Vamos por partes para não criar problemas de conjunto. Numa destas viagens freqüentes entre o nordeste e o sudeste, tivemos a companhia de uma mãe com duas crianças com destino a Belém. Ela vinha da Alemanha, era casada e criava os filhos na fronteira com a Dinamarca. Na verdade o marido morava na Alemanha, mas trabalhava na Dinamarca e tinha direito de educar os filhos neste país.
O casal optara por educar os filhos numa escola dinamarquesa, ao invés da alemã, dado a relação professor aluno. Na Dinamarca cada sala de aula tinha seis a oito alunos, enquanto na Alemanha isso era mais que o dobro. Eles viam nesta concentração por sala uma vantagem relativa em termos de aprendizagem.
No Brasil esta questão foi objeto de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, definindo que o número máximo de alunos em turmas do ensino médio e dos quatro últimos anos do ensino fundamental não pode ultrapassar 35 alunos por turma. Já este número para os primeiros cinco anos do ensino fundamental seria limitado a 25 alunos.
Por qual razão abordo o assunto? É que houve uma abordagem salutar não desta questão especificamente, mas sobre o quantitativo de alunos necessários para a existência de uma escola. Salutar por que o assunto foi provocado pelo Pedro Esmeraldo em face do fechamento da escola Maria Amélia. E como tal foi respondido pelo Prefeito Samuel Araripe pelo menos no Blog do Cariri Agora por uma postagem do Dihelson Mendonça.
A primeira questão é que, democraticamente, o Prefeito do Crato ofereceu à sociedade uma visão de sua gestão de qual seja a viabilidade da existência de uma escola em termos do tamanho de alunos. Segundo o prefeito o próprio FUNDEB criou esta espécie de paradigma, qual seja uma escola não pode ter menos de 500 alunos sobre pena dr “ficar inviabilizada por conta da estrutura. Então, quanto mais alunos, melhor. Essa lei do FUNDEB é uma lei perfeita, então quanto mais alunos, mais recursos aquela escola recebe, e conseqüentemente, melhor estrutura.”
Isso é importante pela oportunidade dos munícipes levantar uma série de questões para a administração municipal. A primeira e mais básica é que não cabe ao cidadão a responsabilidade para encher uma escola com alunos como solicitou, politicamente, o prefeito a Pedro Esmeraldo. Este assunto é da gestão pública, mas cabe, como foi o caso, explicar por que a fechou e não a reabrirá.
A segunda questão é que permite levantar contradições, com base na realidade da ocupação territorial da população no município do Crato e confrontá-la contra o paradigma oriundo da forma de distribuição dos recursos do FUNDEB. Isso é particularmente verdade para comunidades pequenas, em que não se tenham quinhentas crianças ou mesmo as 250 pedidas para Pedrinho “gerar”. Qual será a política da prefeitura nestes casos: condução escolar, concentração territorial de alunos etc.?
Enfim Pedro Esmeraldo e Samuel Araripe abriram um debate salutar e cabe à sociedade desdobrá-lo com toda capacidade de argumentação e espírito público que se espera da construção de um futuro melhor para a cidade e seus cidadãos.
O casal optara por educar os filhos numa escola dinamarquesa, ao invés da alemã, dado a relação professor aluno. Na Dinamarca cada sala de aula tinha seis a oito alunos, enquanto na Alemanha isso era mais que o dobro. Eles viam nesta concentração por sala uma vantagem relativa em termos de aprendizagem.
No Brasil esta questão foi objeto de aprovação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, definindo que o número máximo de alunos em turmas do ensino médio e dos quatro últimos anos do ensino fundamental não pode ultrapassar 35 alunos por turma. Já este número para os primeiros cinco anos do ensino fundamental seria limitado a 25 alunos.
Por qual razão abordo o assunto? É que houve uma abordagem salutar não desta questão especificamente, mas sobre o quantitativo de alunos necessários para a existência de uma escola. Salutar por que o assunto foi provocado pelo Pedro Esmeraldo em face do fechamento da escola Maria Amélia. E como tal foi respondido pelo Prefeito Samuel Araripe pelo menos no Blog do Cariri Agora por uma postagem do Dihelson Mendonça.
A primeira questão é que, democraticamente, o Prefeito do Crato ofereceu à sociedade uma visão de sua gestão de qual seja a viabilidade da existência de uma escola em termos do tamanho de alunos. Segundo o prefeito o próprio FUNDEB criou esta espécie de paradigma, qual seja uma escola não pode ter menos de 500 alunos sobre pena dr “ficar inviabilizada por conta da estrutura. Então, quanto mais alunos, melhor. Essa lei do FUNDEB é uma lei perfeita, então quanto mais alunos, mais recursos aquela escola recebe, e conseqüentemente, melhor estrutura.”
Isso é importante pela oportunidade dos munícipes levantar uma série de questões para a administração municipal. A primeira e mais básica é que não cabe ao cidadão a responsabilidade para encher uma escola com alunos como solicitou, politicamente, o prefeito a Pedro Esmeraldo. Este assunto é da gestão pública, mas cabe, como foi o caso, explicar por que a fechou e não a reabrirá.
A segunda questão é que permite levantar contradições, com base na realidade da ocupação territorial da população no município do Crato e confrontá-la contra o paradigma oriundo da forma de distribuição dos recursos do FUNDEB. Isso é particularmente verdade para comunidades pequenas, em que não se tenham quinhentas crianças ou mesmo as 250 pedidas para Pedrinho “gerar”. Qual será a política da prefeitura nestes casos: condução escolar, concentração territorial de alunos etc.?
Enfim Pedro Esmeraldo e Samuel Araripe abriram um debate salutar e cabe à sociedade desdobrá-lo com toda capacidade de argumentação e espírito público que se espera da construção de um futuro melhor para a cidade e seus cidadãos.
2 comentários:
Talvez a possibilidade em conseguir agrupar as 250 crianças, seja tarefa difícil. É mais ou menos como também então criança, meus tio Rui lá no sítio "saquinho", em certa manhã ensolarada, vários sobrinhos, ele bradava, Tenho uma nota de "cinco" reais, quem quer!!! a meninada se alvoroçava - vou jogar, não, vou fazer mais fácil - então amarrava a nota em um burro brabo e dizia - "quem pegar a nota será sua"...brincadeira, né!
A educação é salutar para o desenvolvimento de nosso país e o MEC, juntamente com os governos estaduais, federais e municipais estão aliados em prol da melhoria e qualidade da educação pública brasileira. Inúmeros projetos são lançados desde a condução dos alunos até a sala de aula, e da manutenção dos mesmos em sala. Porém por mais que se invista na educação pública os governos e as instituições responsáveis pelo ensino no Brasil, deixam muito a desejar em relação as estatísticas de alunos em uma sala de aula. Será que o rendimento escolar de uma sala de aula com 35 alunos seria satisfatório? Acredito que não, ademais quando se trata de uma sala de aula de crianças que estão ainda no 1º ano do Ensino Fundamental, digo isto, por que fiz estágio em uma delas e até hoje substituo a professora efetiva. O projeto trabalhado nesta sala tem por nome: “Aprender a ler na hora certa” – por sinal muito bom o projeto e muito dinheiro investiram-se no mesmo, pois o material é de qualidade extraordinária. Porém dos 35 alunos desta sala, atendidos pelo projeto, apenas 20 conseguem dominar razoavelmente a leitura. Resultado, como o município e o estado não reprova, os outros 15 terão que passar para a série seguinte, mesmo sem aprender a ler. Concluindo: penso que 20 ou 25 alunos por sala seria mais do que suficiente, uma vez que o estado, as instituições de ensino e a educação ganhariam muito mais com isto, pois os resultados seria mais satisfatório em relação a “enes coisa” ex: O rendimento escolar seria melhor, o domínio de sala seria mais fácil, O professor ficaria menos extasiado e estressado o que dificulta na relação professor-aluno, o índice de analfabetismo funcionais diminuiria, uma vez que atender 20 alunos não se compara a atender a 35 e assim por diante. E sem falar nas instituições responsáveis pelo ensino, ganharia muito mais prestígio e economizariam “grana”.
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