TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 8 de novembro de 2008

VINHA SUTIL

Vinha de livros apertados nos seios
Vinha de passos tão curtos, com tão grande enleio
Vinha no compasso dos ventos, de brisas e minuanos
Vinha leve, líquida, aliás, vapor!Era o próprio ar.
Não era a pena, nem a escrita
Era o nascer na mente da própria poesia.Quem era? Era ela ora...ela era a própria poesia
Tinha os olhos de graúna, as vezes de abacate.
Tinha os passos ligeiros na dança
Tinha em seus cabelos tranças por toda parte
Tinha, tinha...tinha tanta coisa que esquecí de mim
Esquecí de mim...esquecí...

3 comentários:

socorro moreira disse...

A sutileza da poesia é tamanha às vezes , que só a descobrimos , depois que ela nos deixa !



Saudades , poetinha !

Antonio Sávio disse...

Obrigado pelo comentário Socorro. Saudades também.
Um forte abraço!

Marta F. disse...

Olá Sávio,
Quando ví Vinha sutil, pensei em uvas, mas não, tratava-se do passado do verbo vir...e olhos ora negros ora verdes, um dos dois era a lente de contato...
Ah, acho que poesia não é a melhor cantada (eu dizendo isto?)
Pois sim.