários INESCRUPULOSOS e
BANDIDOS, possivelmente espelhando-se no seu ”MITO”, repetem o crime (que deveria
ser considerado hediondo), só que com um requinte de crueldade e sordidez
macabras: ao acrescentaram a consoante “M” a uma certa palavra, mudaram também
a substância-objeto e, assim, o ETANOL, já proibido pra consumo humano, de
repente cedeu lugar a um produto horrorosamente letal pra esse mesmo ser humano,
o METANOL. E como seu uso privilegia as bebidas destiladas, de uso preferencialmente
nos bares, bodegas e biroscas da vida, haja mortes, cegueiras e o escambau
(será que chegará aos requintados salões sociais ???)
E depois ainda reclamam quando
clamamos:
A BOLA É TUA, XANDÃO. RESOLVE
ISSO PRA GENTE, ANTES QUE SE TRANSFORME NUMA CARNIFICINA.