CANTO DE PRAÇA
Outro dia ele passeava pelas ruas tortas e sujas da cidade
e se deparou com uma ponta de vento que soprava malucamente,
espalhando lixo e jogando cisco nas vistas de quem ousasse a desconsiderar.
Pois foi que um cisquinho de nada fez correr uma lágrima que não era de choro, mas tinha o mesmo sabor salgado do choro da saudade.
E um furacão de imagens lhe veio à croa sem se importar com o trânsito da lucidez e, sem permissão do tempo, sentou-se num banco num canto de praça e curtiu a solidão, lembrando do cheiro da flor de outro dia...
Cacá Araújo - 2007
2 comentários:
Cacá,
amigo de Poesia, Vida e Sangue -
belas imagens e uma sonoridade própria.
Um forte abraço.
cinematográfica imagem!
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