Na semana que passou os meus ouvidos ganharam de presente uma sonora maratona de música erudita por conta do XV Rio International Cello Encounter. A culminância deu-se na Igreja da Candelária, no domingo, dia 24, com a apresentação do Octeto de Violoncelos de Turim. A arte barroca das imagens beatas, o luxo dourado dos portais, a beleza colorida e hipnótica dos vitrais e o apelo religioso daquele monumento arquitetônico católico, aliado ao primor dos sons das cordas dos violoncelos ao executar a Ária na Corda de Sol, de J.S.Bach, me comoveram de forma tal que transcendi. A perfeição daquele sublime momento me fez morrer e renascer outra vez, de outro jeito, melhor. O concerto, que também incluiu peças de Villa-Lobos no repertório, recebeu os aplausos de uma entusiasmada platéia impressionada com a performance primorosa do grupo da musical cidade italiana.
Momento especial nos reservou o virtuoso octeto no bis obrigatório: Day Tripper, dos Beatles, soou como uma oração psicodélica dentro daquela nave cristã.
Depois do concerto, outro momento mágico: pela primeira vez me encontrei “tête-à-tête” com o até então virtual amigo José de Vale Pinheiro Feitosa, que estava acompanhado de esposa, filho, irmã e cunhado. Já havíamos combinado o encontro na Candelária, mas só depois do concerto é que nos avistamos (também na foto, de chale no pescoçõ, minha irmã Iracema).
Um abraço fraterno antecedeu a nossa eufórica conversa sobre o CaririCult e outros projetos culturais ao sabor de um café expresso no Centro Cultural BB, bem perto da igreja. Um bom começo para o que pode vir. Ja marcamos novo encontro para a próxima e última semana minha aqui no Rio. Grande Zé do Vale!
2 comentários:
Olha só o encontro do ano. Como já dizia um samba de George Lucceti, da época dos festivais da canção do Crato: até as pedras se encontram...
Parabéns aos dois pela oportunidade do encontro.
Abraço,
Claude
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