( o que foi escrito na semana passada)
Noite silenciosa, mas cheia de olhares...Em muitas janelas...muitos olhares! Mas, quem viu duas luas? Pelo menos a mentira foi positiva...O mundo, olhando o céu! Dona Cândida deu uma viajada para o Piauí...Com certeza vai trazer de lá ,uma bagagem presumível: meia carga de rapadura, doce de buriti, doce de limão, pêta, e cajuína. E olha que não é pra revenda...Chega, e divide tudo com a vizinhança.Tem uns parentes por lá(a maioria já falecidos).E dessa vez, o motivo foi um babado forte...Que nos conte, por ocasião da sua volta!Só deu pra Ayloã...Vai estrear, seu destino de cigana.Hoje é lua cheia. Ranulfo pode até tardar...Mas vai chegar!Mesa redonda, coberta com uma toalhinha de renda branca;vela de sétimo dia; incenso de mirra;água da fonte, num copo virgem...Agora é só esperar...Acender a vela, e abrir as cartas!
O sol já estava frio;a tarde, sempre morna;a lua hoje é cheia;o tempo as vezes corre!Os homens perguntam muito pouco...e dizem ainda menos! Nem sempre desejam saber, mas sempre apostam!Sua dor é invisível...a tristeza está nos olhos!-O que deseja esclarecer, meu jovem?-Prefiro ouvir, o que as cartas teem pra dizer...Ayloã parece invocar Santa Sarah...Silenciosamente, embaralha as cartas, e pede a Randulfo pra cortá-las...Tá na cara, o ceticismo de Ranulfo...tá na cara porém, a sua curiosidade.-Você não está querendo conhecer-se.Não está procurando nada.Não existe futuro, não existe ação.Está total em seu não-fazer.Deleita-se com seu próprio ser.Nesse contínuo vaivém, vejo augúrio de momentos favoráveis e desfavoráveis, atrações e repulsões alternando-se ritmicamente.Sua história de amor acabou, e as possibilidades de reatá-la são mínimas.Parta pra outra, menino
Deusa , depois de acompanhar Ranulfo até a porta, e sem mais prosa, desapareceu, numa nêsga da sala.Foi lá que Ayloã a descobriu, pelos gritinhos...Culpa dos morcegos, que sobrevoavam o espaço.Com a luz,e a presença das mulheres, fugiram, intimidados!O alvo era um velho baú...
Não tinha menos de 200 anos...Devia ter sido do tempo do império.Um dos antepassados de Dona Cândida, certamente, fôra um coronel abastado, dono de engenhos de cana.Misteriosamente, nem foi preciso forçar a fechadura.Embora enferrujada, cedeu ao primeiro tato.Um cheiro esquisito , espalhou-se no ar.Os feixes de alfazema já tinham perdido a validade,e o baú estava completamente lotado de quinquilharias e/ou preciosidades...Impulsivamente, as meninas mergulharam todas as mãos, pensamentos, olhares, naquele achado, por tantos, cobiçado!Não podiam perder tempo,em explorá-lo.Tinham que aproveitar a ausência da dona da casa...
Os objetos eram todos identificáveis...Um missal de madrepérola, terço de prata, pacote de cartas amarradas com fita de cetim azul, álbum de retratos, caderno de canções, livro de receitas, caixinha de música,um dedal de costureira...um picinez, um relógio de algibeira, um leque, uma caixinha de veludo vermelho( contendo um camafeu, dois brincos descasados... um de rubi, e um de pérola; dois dentinhos de leite, incrustados em figas de ouro;uma travessa de marfim,um crucifixo de prata e uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças).Pacote de roupas, embrulhadas em papel de seda( já completamente amareladas). Esse, foi cuidadosamente desenrolado...Continha camisinhas de pagão, uma mantilha de renda, uma combinação de seda, uma grinalda, um vestido de noiva...No fundo do baú, recortes de jornais, documentos diversos,num envelope sépia.Soltos, outros objetos:um punhal, um realejo...Parecia a caixa de Pandora, considerando as lagartas,baratas e lagartixas, em saltos olímpicos, abruptamente despertas...
Uma revista de ponto de cruz,uns exemplares de "Seleção" e "Cinelândia", romances antigos: A Casa do Rouxinol de M.Delly; O Herdeiro do Castelo, O Prisioneiro de Zenha , a Filha do Diretor do Circo,Os Três Mosqueteiros,Polyana...além de uns discos de cêra...Chico Alves, Gilberto Milfont,Aracy de Almeida, Carlos Galhardo,Mario Reis,Linda Batista,Piaf,Bing Crosby, Earl Grant,Green Miller,Doris Day e Yves Montand...Na hora desse encontro...muito espirro!
De repente , gritos escandalosos e guturais!A velha carabina, na mão de Ayloã, dispara...
Parecia cena de novela.A gente sempre acha irreal, a própria desgraça, principalmente, quando acidental! Em poucos minutos, o local ficou talhado de gente: gente de casa, da rua( conhecidos e estranhos).E olha que nem acontecera nada de grave...fôra apenas um grande susto!Filó trouxe alguns copos de água com açúcar...As meninas gaguejavam, em busca de explicações, que não as comprometessem, além do pecado da curiosidade...Os objetos espalhados no chão, começaram a ser recolhidos pela discreta Filó, enquanto as pessoas iam se afastando, e murmurando qualquer coisa...
Ayloã, calada e ainda trêmula, olha de soslaio( não é um meio-olhar...É olhar de gula!)outros objetos, restantes no fundo do baú: uma lata de cashmire bouquet, um frasco de chanel-número 5, agulhas de tricô e crochê, uma sombrinha, um pião, uma caneta Parker, duas alianças,e um diário,acompanhado de uma nota de falescimento:Sauska( 1951 a 2000).Deusa, ainda não refeita do susto, balbucia...Meu Deus do céu!Sauska era a filha mais velha de mãe Candinha!Entrega o diário pra Ayloã, que o agarra, e corre...E aí, começa uma longa história!
O sol já estava frio;a tarde, sempre morna;a lua hoje é cheia;o tempo as vezes corre!Os homens perguntam muito pouco...e dizem ainda menos! Nem sempre desejam saber, mas sempre apostam!Sua dor é invisível...a tristeza está nos olhos!-O que deseja esclarecer, meu jovem?-Prefiro ouvir, o que as cartas teem pra dizer...Ayloã parece invocar Santa Sarah...Silenciosamente, embaralha as cartas, e pede a Randulfo pra cortá-las...Tá na cara, o ceticismo de Ranulfo...tá na cara porém, a sua curiosidade.-Você não está querendo conhecer-se.Não está procurando nada.Não existe futuro, não existe ação.Está total em seu não-fazer.Deleita-se com seu próprio ser.Nesse contínuo vaivém, vejo augúrio de momentos favoráveis e desfavoráveis, atrações e repulsões alternando-se ritmicamente.Sua história de amor acabou, e as possibilidades de reatá-la são mínimas.Parta pra outra, menino
Deusa , depois de acompanhar Ranulfo até a porta, e sem mais prosa, desapareceu, numa nêsga da sala.Foi lá que Ayloã a descobriu, pelos gritinhos...Culpa dos morcegos, que sobrevoavam o espaço.Com a luz,e a presença das mulheres, fugiram, intimidados!O alvo era um velho baú...
Não tinha menos de 200 anos...Devia ter sido do tempo do império.Um dos antepassados de Dona Cândida, certamente, fôra um coronel abastado, dono de engenhos de cana.Misteriosamente, nem foi preciso forçar a fechadura.Embora enferrujada, cedeu ao primeiro tato.Um cheiro esquisito , espalhou-se no ar.Os feixes de alfazema já tinham perdido a validade,e o baú estava completamente lotado de quinquilharias e/ou preciosidades...Impulsivamente, as meninas mergulharam todas as mãos, pensamentos, olhares, naquele achado, por tantos, cobiçado!Não podiam perder tempo,em explorá-lo.Tinham que aproveitar a ausência da dona da casa...
Os objetos eram todos identificáveis...Um missal de madrepérola, terço de prata, pacote de cartas amarradas com fita de cetim azul, álbum de retratos, caderno de canções, livro de receitas, caixinha de música,um dedal de costureira...um picinez, um relógio de algibeira, um leque, uma caixinha de veludo vermelho( contendo um camafeu, dois brincos descasados... um de rubi, e um de pérola; dois dentinhos de leite, incrustados em figas de ouro;uma travessa de marfim,um crucifixo de prata e uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças).Pacote de roupas, embrulhadas em papel de seda( já completamente amareladas). Esse, foi cuidadosamente desenrolado...Continha camisinhas de pagão, uma mantilha de renda, uma combinação de seda, uma grinalda, um vestido de noiva...No fundo do baú, recortes de jornais, documentos diversos,num envelope sépia.Soltos, outros objetos:um punhal, um realejo...Parecia a caixa de Pandora, considerando as lagartas,baratas e lagartixas, em saltos olímpicos, abruptamente despertas...
Uma revista de ponto de cruz,uns exemplares de "Seleção" e "Cinelândia", romances antigos: A Casa do Rouxinol de M.Delly; O Herdeiro do Castelo, O Prisioneiro de Zenha , a Filha do Diretor do Circo,Os Três Mosqueteiros,Polyana...além de uns discos de cêra...Chico Alves, Gilberto Milfont,Aracy de Almeida, Carlos Galhardo,Mario Reis,Linda Batista,Piaf,Bing Crosby, Earl Grant,Green Miller,Doris Day e Yves Montand...Na hora desse encontro...muito espirro!
De repente , gritos escandalosos e guturais!A velha carabina, na mão de Ayloã, dispara...
Parecia cena de novela.A gente sempre acha irreal, a própria desgraça, principalmente, quando acidental! Em poucos minutos, o local ficou talhado de gente: gente de casa, da rua( conhecidos e estranhos).E olha que nem acontecera nada de grave...fôra apenas um grande susto!Filó trouxe alguns copos de água com açúcar...As meninas gaguejavam, em busca de explicações, que não as comprometessem, além do pecado da curiosidade...Os objetos espalhados no chão, começaram a ser recolhidos pela discreta Filó, enquanto as pessoas iam se afastando, e murmurando qualquer coisa...
Ayloã, calada e ainda trêmula, olha de soslaio( não é um meio-olhar...É olhar de gula!)outros objetos, restantes no fundo do baú: uma lata de cashmire bouquet, um frasco de chanel-número 5, agulhas de tricô e crochê, uma sombrinha, um pião, uma caneta Parker, duas alianças,e um diário,acompanhado de uma nota de falescimento:Sauska( 1951 a 2000).Deusa, ainda não refeita do susto, balbucia...Meu Deus do céu!Sauska era a filha mais velha de mãe Candinha!Entrega o diário pra Ayloã, que o agarra, e corre...E aí, começa uma longa história!
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6 comentários:
Um quintal exuberante.Muro coberto de "simpatia", um pé de abacate,canteiros de ervas,coqueiros ,a beleza de uma velha laranjeira, e acácias...folhas de acácias, soltas no terreiro!
Ayloã ,acomodada numa rêde, abre o livro de memórias , e num só fôlego, lê os primeiras registros, e mergulha na vida de Sauska.
Agosto 1951/58
Nasci na Rua das Laranjeiras.
Aos dois anos de idade, minha família mudou-se para a Rua da Pedra Lavrada, e lá ficamos por 5 longos, breves anos!
Rotina diária:
O relógio da Matriz,badala de meia, em meia hora...Ainda madrugada, a casa acorda."O belo Antonio", com pouco mais de 60 anos, acende o fogo de lenha, e "passa" o primeiro café: quente e forte!Ferve o leite, e com arrozina faz o mingau das meninas: Sauska e Mônica.Dá uma espiadela em Santana, que já desperta, reza o rosário da Imaculada Conceição, enquanto clareia o dia...São cinco terços, e uma série de ladainhas.Na sequência, passa o lenheiro, o padeiro, o leiteiro e o verdureiro.
-Olha o pequi, a banana prata, o cheiro verde,a massa puba,e a cana caiana!
Chegam as mulheres da Batateira, que por uns tostôes, ajudam na lida da casa...São todas comadres: Joaquina,Rosa e Joana.
Uma lava os pinicos; outra assume o pilão,e a outra varre o chão.Nêle dá uma aguada( teto sem fôrro, e piso de tijolos não dispensam vassoura de palha e água pra assentar a poeira).
Seu Antonio é quem cuida da carne.Mata e trata a galinha; prepara o torresmo,a buchada, a linguiça,o sarapatel, o fígado, e até o chouriço...Ninguém sabe fazer do seu jeito,nem melhor!
Santana é a senhora dos doces, em tachos de bronze;dos biscoitos de goma, em palha de banana; dos sequilhos, brevidades...
A casa, completamente musical.
Seu Antonio assovia "Delicado";Alf canta "Renúncia" de Roberto Martins;Teresa com voz de soprano,no banho de cuia, interpreta "Babalu";Santana canta , enquanto cata o arroz, na arupemba..."Perdão, Emília";Nora, embalando as filhas, solfeja uma canção de ninar... " Boi, Boi, boi...Boi do Piauí...";Lourdes canta Linda Batista, e espera o carteiro chegar:Joana no tanque, lembra em toda altura, um sucesso de Cauby..."Conceição";Francisco na sanfona de madrepérola, executa La Cumparsita ou Petite fleur;na vitrola da sala,
Chico Viola,em " Cinco letras que choram";no rádio de pilhas, a novela de rádio,a voz do Brasil,o jôgo de futebol,e o programa de auditório;na amplificadora de rua, A lenda do Beijo e o Guarani!
Nas calçadas, brinquedos e folguedos:cantigas de roda, patinetes, velocípedes, pula-corda, pião, bola de gude,chibiu,
bruxas de pano,bonecas que andam,baladeiras,cabra-cega,cinturão-queimado,a brincadeira do anel,esconde-esconde...
Todos saltitantes...
Ciranda,cirandinha...
O meu chapéu tem três pontas
Noite fria, tão fria de junho...
O Natal já vem, vem, vem vem...
E assim o tempo passa, os velhos morrem, e a gente cresce!
Em 1955, a primeira escola: Externato 5 de julho(Dona Anilda Arraes, como Diretora ,e Dona Quintina, a primeira professora).Bom lembrar a festa de Agôsto,da Associação de Comércio.
Pedro Felício Cavalcante, do Banco Caxeiral era o Presidente. Minha tia fazia os pastéis... sequinhos, recheados com carne de porco e azeitona.Havia o baile tradicional, que por ser criança, eu nunca fui!
Telma Saraiva era a fotógrafa oficial de todas as famílias.
Décio Cartaxo, Ossian Araripe e Jose Horácio Pequeno fôram os Prefeitos da época pelo partido do velho Filemon Teles- A UDN!
Era engraçada a época das eleições.O povo brigava, na política.Família e amigos , se estranhavam...Ou você era udenista ou pessedista.Na minha própria casa, os votos eram divididos,e a partir dessa divisão, convivi com muitos conflitos.Besteira, esta paixão política, que alterava os ânimos, provocava brigas, e até intrigas!
Em 1955, a primeira sessão de cinema.Matinê no Cine Moderno, pra assistir "Branca de Neve e os Sete Anões".Ingressos a dez tostôes.
"Eu vou, eu vou...pra casa agora eu vou!" Um desenho animado de Walt Disney.
Em 1956 morre o Belo Antonio, de aneurisma.Foi um dia de juízo.Ele era amado demais.Com ele fôram-se as balas de mel com umburana, os tostões para comprar perulitos...Partia o mais habilidoso artesão da região.Na hora do entêrro, alguém levou a criançada para brincar no Parque municipal... Calada, catei carrapêtas, nos pés de eucaliptus...Naquele dia eu perdi a meninice !Minha casa perdeu a música, o cheiro de rapé, os latidos de Tupã, e os vestidos coloridos de Santana.No guarda-roupa de cedro, os seus ternos! Caqui era a sua cor favorita!
Quem passou a consertar o relógio da Praça da Estação, a fazer bolas
de bilhar para o Bar Ideal, a fazer com folhas de flandre mil objetos artísticos ou utilitários...Isso eu nunca soube!
Alfredo assumiu a chefia da família.Entrou em depressão. E a nossa vida por uns meses, mudou de situação.
A velha vitrola ficou muda...Nenhum samba canção.Quando a música me fazia falta, eu cantarolava no quintal, e chorava muitas vezes, com razão ou sem razão.
Ô jardineira, por que estás tão triste/Mas o que foi, que te aconteceu...
A vida não tinha conseguido , quebrar o meu rádio de pilhas!
Em 1958, dois anos depois, estávamos morando numa casa de sobrado, no bairro do Pimenta.Quase que deserto, na época.Além da nossa , apenas umas três ou quatro casas.Mas tinha o Tênis Clube por perto.Manhãs de domingo ,partilhávamos das matinais dançantes...De olhos fechados dancei bolero, tango, dancei mambo...Mambo Espanha!
Meu mundo encantado de sonhos e poesias, se descortinara...Era a síndrome de Cinderela...e eu tinha apenas sete anos!
A cigana dispensa a leitura, bocejando de tédio e sono...
Não se pode viver dentro de um conto.E naquele tempo, pra se viver fartamente,um conto de réis era importante!
Hoje é setembro de 2007...
Na década de 1950, pensou Ayloã,o mundo ainda temia as guerras.Hoje é Sete de Setembro.Escuto o ruflar de tambores...O povo brinca de desfiles militares, e nisso não vejo nenhuma graça.Prefiro acreditar que a terceira guerra mundial, acontece no coração da gente, no dia a dia...e a paz, reina, concomitantemente!
Em tempos passados, a gente já sabia quando a manhã terminava, quem ganhara o primeiro lugar no desfile: O Estadual ou o Diocesano? E a baliza? Quem era a garota mais bonita?
Não sei o que fazer das noites...Se Dihelson, Abidoral, Salatiel, Cleivan, e outros...tocassem pra gente ouvir, a gente desligaria os botões da Globo!
Dona Cândida voltou...Trouxe fragmentos de palmas de carnaúba, no seu matulão.
Os antigos estão todos partindo...
Muita terra improdutiva...mais ainda adoçada com o mel do caju!
Ela nos disse ,que reviu as brenhas da fazenda onde nasceu...Que matou as saudades, até da sombra do pé de juá!
Hoje é sábado, dia 07 de setembro.A casa está semi-acordada.Deusa e Ayloã estiveram na night cratense...
"Los the os", tocou na " Casa de Taipa".Um som mix de todos os tempos.E o que mais agrada, são as velhas músicas de Roberto Carlos e dos Beatles.Isso, considerando o gôsto da mais velha.Que já passou das cinquenta primaveras.Na multidão, aqui e acolá, um brilho de prata, salpira o cabelo da moçada.
No mais, a geração é Deusa.Da menina que gosta de badalação.Toma todas, e estica a noite, em busca de emoção.Nem sei se acha.O fato é que sorri de tudo, e chora de tudo também.Parece que o riso e o chôro , vivem em alternância, no coração da gente, mas nem todos conseguem expressar , tão naturalmente...
Ayloã, se recolhe cedo.Queria um bar jazista, uma pista de dança,poemas em guardanapos,pessoas interessantes...Não é que elas não existam...mas se escondem, se espalham, se deslocam ou dormem nas estrelas, em pontos do infinito!
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