Sento-me
Sinto-me
E nesse sentimento louco
Solto-me
Alheia ao vão das coisas.
Sinto-me
E nesse sentimento louco
Solto-me
Alheia ao vão das coisas.
A prosa cala
A poesia fala,
Dança
Chora
Vibra e se enrosca
Aos sonhos.
A poesia fala,
Dança
Chora
Vibra e se enrosca
Aos sonhos.
Sento-me
Sirvo-me
Sorvo o som de alhures
Inspiro-me
Nos olhos que entrevejo
E sinto o medo
A arrastar-me incógnito
Pelos recônditos
De um amor silente.
Sirvo-me
Sorvo o som de alhures
Inspiro-me
Nos olhos que entrevejo
E sinto o medo
A arrastar-me incógnito
Pelos recônditos
De um amor silente.
Sento-me
Sirvo-me da palavra
Esse gesto incansável
Que me leva ao destino
Do que nunca terei...
Sirvo-me da palavra
Esse gesto incansável
Que me leva ao destino
Do que nunca terei...
Falo sozinha e
Busco uma resposta.
Busco uma resposta.
O mar e as encostas...
A sede e o sentido
Dessas palavras todas.
A sede e o sentido
Dessas palavras todas.
Sinto-me
E busco essa paz
Que me deixas
Sento-me
A devorar a noite
Em silêncio.
E busco essa paz
Que me deixas
Sento-me
A devorar a noite
Em silêncio.
Texto de Claude Bloc
3 comentários:
Claude,
quando sua alma começa sussurrando
versos silenciosos que se confundem
com a própria silhueta da noite
é bem natural que seu corpo também
acompanhe tal deslumbramento -
um suspiro, um engasgo, uma quietude dos cílios.
Lindo poema.
Abraços.
Domingos,
Adorei sua apreciação. Você leu direitinho as entrelinhas.
Grata pela presença.
Abraço,
Claude
Seu comentário é um poema...
Lindo!
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