Gostaria, mas isso é um gosto pessoal, que o blog fosse mais variado e menos preso a pequenos debates políticos que tanto apequenam as pessoas. Um pouco de poesia mas não tanto (e reafirmo que quando publicamos alguma coisa estamos dando nossa cara à tapa ou então deixamos trancadas na gaveta para obrigarmos as nossas visitas gentilmente lerem). Um pouco de cartum (como começou a aparecer agora)e alguns ensaios e algumas polêmicas que aumentem a temperatura da sala. Pois com diz a compositoras popular "O inverno em qualquer canto é quase glacial" - MAURÍCIO TAVARES EM COMENTÁRIO DE UM POST DE CARLOS RAFAEL.
Ao que o Maurício Tavares atribui um gosto pessoal, podemos definir como um norte de um blog coletivo. Diversidade de temas, de técnicas como o cartum, de pinturas quem sabe, fotos não é incomum, poesia e assim por diante. O importante é que se extraia de quem tem a capacidade de se expor (até mesmo para por a cara a tapa como ele diz) um volume de prática pois nela é possível maior clareza do que seria um painel da cultura regional. Não afirmo que ela exista, mas certo que existem as pessoas desta região e delas precisamos o estímulo.
Acho que sempre será um problema querermos reduzir algumas questões. Não precisamos alongar certas polêmicas ao infinito com aqueles duelistas (do conto de Joseph Conrad) mas nenhum tema no meu entender pode ser excluído. Por exemplo, o tema religioso, especialmente o catolicismo, é fundamental. Se ele não estivesse aqui neste blog, haveria uma falha de contexto, pois isso é bem da região. E mais ainda é do modo, de um certo arcaísmo, como tem sido apresentado. Acho até que falta uma vertente desta religiosidade, muito relevante, que é a religiosidade popular de Juazeiro.
As questões políticas nacionais e internacionais, as questões da gripe suína, da crise econômica mundial, não surgem por escolha, elas se impõem. O debate entre esquerda e direita, a questão que centraliza aspectos deste debate, que é o situacionismo ou a oposição ao Governo Lula, é cultura contemporânea que também se impõe. Mas aí há uma questão, como editar a temática, moderá-la para que guarde exposição com relevância ao mesmo tempo. Essa é uma das questões em que todos os blogs que conheço estão a cata de solução.
Eu só vejo um modo de buscarmos algo pelo menos próximo, é como diz o Maurício, dando a cara a tapa. Mas que poderia ser de algum modo invertida, dando tapa para que a cara apareça. Precisamos fazer com que a cara apareça. Sem resumir ao Maurício, mas é preciso que entendamos o que tem ocorrido aqui desde janeiro, quando o próprio Maurício elevou o tomo da crítica. Aquela postagem sobre a narcose das palavras tinha um endereço certo, não o conteúdo, pois ele é relevante e tem correspondência em muito comportamento contemporâneo, mas pelo endereçamento às palavra do Cazuza. Por isso Carlos Rafael estimulou os poetas a darem as caras no blog.
Mas o certo é que ambos, Maurício e Carlos na dialógica dos comentário chegaran a esta necessária formulação acima do Maurício. E aproveito para lembrar o Domingos Barroso, a Socorro Moreira, Claude Bloc que pouco têm visitado o Cariricult.
Ao que o Maurício Tavares atribui um gosto pessoal, podemos definir como um norte de um blog coletivo. Diversidade de temas, de técnicas como o cartum, de pinturas quem sabe, fotos não é incomum, poesia e assim por diante. O importante é que se extraia de quem tem a capacidade de se expor (até mesmo para por a cara a tapa como ele diz) um volume de prática pois nela é possível maior clareza do que seria um painel da cultura regional. Não afirmo que ela exista, mas certo que existem as pessoas desta região e delas precisamos o estímulo.
Acho que sempre será um problema querermos reduzir algumas questões. Não precisamos alongar certas polêmicas ao infinito com aqueles duelistas (do conto de Joseph Conrad) mas nenhum tema no meu entender pode ser excluído. Por exemplo, o tema religioso, especialmente o catolicismo, é fundamental. Se ele não estivesse aqui neste blog, haveria uma falha de contexto, pois isso é bem da região. E mais ainda é do modo, de um certo arcaísmo, como tem sido apresentado. Acho até que falta uma vertente desta religiosidade, muito relevante, que é a religiosidade popular de Juazeiro.
As questões políticas nacionais e internacionais, as questões da gripe suína, da crise econômica mundial, não surgem por escolha, elas se impõem. O debate entre esquerda e direita, a questão que centraliza aspectos deste debate, que é o situacionismo ou a oposição ao Governo Lula, é cultura contemporânea que também se impõe. Mas aí há uma questão, como editar a temática, moderá-la para que guarde exposição com relevância ao mesmo tempo. Essa é uma das questões em que todos os blogs que conheço estão a cata de solução.
Eu só vejo um modo de buscarmos algo pelo menos próximo, é como diz o Maurício, dando a cara a tapa. Mas que poderia ser de algum modo invertida, dando tapa para que a cara apareça. Precisamos fazer com que a cara apareça. Sem resumir ao Maurício, mas é preciso que entendamos o que tem ocorrido aqui desde janeiro, quando o próprio Maurício elevou o tomo da crítica. Aquela postagem sobre a narcose das palavras tinha um endereço certo, não o conteúdo, pois ele é relevante e tem correspondência em muito comportamento contemporâneo, mas pelo endereçamento às palavra do Cazuza. Por isso Carlos Rafael estimulou os poetas a darem as caras no blog.
Mas o certo é que ambos, Maurício e Carlos na dialógica dos comentário chegaran a esta necessária formulação acima do Maurício. E aproveito para lembrar o Domingos Barroso, a Socorro Moreira, Claude Bloc que pouco têm visitado o Cariricult.
6 comentários:
José do Vale Pinheiro Feitosa,
um forte abraço.
Tu sabes - já que certo dia sobre o deserto do meu blog pairaste - que continuo na extraordinária labuta da escrita.
A Poesia para mim, meu amigo, é uma questão fisiológica, metafísica e causa desconhecida.
Se há flatulências escrevo;
se um simplório objeto
ou um inseto distraído despertam-me outra essência escrevo;
se roo as unhas abismado com as sombras e a luz intensas escrevo.
Dei um tempo no Cariricult
por sentir um troço sei lá entende?
Garanto que não foi por falta de comentários aos meus poemas,
uma vez que no meu blog também reina um eterno vazio de visitas.
A Poesia é mais que o poeta
e muito mais além de quem a viceja
ou de quem a odeia.
José do Vale Pinheiro Feitosa,
um dia a gente bebe um vinho de bodega (me lembro de Marcos Vinicius Leonel) e observa as nuances poéticas que se espalham pelo cotidiano.
Um caloroso abraço.
Eu penso que a discussão política, desde que bem conduzida, não apequena ninguém.
Domingos
Duas pequenas perguntas: não gostar de poesia ruim é ou o mesmo que odiar poesia?
A mão que afaga é a mesma que apedreja?
Aristides
Concordo com você. Mas vejo muito no blog ( e quase sempre com respaldo em textos da Veja ou publicações similares)uma briguinha tipo Crato X Juázeiro que apenas reproduz posições fechadas e já conhecidas dos habituais postadores. Não vejo grandeza nessas discussões nem ao menos uma tentativa de troca de idéias.
José do Vale
Achei muito interessante sua análise sobre a necessidade de discussões religiosas no blog, inclusive a razão da predominância de um catolicismo conservador que deve refletir o quadro da região. Mas às vezes o blog parece um house organ da Igreja Católica.
Nota de esclarecimento: O inverno chegou na soterópolis. Isso significa que vou passar horas na frente do computador e com uma compulsão para comentar tudo que vejo pela frente. Quando fiz referência a canção de Adraina Calcanhoto que diz "que o inverno no Leblon é quase glacial" é porque o inverno no Porto da Barra é de uma ressaca fenomenal. A rima é pobre. E nem é uma solução.
Maurício,
poesia ruim é mulambo.
Já escrevi tantas.
Acordo de madrugada,
esbofeteio-me -
"Merda! Que poesia fuleira!"
Sou perdoado,
quando acerto na mosca
e ainda consigo vê-la tonta
debatendo-se por entre as pernas da cadeira.
De fato,
a mão que afaga apedreja
e muitas vezes até coçam os ovinhos murchos.
Também tenho esperança de um dia
beber contigo um vinho de bodega.
Teu espírito sagaz é louvável,
meu camarada.
Um forte abraço.
House organ da igreja católica é pouco, rsrsrsrs.
Ainda acredito que quem publica comentado em públçico será.
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