TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cadê a TFP?






Fundação e História da TFP
Em setembro de 1928, aos 19 anos, Plinio Corrêa de Oliveira, então jovem universitário, participa do Congresso da Mocidade Católica, onde toma o primeiro contato com as Congregações Marianas, nos primórdios da expansão destas. Nelas encontraria ambiente receptivo para as idéias e os ideais que desde menino vinham se formando em seu espírito. Ali tinha início a nobre gesta de sua vida pública. Desde logo ele se fez notar pelos dons com que a Providência o favorecera, despontando como conferencista, orador e homem de ação. Em pouco tempo se tornou o principal líder do Movimento Católico no Brasil. Em 1929, pouco antes de diplomar-se em ciências jurídicas e sociais, ainda quartanista na renomada Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo — tida na época como baluarte do laicismo — coordenou alguns congregados marianos e fundou a Ação Universitária Católica (AUC). Esta se tornou em breve uma realidade vitoriosa da vida acadêmica de então, estendendo-se rapidamente para as demais escolas superiores de São Paulo.

Fundação da TFP Brasileira
Da expansão desse núcleo inicial, remanescente do “Legionário”, nasceu, em 1960, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Um mundo que tinha voltado as costas ao passado, levantar um estandarte em torno dessa trilogia era tal ousadia que muitos a consideravam até uma demência, votada fatalmente ao fracasso. Hoje, essa tríade — Tradição, Família, Propriedade — é, nos cinco continentes, um ponto de referência. A TFP recorda continuamente que só na fidelidade aos princípios eternos da verdade revelada, ensinada pela Santa Igreja Católica, será possível construir uma autêntica civilização, ou seja, a Civilização Cristã.

Elogios
Como Presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira escreveu, em 1943, seu primeiro livro, Em defesa da Ação Católica, prefaciado pelo então Núncio Apostólico no Brasil, D. Bento Aloisi Masella, mais tarde Cardeal Camerlengo da Santa Igreja. A obra é uma análise perspicaz e penetrante dos primórdios da Ação Católica.
A calorosa carta de louvor dirigida ao autor de Em defesa da Ação Católica, escrita em nome de Pio XII por Monsenhor J. B. Montini, então substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, futuro Papa Paulo VI, constituiu uma eloqüente confirmação, de parte da suprema autoridade eclesiástica, das teses contidas no livro, como atestam as seguintes passagens:
Sua Santidade regozija-se contigo porque explanaste e defendeste com penetração e clareza a Ação Católica (...)”.
“O Augusto Pontífice de todo o coração faz votos que deste teu trabalho resultem ricos e sazonados frutos, e colhas não pequenas nem poucas consolações. E como penhor de que assim seja te concede a Bênção Apostólica”.
Estavam estabelecidas as condições para a formação da futura TFP. Com os membros do “grupo do Plinio” — como era conhecido o núcleo congregado em torno do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira para a redação e publicação do semanário “O Legionário”— lançou Dr. Plínio o prestigioso mensário de cultura “Catolicismo”, que se tornou um dos pólos de pensamento da imprensa católica do Brasil, e cujo renome atravessou as fronteiras do País e transpôs os oceanos. Em torno dele tornou-se um movimento de opinião mais amplo que ficou conhecido como grupo de “Catolicismo”.

Críticas
Devido a suas posturas em relação à fé católica e à política, a organização sofreu críticas em 1985, por parte da ala progressista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), com um documento que apontava entre outros motivos aqueles que impediriam os católicos de colaborarem e se filiarem a esta instituição. Segue-se abaixo a declaração:
"É notória a falta de comunhão da TFP com a Igreja no Brasil, sua Hierarquia e com o Santo Padre. O seu caráter esotérico, o fanatismo religioso, o culto prestado à personalidade de seu chefe e progenitora, a utilização abusiva do nome de Maria Santíssima, conforme notícias veiculadas, não podem de forma alguma merecer a aprovação da Igreja. Lamentamos os inconvenientes decorrentes de uma sociedade civil que se manifesta como entidade religiosa católica, sem ligação com os legítimos pastores. Sendo assim, os Bispos do Brasil exortam os católicos a não se inscreverem na TFP e não colaborarem com ela". (Itaici, 18 de abril de 1985 Bispos do Brasil Reunidos na 23ª Assembléia Nacional da CNBB ).
A CNBB nunca aplicou a excomunhão sobre os membros da TFP.
Fonte : Wikipédia

P.S- Os mais velhos devem ainda se lembrar dos intrépidos soldados da TFP, nos anos 60-70, enclausurados, cabelo cortado no zero e desfilando pelas ruas defendendo seus ideais esdrúxulos. Tinham medo de mulher como o cão da cruz. Dizia o "Pasquim" que eles eram os campeões mundiais do onanismo, se acabavam na mão como colher de pedreiro. Onde eles se encontram hoje? Por que não combatem o MST? E os bravos soldados daquela época que fazem hoje da vida? Casaram? Deixaram o "cinco a um"? Onde estão? Depois da queda do muro já não tem mais sentido as suas vidas? Em que partido hoje estão filiados? Perguntas, perguntas, perguntas...

Que descanse em paz!

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois dos Arautos do Evangelho(pe. Jão Scognamiglio Clá Dias), a Tradição, Família e Propriedade parece que absorveu o mais vigoroso ostracismo. É difícil imaginar que dentro de uma instituição que empunha tanto a bandeira da caridade e tantas coisa afins, e isso pode parecer um argumento tolo, possua correntes que alimentem uma rivalidade dígna de partidos políticos. Deixa pra lá.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Zé Flávio,

Consta que um rapaz estudioso mas de família pouco remediada entrou para a TFP. A melhor fase da vida no Crato e o gesso era a certeza de que a Família estaria salva com a ação desta organização. Dedicado, casto e militante vai ao Recife.

Naquele ambiente mudano é levado à zona por sedução dos demônios que moravam nos corpos dos colegas de república. Afinal com alguma quebra de tabu vai o nosso casto ao quatro com as promessas da carne. Os colegas tomando umas e outras na aguarda dos resultados. Estão nas apostas quando um grito toma conta do Cabaret:

VIVA NOSSA SENHORA DA PENHA!