TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Todo sempre agora

A vida já me passa a ser tãobém lembranças

Memórias a dançar num entremeio das mãos
No corpo trêmulo de umas dezilusões
A juventude(,) as exposições
Do Crato, suas paixões
A fé a pé, as praças da cidade
Os pátios milenares, a igreja da sé

Que saudade...

O Belmonte
O Granjeiro
O Serrano
O Lameiro

As águas místicas e seus ciclos em mim
Deusa-mulher, serpente de caldas sem fim

As mil e uma noites (e dias)
Os desejos no rosto
As loucuras sãs da idade latente
Vivi tudo, sim!
E hoje recordo contente.

O sorriso em câmera lenta, guardado
Que ainda me atenta ao pecado.

Profano e sagrado caminhos
Sejam’os juntos, nunca sozinhos

Tudo o que por mim passou
Ficou! Não foi embora.
Minha razão e juízo cantando
Os delírios eternos do todo sempre agora!

3 comentários:

socorro moreira disse...

Que lindo, Júnior !
Abraços !

... disse...

muito bonito...
gostei daqui! é bom saber que o nosso cariri ainda fervilha de cultura e poesia!

Carlos Rafael Dias disse...

Júnior, beleza, meu irmão.

Não sei se você já tá sabendo, mas estamos (eu e Marcos Leonel) desenvolvendo um projeto de lançamento de uma coletânea de poesia caririense e gostaríamos de contar com você. O procedimento é simples: escolha dez poemas seus e me envie (o e-mail está no perfil do blog tudo-fel.blogspot.com), até o final deste mês. Contamos com você.

Grande abraço, bróder!