não mexo o traseiro
da cadeira giratória
mudei de túnica
tirei os tênis
meus pés
sobre os chinelos
buscam cumplicidade
nas correias frágeis
nessas horas
em que a maçã mordida
mostra ainda mais sua carne
tiro as dúvidas
da minha alma
da minha morte
sei que a vida mente
sei que a gripe passa
não mexo o traseiro
da cadeira giratória
fico quieto na alcova
com meus calafrios
com minha febre
pavio consumido
é sempre amigo
das chamas.
2 comentários:
Poeta-camarada e irmão,
Saúde e Poesia!
Abraço-te a alma,
meu irmão e meu camarada.
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