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sábado, 27 de março de 2021

"FORA DE CONTROLE" - José Nilton Mariano Saraiva

 “FORA DE CONTROLE” - José Nilton Mariano Saraiva

O bucéfalo genocida que está Presidente da República Federativa do Brasil, intimamente deve estar satisfeito com o estrago monumental provocado pela fulminante, progressiva e insaciável fome do coronavírus: em apenas um ano, 315.000 mortos, com tendência de crescimento diário sem precedentes (dia após dia o número de vítimas cresce, não em progressão aritmética, mas sim, geométrica – só ontem foram acrescidos 3.600).

Ou alguém tem alguma dúvida que o quadro atual tem tudo a ver com o seu (dele) recorrente, desumano, burro e teimoso estímulo a que o brasileiro o imitasse e o seguisse, NÃO usando máscara, NÃO mantendo o competente distanciamento social, NÃO tendo o cuidado com os seus idosos, e, SIM, aglomerando nas ruas e praças (e até entre familiares), porquanto a “gripezinha” era coisa passageira, não provocaria danos e logo iria embora ???

Segundo o cientista brasileiro Miguel Nicolelis (neorocientista e pesquisador da Universidade Duke, nos Estados Unidos), se tivéssemos adotado esse “kit básico” (acima citado) poderíamos ter evitado que 04 em 05 das mortes atuais ocorressem (ou seja, 80,0%).

Não esquecer, também, que cientistas e organizações internacionais dos mais diversos recantos alertaram com antecedência e clamaram por providências, ante a iminência do que poderia acontecer por aqui; debalde, ouvidos moucos prevaleceram.

E o mais sombrio e apavorante em tudo isso é que, definitivamente, a fera está “fora de controle”: já NÃO existem leitos hospitalares para atender aos milhares de infectados que dia a dia chegam aos hospitais; já NÃO temos UTIs, imprescindíveis para tal tipo de demanda; já NÃO temos seringas, respiradores e demais instrumentos necessários; já NÃO temos a medicação adequada aos procedimentos atinentes; e, principalmente, já NÃO temos o quantitativo de pessoal especializado (médicos, enfermeiros e intensivistas), e os que lá heroicamente estão já mostram compreensíveis sinais de esgotamento físico e mental, ante tanta ocorrência fúnebre, tamanha barbárie.

E como o idiota que está no poder em nenhum momento se preocupou em adquirir vacinas (porquanto, segundo ele, eram as farmacêuticas que tinham obrigação de vir oferecê-las) também não as temos em número suficiente e nem podemos adquiri-las com a urgência necessária, já que outros países ocuparam o nosso lugar na fila para tal, quando o Brasil não demonstrou interesse.

Em consequência, hoje estamos humilhantemente a “mendigar” pelo imunizante, conforme demonstrou o novo presidente do Senado Federal (não o Presidente da República) ao firmar de próprio punho um apelo humanitário à vice-presidente dos Estados Unidos (Kamala Harris), no sentido de nos fornecer a “sobra” ou o “resto” que certamente se dará por lá, já que previdentemente adquiriram quantidade mais que suficiente.

E aqui, temos de lembrar que o governo brasileiro, através da dupla Bolsonaro/Ernesto Araújo, foi um dos últimos a reconhecer a vitória de Joe Biden/Kamala Harris nas eleições americanas, porquanto adeptos da tese professada pelo troglodita Donald Trump de que a eleição teria sido roubada, só o fazendo por mera formalidade. Haverá retaliação ou prevalecerá o humanismo ???

Hoje, nossa realidade é que, a passo de tartaruga grávida, depois de um mês de vacinação conseguimos oferecer a primeira dose (são duas) a apenas 6,5% (seis e meio por cento) da nossa população e, se mantidas as condições atuais, necessários serão longos e intermináveis 03 anos para imunizar a população brasileira (se até lá não tiver sido implacavelmente dizimada).

Assim, assusta e estarrece a tragédia sanitária que estamos a vivenciar, e é até compreensível que governos de todo o mundo (que também têm problemas, embora não na mesma magnitude) comecem a “isolar” o Brasil, proibindo que os “seus” se dirijam pra cá e não permitindo que os “nossos” aportem por lá (por terra, espaço ou por mar). Nos tornamos um estorvo, um povo indesejado, um povo marginal, “pária” para o mundo (como aliás expressou tal desejo o desclassificado que ocupa o Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo).

E pensar que toda essa tragédia poderia ter sido evitada, se a população brasileira tivesse escolhido para dirigir a nação alguém preparado para enfrentar desafios, e fosse dotado do mínimo de senso humanitário e de responsabilidade para com o seu povo.

 

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

"LULA LIVRE" REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva

“LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva

Adstringindo-se tão única e exclusivamente aos “autos” (as conversas aéticas e escabrosas de Moro e sua quadrilha, interceptadas por hackes, aconteceram  muito depois de lavrada a reclamação), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal houve por bem reparar a tendenciosa decisão do ex-juiz de primeira instância Sérgio Moro, que houvera condenado sem nenhuma prova o ex-presidente Lula da Silva, no tocante ao tal triplex de Guarujá, tanto que o fez sob o hipócrita argumento do cometimento de “atos de ofício indeterminado” (algo absolutamente inédito e inusual em nosso receituário jurídico, porquanto, se “indeterminado”, inexistente).

Impetrado pela defesa do ex-presidente, o julgamento da “suspeição” do ex-juiz houvera sido iniciado nos primórdios de 2018 e já apontava um placar de 2 x 0 favorável àquele magistrado, (votos de Edson Fachin e Carmen Lúcia) quando o ministro Gilmar Mendes solicitou “pedido de vistas” em novembro daquele ano.

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Nesse meio tempo, surpreendentemente o ministro Edson Fachin (logo ele, que sempre demonstrou ojeriza ao ex-presidente), em decisão monocrática opta por “anular” todas as decisões tomadas pelo ex-juiz Sérgio Moro em relação aos processos envolvendo o ex-presidente, porquanto a Vara de Curitiba seria incompetente para julgá-los, remetendo os autos para Brasília (onde tudo recomeçará do começo).

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Voltando ao fio da meada: retomado no final de 2019 o processo da suspeição do ex-juiz, Gilmar Mendes e Roberto Lewandowski, VALENDO-SE APENAS DE DADOS CONTIDOS NOS “AUTOS”, (nada sobre as interceptações dos hackes, é bom que se repita, já que estas aconteceram muito depois) decidiram-se favoráveis à defesa do ex-presidente, igualando o placar em 2 x 2, deixando que o voto decisivo (que seria dado pelo decano Celso de Melo, hoje aposentado) fosse proferido pelo “novato” Nunes Marques (piauiense), que houvera sido escolhido a dedo e nomeado meses antes pelo bucéfalo que está Presidente da República.

Coincidentemente, na véspera da retomada do julgamento do pedido de suspeição de Moro, indagado pela imprensa se temia um confronto com o ex-presidente Lula nas eleições de 2022, o “traste” que ocupa a Presidência da República, sarcástico e arrogante, arrotou que Lula da Silva era “inelegível”, como que anunciando antecipadamente qual seria o voto do seu indicado: ou seja, Nunes Marques proferiria o voto que seria a pá de cal e definitivamente inviabilizaria o ex-presidente de concorrer. Dito e feito, e assim, aos 45 minutos do segundo tempo o placar aponta 3 x 2 para o ex-juiz (e, pois, Lula da Silva inelegível).

Surpreendentemente (mas de forma legal) já nos acréscimos do julgamento Carmen Lúcia pede para se manifestar e, de forma incisiva e contundente (logo ela, que sempre votou contra o ex-presidente) decide rever seu voto, em razão de “dados novos apensados aos autos”:  3 x 2, agora pela suspeição do ex-juiz e, consequentemente, pela anulação da pena imposta a Lula da Silva.

Resumo de tudo isso:  em duas frentes, o ex-presidente Lula da Silva tem de volta o passaporte homologatório à sua candidatura na próxima eleição, enquanto Sérgio Moro e a quadrilha de procuradorizinhos raivosos de Curitiba são desmascarados de vez (agiram, sim, e de forma tendenciosa, ao arrepio da lei e merecem ser julgados pelo crimes cometidos).

Quanto ao “novato” Nunes Marques, que no seu “debut” em grandes causas no Supremo Tribunal Federal, proferiu seu voto equivocadamente (já que claramente em obediência ao seu tutor), porquanto baseado unicamente nas interceptações dos hackes (que a defesa, Gilmar Mendes, Roberto Lewandowski e Carmen Lúcia não usaram) mostrou que ainda tem muito que aprender (aliás, o próprio lembrou a quem dele discordou, que tenham paciência porque ele ainda tem 26 anos como ministro daquela corte).

No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino da vereadora Marielle Franco, o tal do Lessa, era morador e vizinho de condomínio da família Bolsonaro).

 

sexta-feira, 19 de março de 2021

Mas, é lógico !

 



J. Flávio Vieira

 

                               O Delegrado Sigisfredo Capanema chamou os dois soldados sob sua autoridade, Quintiliano e Severo,  e ordenou que detivessem e trouxessem coercitivamente para depoimento o Mestre de Obras Jonevraldo Gambiarra. Recebera, pela manhã, uma queixa crime do Coronel Anfrízio Maia contra ele e queria pôr tudo em pratos limpos, com máxima urgência.

                        --- Tragam Jonefraldo aqui, imediatamente ! Se não quiser vir por bem,  que venha sob força de pesqueiro, de solavanco e de sabacu !

                        A soldadesca espreguiçou-se e bocejou. Não estava habituada a ações heroicas, a campanas desvairadas. Quintiliano e Severo  tinham no seu portfolio , como atividades mais perigosas, a prisão de Jojó Fubuia, quando se excedia na mendraca e um ou outro arranca rabo, aquieta-arreda , em desavença de marido com mulher. Só. De posse da ordem formal de Sigisfredo, partiram , meio ressabiados, prontos a cumprir aquela que foi denominada, pelo próprio delegado de Operação Sibito Baleado. Imaginaram que fazia referência à magreza  do perseguido, cabra chupado, de canela fina, pescoço de girafa desnutrida e que não tinha carne sobre os ossos suficiente pra encher um pastel de vento.  Mesmo assim, Quintiliano e Severo, desacostumados com as ações policiais de confronto, saíram com a purga detrás da orelha. E se o homem resistisse? Se quisesse botar boneco e confrontar a autoridade estabelecida ? De comum acordo, combinaram que , nesse caso, o ideal era pedir para ele capar o gato, ganhar o bredo e eles lavrarem o relatório explicando que o meliante tinha se evadido.

                        Macaco velho, não mete a mão em cumbuca! Diplomaticamente, para evitar conflitos desnecessários , Quintiliano e Severo abordaram Gambiarra, em casa, com uma técnica de dissuasão chamada de “Cerca-Lourenço”. Quem quer pegar galinha não diz Xô! -- pensaram com prudência. Soltaram então a lábia, com língua de camurça, pedindo a  Jonevraldo para segui-los até a delegacia. O sargento Sigisfredo estava precisando, urgentemente, da sua valiosa contribuição para elucidar um caso cabeludo e que suas informações, imprescindíveis ao bom andamento do inquérito, transcorreriam em absoluto segredo de justiça e que ele, inclusive, poderia ser premiado, se tudo se solucionasse a contento.  Gambiarra ainda titubeou, estava de saída para o trabalho, mas, diante de tão alvissareiro convite, acompanhou os dois milicos até a delegacia.  

                        Em lá chegando, diante do delegado,  descobriu que a historinha não era bem aquela que lhe tinham contado. Um Capanema,  grosso como apito de navio,  informou-lhe que tinha recebido uma denúncia do Cel.  Anfrízio Maia sobre um trabalho desmantelado que Gambiarra tinha feito na casa dele e, aberto o processo indenizatório, antes de levar às barras dos tribunais, queria ouvir a versão dele sobre o ocorrido. Para o seu próprio bem, contasse tudo tim-tim por tim-tim se não quisesse levar, antes, uns conselhos no lombo para ir tomando tento.

                        --- Gambiarra, que trabalho você empeleitou com o Coronel ?

                        --- Ele me encomendou o conserto de um muro da casa dele que tinha caído uma parte por causa da chuva.

                        --- E como se justifica , seu Zé Mané, a falta d´água que , desde este dia, tem acontecido na casa do homem ?

                        --- Azar  muito ! Quando eu tava ajeitando o muro, o resto desmoronou, e derrubou aquele pé de Timbaúba que tem defronte da casa do coronel. Pois num é que o tronco quebrou e a Timbaúba resolveu cair logo por cima da caixa  d´água de cinco mil litros e tudo veio abaixo ?

                        --- A inundação tá explicada, e o incêndio, meu amigo, tu tá doido ? Como diabo é que se explica ?

                        --- O diabo do fio elétrico do poste defronte caiu em cima do banheiro de palha do coronel e , dali, para o fogo tomar conta da casa foi um pulo !

                        --- Por causa de um pedaço de muro, o coronel ficou sem a caixa d´água, sem a Timbaúba e sem a casa ? É isso, seu irresponsável ?  Que diabo de profissional é você ?

                        --- Num me incrimine não, seu delegado ! Tive culpa não! Foi o muro ! Se não tivesse ventando tanto, também não tinha o fogo se espalhado para as três casa vizinhas  e para a torre da igreja e a prefeitura !

                        --- O que ? Que profissional é você ? Seu fogo-pagou !

                        --- Num brigue comigo não, já lhe disse: não tive culpa ! A responsabilidade do desmantelo é do muro, da Timbaúba, da caixa d´água, do fio elétrico e do vento.  Eu sou só especialista em Logística, tendeu ?

Crato, 19/03/2021

                       

                          

                       

ADEUS... "MANTOS SAGRADOS" - José Nilton Mariano Saraiva

 ADEUS... “MANTOS-SAGRADOS” -  José Nilton Mariano Saraiva

Confeccionados em edições limitadas, virgens, intocados e inocentes, assim eram os uniformes dos nossos principais clubes de futebol, até bem pouco tempo. E tais predicados serviam para realçar a beleza, o esplendor e a magia de cada um deles. Havia até uma certa timidez, um certo receio, um excessivo respeito que nos impedia de maculá-lo, acessá-lo, tocá-lo sequer. Como se fora algo... “sagrado”.

O símbolo do clube, e só ele, soberano e galhardo, pontificava e realçava à altura do peito esquerdo, sobreposto às cores respectivas. A camisa de um Vasco da Gama, um São Paulo, um Flamengo, um Fluminense ou um Palmeiras se nos apresentava sóbria, elegante, indevassável, imaculadamente soberana em sua pureza. Nada capaz de nodoá-las.

Além do símbolo-emblema à frente, apenas a numeração às costas. Era, pois, motivo de orgulho pra todos nós, torcedores. Pode-se inferir que foi ali, via imaginário popular, que se materializou seu batismo como “manto sagrado” ou “segunda pele”.

Mas, aí, adentrou no campo de futebol um parceiro que mais tarde se revelaria por demais “guloso”, a televisão, já que trazendo a reboque um avassalador e temível rolo-compressor: os “patrocinadores”.

Extremamente profissionais, poderosos, fortes, exigentes e cheios da grana, comendo pelas “beiradas”, começaram o processo de demolição progressiva do romantismo imiscuído numa atividade até então praticamente amadora.

Assim é que, num primeiro momento, as bordas do próprio campo de futebol (laterais) outrora vazias, solitárias, desprezadas e sem qualquer valor mercantil, repentinamente se viram povoadas ou “premiadas” com dezenas de placas, anúncios, propagandas diversas; estáticas, em formatos variáveis e multicoloridos, tais instrumentos anunciavam desde bebidas alcoólicas a peças íntimas femininas, do másculo aparelho de barbear ao suave desodorante direcionado à mulher. Tudo isso veiculado pela televisão, para milhões de telespectadores, tornou muita gente milionária (o Kleber Leite, à época repórter de campo da Rádio Globo e hoje poderoso empresário futebolístico no Rio de Janeiro, começou a “se fazer”, ficar milionário, via negociação das respectivas placas).

Estava dado o primeiro passo para a “profissionalização” definitiva das nossas principais equipes. E então, mais que rapidamente, foi dado o passo seguinte: “vapt-vupt”, sem que sequer nos déssemos conta, das bordas do campo o insaciável e esperto “patrocinador” resolveu pular adiante, alçar voo rumo a um espaço mais visível, generoso, abrangente e em permanente exposição: e dessa forma, agindo sem quaisquer concessões ou escrúpulos, foi que os “mantos-sagrados” das nossas principais agremiações foram fria e calculadamente desvirginados, violentados, estuprados. Irreconhecíveis ficaram.

Ainda insatisfeitos, a partir de então os jogadores de futebol foram literalmente obrigados a funcionar como eficientes “outdoors ambulantes”, a anunciar um produto qualquer. Para tanto, os novos “donos do futebol” trataram de instruí-los e catequiza-los a trocarem as camisas entre si, ao final de cada pugna, ou mesmo as arremessaram para a torcida, objetivando, evidentemente, difundir a “marca”, fazê-la circular, se tornar conhecida além do campo de jogo ou do próprio estádio.

E tem mais: se antes os nossos craques se notabilizavam pelo belo sentimento amadorístico do “amor à camisa” (pela qual só faltavam se matar em campo) ou pela siderúrgica fidelidade ao clube de origem a ponto de dificilmente se transferirem para um outro, chegando mesmo a serem confundidos com a própria instituição (Pelé, no Santos, Roberto Dinamite, no Vasco e Zico, no Flamengo são exemplos emblemáticos), pois bem, como se não bastasse isso, repentinamente o patrocínio se individualiza na figura do próprio craque, avança sobre o esportista, peita e corrompe inexoravelmente o homem.

E haja “direito de imagem” pra cá, “direito de imagem pra lá”, que implica em usar um boné de uma determinada marca, uma chuteira de uma cor tal, uma prosaica “fitinha” (com a marca estampada) a prender o cabelo e por aí vai, em troca de montanhas de dinheiro (você já notou que certos jogadores, antes do início da partida, se agacham para amarrar as chuteiras, quando poderiam ter tomado tal providência no vestuário ??? pois é, trata-se de uma ação previamente ensaiada com a emissora de TV).

Resumo desse capitalismo selvagem ??? A TV transformou o futebol num rendoso, inesgotável e próspero negócio, com dirigentes e jogadores “nadando” em dinheiro. E haja propina. Nem que para isso o torcedor seja dia-a-dia desrespeitado, ignorado, relegado a ser um mero objeto de consumo, simplório coadjuvante, sem nenhum poder de escolha ou decisão; assim, os jogos tanto podem começar ao sol inclemente do meio-dia, como avançar pela madrugada e terminar no dia seguinte; o calendário vai de segunda a domingo e quem não achar correto, que se exploda.

Quanto ao nosso querido “manto sagrado”, foi pro beleléu, voou pro espaço, escafedeu-se, sumiu; é mais fácil encontrar uma agulha no palheiro que localizar, mesmo com uma possante lupa, o “símbolo do clube” em camisas repletas de propagandas às mais diversas (e normalmente de um tremendo mau gosto). Até a seleção nacional se rendeu ao mercantilismo do patrocínio e a “amarelinha” já ostenta as tais “marcas”.

O torcedor não gosta do que está vendo ??? Que vá reclamar ao papa. E estamos conversados.

PT saudações: o patrocinador.  

quinta-feira, 18 de março de 2021

O "JOGO PESADO"... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva

 “JOGO PESADO”... DO VATICANO - José Nilton Mariano Saraiva

Quem conhece um pouco da história da Igreja Católica Apostólica Romana sabe, perfeitamente, que por trás dos indevassáveis muros do Vaticano e ao longo dos seus incontáveis corredores e porões, entre abraços de tamanduá, tapinhas nas costas e falsos sorrisos, existe uma espécie de briga de foice em quarto escuro, na oportunidade em que se tem de escolher um novo Papa; conchavos, corrupção, falsidade, traição, oferecimento de vantagens, tráfico de influência, concessões e o escambau são a essência dos encontros cardinalícios quando da escolha do sucessor de Pedro.

Assim, quando a “fumaça branca” emerge da cafonérrima chaminé do Vaticano, anunciando ao mundo a escolha do novo Papa, o jogo jogado até ali terá sido pesado e desleal, e nem sempre o resultado do conclave é do agrado de todos.

Quem não lembra do alegre cardeal italiano Luciane, que após entronizado e rebatizado como João Paulo I, em pouco mais de um mês no exercício da função foi encontrado morto em seus aposentos, suspeito de ter sido envenenado por discordar do “modus operandi” vigente ???

Assim, no Vaticano nada difere das diversas arenas políticas espalhadas pelo mundo, quando da eleição de mandatários nos mais diversos países. É o tal “componente político”, que na cúpula da Igreja Católica também se faz presente, sim.

Por essa razão, aquele que consegue “chegar lá”, trata de segurar o bastão por cima de pau e pedra (se possível até o instante em que “bate as botas”), nem que para tanto tenha que enfrentar constrangimentos mil (conforme nos mostrou o carismático polonês João Paulo II, que, acometido de todo tipo de doença - Parkinson, demência, dificuldade motora, etc), não largou o osso de forma alguma. Foi duro na queda.

Surpresa, sim, houve, quando, quase chegando aos 80 anos, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, radical ex-integrante da juventude nazista e ultraconservador, conseguiu sucedê-lo, após acirrado conclave; afinal, havia a expectativa de uma nova era para a Igreja, uma nova postura ante os desafios do mundo moderno.

No entanto, pós eleição, Ratzinger (agora Bento XVI) manteve sua postura de distanciamento ao que acontecia no seu entorno, já que os ultrapassados e envelhecidos dogmas da Igreja Católica jamais foram ameaçados; assim, celibato, divórcio, aborto, contraceptivos, punição de padres pedófilos, alinhamento político do clero com causas sociais e políticas do terceiro mundo, enfim, desafios típicos do contemporâneo mundo foram deixados de lado.

Para surpresa de todos, eis que, apenas oito anos após sentar-se no trono papal, cansado, abatido e sob uma pressão insuportável, Bento XVI anunciou que iria “se mandar” (renunciar ao trono de Pedro), deixando seu rebanho na orfandade (e de um pai vivo).

E aí, a revelação “bombástica”: na cúpula da Igreja Católica, anunciou ele, vige, sim,... "a hipocrisia religiosa, o comportamento dos que querem aparentar, as atitudes que buscam os aplausos e a aprovação" (ipsis litteris).

Portanto, se nada fez de produtivo durante sua gestão de 08 anos à frente da Igreja Católica Apostólica Romana, o alemão de certa forma se redimiu ao anunciar aos seus pares, de viva voz, aquilo que todo mundo já desconfiava: no Vaticano, cerne do cristianismo, impera a discórdia, o jogo sujo, a luta (fratricida e desonesta) pelo poder. Enfim, o “componente político”.





quarta-feira, 17 de março de 2021

"BIOGRAFIAS" - José Nilton Mariano Saraiva

 “BIOGRAFIAS” – José Nilton Mariano Saraiva

Embora poucos tenham se dado conta, na República Federativa do Brasil existe um “cantinho” onde seu povo, por conta própria, decidiu adotar o “regime monárquico”. E, gulosos que são, para fazer inveja a quem de direito, os integrantes desse “cantinho” acharam por bem que teríamos não um, mas “dois reis”, independentemente de alguém aprovar ou não; assim, temos o “rei” Roberto Carlos (cantor romântico) e o “rei” Pele (no futebol).

Sobre o “rei” Pele, já foram escritas milhares e milhares de páginas, realçando, sempre, sua performance “nos gramados” do mundo inteiro e os encontros sociais com seus “iguais” (reis de tudo que é canto). Hoje, o questionamento é sobre a retidão do seu “caráter”, porquanto  teria deixado de reconhecer uma filha legítima, porque gerada fora do casamento.

No tocante ao rei Roberto Carlos, embora de vida discreta, sabe-se que já  casou uma “ruma” de vezes, gerou um prole considerável, mas, outro dia foi manchete na mídia nacional em razão de ter ameaçado processar um jornalista que decidira lhe fazer uma homenagem, escrevendo sua biografia, sem consultá-lo.

Portanto, a “reflexão”, seria: biografias devem ou não ser autorizadas ?

O bafafá a respeito nos remete a uma entrevista concedida pelo jornalista Lira Neto, depois que colocou no mercado, em 2009, a volumosa (e cara) biografia que produziu enfocando o padre Cícero Romão Batista (são centenas e centenas de páginas).

Pois bem, após narrar o conceito “objetivo” da Igreja Católica a respeito (tanto que na prática redundou na expulsão do sacerdote das suas hostes), bem como as “subjetividades” dos fanáticos adeptos (tanto que sem nenhuma comprovação dos pretensos milagres), aquele jornalista foi instado a pronunciar-se se acreditava realmente na ocorrência do tal “milagre da hóstia”.

Depois de tergiversar, gaguejar, tossir e pigarrear, Lira Neto diplomaticamente “tirou o braço da seringa”, ao afirmar que àquela época, lá (em Juazeiro do Norte) houvera acontecido ALGUMA COISA”, mas que não poderia precisar o “quê”.  Ou seja, até o biógrafo levanta dúvidas a respeito da veracidade da informação que acabara de divulgar.

Sem dúvida, uma ducha de água fria nos adeptos de Cícero Romão Batista, que aguardavam um depoimento incisivo e contundente de sua parte, confirmando a sua convicção a respeito (afinal, não manifestada).

Assim , o “houvera acontecido alguma coisa”, do biógrafo Lira Neto, deixa a porta entreaberta para que livremente trafeguem versões outras e mais consistentes, inclusive e principalmente a da própria Igreja Católica, segundo a qual o tal “milagre da hóstia” não passou de uma grotesca farsa e desbragado charlatanismo, tanto que seu arquiteto-idealizador (o próprio Cícero Romão Batista) foi sumariamente desautorizado, excomungado e expulso da instituição.

Particularmente, entendemos que ancorados no generoso e amplo sentido embutido no conceito “liberdade de expressão”, ninguém tem o direito de sair por aí devassando a vida de outrem, sem prévia autorização (do próprio, se vivo, ou de pessoas autorizadas, pós morte), já que objetivando puramente fins mercantis.

domingo, 14 de março de 2021

O "GARANHÃO HOLANDÊS" - José Nilton Mariano Saraiva

 O “GARANHÃO HOLANDÊS" - José Nilton Mariano Saraiva

Visualmente, ele não tem nada de especial ou que chame a atenção da mulherada: barriga tipo tanquinho, óculos fundo de garrafa e um tanto quanto desengonçado devido à altura, o holandês Ed Houben de repente virou celebridade, tornou-se um verdadeiro pop star, atração por onde anda, em razão da nova e interessante profissão que adotou: potencial “reprodutor humano” (tanto que apareceu no “Fantástico”, da Globo).

Sem cobrar nada, mas unicamente imbuído em “prestar favor”, ele vem ajudando mulheres de todo o mundo a engravidar, naquilo que ele considera “um dever moral”. A condição é uma só: que a “operacionalização” se dê através do método tradicional, ou seja, via prática do “ato sexual”.

Magnânimo, para Ed não há nenhum tipo preferencial de mulher: pode ser alta ou baixa, negra ou branca, gorda ou magra, rica ou pobre, olhos verdes ou castanhos, cabelo liso ou pixaim e por aí vai (ele "traça" todas, sem qualquer preconceito).

E a “coisa” parece que “pegou” de vez e de uma forma tal, porquanto o distinto garante que já engravidou mulheres na Holanda, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Inglaterra, Itália, Israel, França, Áustria, Canadá e Vietnã (de tais encontros, assegura que já vieram ao mundo mais de 100 filhos).

Pois bem, a fama do distinto é tanta que meses atrás Ed “pintou no pedaço” (Brasil) a fim de atender pedidos de mais de 100 (cem) mulheres no eixo São Paulo-Brasília-Rio de Janeiro (e a próxima parada, já agendada, será na longínqua China, onde já foi requisitado por dezenas de mulheres).

Todo gabola e picado pela mosca azul, o cosmopolita "GARANHÃO HOLANDÊS" garante que a qualidade e a quantidade dos seus espermatozoides são acima do normal, mas que... “essa rotina é muito estressante, já que eu perco um tempão nisso” (será que tá “abusando da fruta"???).

E atenção para o detalhe: o único custo para as mulheres que têm interesse em “encomendar” um rebento robusto e saudável é fornecer-lhe passagem (ida e volta) e estadia em hotéis cinco estrelas. Só isso, nada mais.

E aí, será que Ed Houben deixou algum fruto por aqui ??? As mulheres cearenses ficaram satisfeitas ???

quarta-feira, 10 de março de 2021

"MOVIDOS PELO ÓDIO" - José Nilton Mariano Saraiva

 Os que conhecem um pouco da história da humanidade certamente hão de lembrar que o “holocausto nazista” teve como mola propulsora e determinante o “ódio visceral” que Adolf Hitler devotava aos judeus de todo o mundo, porquanto, segundo ele, uma raça inferior, a ser exterminada definitivamente da face da Terra, independentemente de ser adulto ou criança, homem ou mulher, preto ou branco e por aí vai (assim, em poucos meses seis milhões deles serviram de cobaia e padeceram de experimentos horrorosos nas mãos dos carrascos nazistas, sem dó nem piedade, antes de serem encaminhados às câmaras de gás).


Guardadas as devidas proporções, mas com DNA idêntico (o “ódio visceral”) no Brasil dos dias atuais o mesmo tratamento foi adotado pelos integrantes da Operação Lava Jato contra o ex-presidente Lula da Silva e família; assim, todo tipo de atrocidades e desvios ilegais foram contra ele perpetrados, visando eliminá-lo de vez da vida pública (aqui, uma tortura “não física”, mas a seletiva e igualmente eficiente: a “tortura psíquica”).


Pra começar, o estupro ou roubo da própria identidade do ex-presidente, já que, de forma sarcástica e pejorativa, a ele se referiam apenas e tão somente como o “9” (ou “nine”, em inglês) em razão de ter apenas 9 dedos nas duas mãos (face ter perdido 1 deles num acidente de trabalho, como todos sabemos, quando ainda metalúrgico).


Exemplo: em mais uma tentativa de agradar ao chefe (Deltan Dallagnol) a procuradora Laura Tessler houvera redigido mais uma peça acusatória contra Lula da Silva e, quando advertida da absoluta falta de materialidade da mesma, força e barra, insiste e persiste, porque… VAI SER DIVERTIDO DETONAR UM POUQUINHO MAIS A IMAGEM DO 9”.


De outra parte, é sabido que, indistintamente, todos os presos em regime fechado têm o direito, previsto em lei, de acompanhar o enterro de familiares próximos (pai, mãe, filho, irmão e por aí vai).


Pois bem, quando do enterro do irmão mais velho, Vavá, Lula da Silva, que houvera sido preso a mando de Sérgio Moro (mesmo sem nenhuma prova) solicitou a competente autorização para comparecer ao enterro.


Então, a Polícia Federal emite um parecer afirmando que seria temerário liberá-lo, porquanto poderia ser sequestrado pela militância. Ao que um dos procuradores da Lava Jato (Januário Paludo, o decano) irônico e sarcástico, debocha: “O SAFADO SÓ QUER MESMO PASSEAR”.


Essas e outras revelações desumanas e asquerosas constam de diálogos no Telegram, e deixam claro que Moro, Dallagnol e demais procuradorizinhos raivosos, tal qual Adolf Hitler, agiam, sim… “MOVIDOS PELO ÓDIO” (em relação ao ex-presidente e familiares).













domingo, 7 de março de 2021

VAMOS MORRER BOVINAMENTE ???

 VAMOS MORRER BOVINAMENTE ??? - José Nilton Mariano Saraiva

Tivéssemos um dirigente com um mínimo de sensibilidade, discernimento, responsabilidade e respeito ao povo, quando o coronavírus começou a fazer o “estrago” que fez na China e na Europa, teríamos adotado medidas preventivas para recepcioná-lo quando aqui aportasse.

O que se viu, no entanto, foi o psicopata que está Presidente da República tentar fazer gracinha com coisa séria, ao rotulá-lo de uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, incapaz de atingir o Brasil (porquanto, asseverou, o brasileiro “toma banho até em água de esgoto e não adoece”).

Deu no que deu e, hoje, no entender de renomados cientistas de todo o mundo, o nosso país se acha na iminência de tornar-se o “celeiro” do vírus mortal e, pois, passível de ser isolado do resto do mundo, tornar-se um pária internacional (como, aliás, reverberou jubilosamente, dias atrás, o analfabeto que está Ministro das Relações Exteriores).

E bem que poderia ser diferente. Afinal, lá nos primórdios, quando o vírus mostrou seu transnacional apetite mortífero, o governo federal recebeu pelo menos 03 ofertas do Instituto Butantan, no tocante à vacina a ser usada para enfrentá-lo.

A primeira, em julho/2020, previa a possibilidade de entrega de 60.000.000 (sessenta milhões) de doses, ainda no último trimestre do ano passado; não houve interesse e, assim, pelo menos 30.000.000 (trinta milhões) de brasileiros deixaram de ser imunizados (com duas doses).

Uma segunda oferta foi feita no mês de agosto/2020, de 45.000.000 (quarenta e cinco milhões) de doses ainda naquele ano, e os 15.000.000 (quinze milhões) de doses restantes no primeiro trimestre de 2021; de novo, outra vez, novamente, não houve interesse (porque a vacina era “chinesa”).

Na terceira oferta, em novembro/2020, o Burantan aumentou o quantitativo para 100.000.000 (cem milhões) de doses; de novo, não houve retorno (mas, segundo declarou o medíocre e neófito general Ministro da Saúde, não havia necessidade de “tanta aflição”, porquanto não era o governo que tinha que ir atrás de vacinas, mas, sim, as farmacêuticas é que tinham a obrigação de vir oferecê-las).

Há que se destacar, ainda, que desde setembro do ano passado, já em pleno auge da pandemia, a farmacêutica Pfizer ofereceu ao governo brasileiro nada menos que 70.000.000 (setenta milhões) de doses da vacina contra o coronavírus. Mais à frente, aumentou tal quantitativo para 100.000.000 (cem milhões) de doses. A proposta também não foi aceita, nem houve justificativa para tal crime.

Hoje, quando o Brasil lidera o ranking dos atingidos pelo coronavírus, com absurdas 2.000 mortes diárias (com tendência de atingir 3.000 já, já) estamos a mendigar às farmacêuticas do mundo todo por um resto de vacina que exista (é que, como o governo brasileiro não se manifestou na época devida, outros

países tomaram o seu lugar na fila).

O resultado de tal descaso é que estamos praticamente com 270.000 mortes (e com tendência de, no ritmo galopante que vivenciamos, chegarmos dentro de pouco tempo aos 300.000 óbitos); de outra parte, o número de infectados já passou dos 10.000.000.

É evidente que o principal responsável por tal descalabro, pela omissão criminosa praticada, tem nome e endereço: Jair Messias Bolsonaro, Palácio do Planalto, Brasília-DF.

Por essa razão, é incompreensível que não tenha ainda surgido um movimento sério, de caráter nacional, objetivando interditar ou afastar esse psicopata incompetente da Presidência da República, pelo via judicial ou através das ruas (afinal, temos um autentico genocídio em execução).

Ou vamos esperar a morte chegar, bovinamente ??? Que povo mais frouxo e acomodado é esse, PQP ???

A propósito, aos que não lembram, “psicopata” é aquele ser... “possuidor de ‘sintomas de transtorno de personalidade antissocial’, que expressa insensibilidade em relação a outras pessoas, busca sempre o conflito, é extremamente egocêntrico e nunca demonstra sentir culpa, arrependimento ou remorso”.