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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

PSDB deve representar contra Renan por bate-boca com Tasso Jereissati



Marina Mello
Direto de Brasília


A bancada do PSDB no Senado pode entrar com uma representação no Conselho de Ética contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) por causa do bate-boca desta quinta-feira no Plenário da Casa entre ele e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

De acordo com o senador, o partido requisitou o áudio da discussão na qual Renan teria feito uso de palavras de baixo calão para avaliar se entra ou não com a representação. "O nível da tropa de choque passou dos limites. Ele me chamou de coronel de m***, todo mundo ouviu", disse o senador Tasso. "Na verdade, desde o início do recesso há uma ação com uma série de ameaças da tropa de choque querendo nos impedir de falar e de nos manifestar. Não vamos permitir isso."

Bate-boca
A discussão começou quando Renan apontou para Tasso e disse "minoria com complexo de maioria", se referindo aos pedidos da oposição para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deixe o cargo. "Não aponte seu dedo sujo pra mim", respondeu o tucano. Fora do microfone, o peemedebista chegou a chamar o colega de "coronel cangaceiro de terceira categoria".

A partir daí os dois começaram uma troca de ofensas: "dedo sujo é o seu que fica usando jatinho com dinheiro do Senado", disse Renan. "O jato é meu, tenho dinheiro pra pagar, não é dos que você anda com seus empreiteiros", respondeu Tasso.

"Coronel cangaceiro é o senhor", disse Tasso após ouvir o que disse Renan fora do microfone. Renan então respondeu, mas o som do microfone foi cortado e Tasso pediu para suspender a sessão.

Sarney é alvo de uma série de denúncias de irregularidades na gestão da Casa, entre elas de participação no caso dos atos administrativos não publicados - conhecidos como atos secretos. As acusações levaram a um disputa entre os parlamentares que defendem a saída de Sarney e os que querem a permanência do peemedebista.

Ontem, o presidente do Senado se defendeu das denúncias de irregularidades que enfrenta. Em um discurso de 48 minutos, o peemedebista disse que fica no cargo, lembrou sua história na política e negou, por exemplo, ter praticado nepotismo ou estar envolvido em desvio de recursos da fundação que leva seu nome.


Fonte: Terra

Um comentário:

Vladimir Lacerda disse...

Não entendo como um homem de respeito como um Senador da República pode chamar a um outro senador de "coronel de merda" mesmo sendo ele um Coronel de merda.