(... e por falar em Avallon, Abidoral Jamacaru, Geraldo Urano, Festival Regional da Canção do Cariri, etc. e tal)
Eu não duvido que muitas canções de ninar foram entoadas pela minha mãe, minhas irmãs e minha babá Adalva para me acalentar na hora de dormir. Mas sempre acordava com a voz de tenor dramático do meu pai abrindo, ainda de madrugada, as enormes portas e janelas do nosso casarão do Araripe. Meu pai cantava e encantava quem o ouvia. A cidade, ainda hoje, fala das suas serenatas e daquela sua interpretação de “sertaneja” ou “patativa” a la Vicente Celestino. Assim, o meu gosto pelo canto e a dramaticidade na voz tomei-os emprestados dele e hoje se revelam mais claramente quando interpreto músicas da Violeta Parra, Pablo Milanes, Atahualpa Yupanqui, Vitor Jara e outros compositores do cancioneiro latino-americano.
Ainda criança, já em Juazeiro do Norte/CE, com mais três garotos formamos uma pequena banda (dois violões, uma bateria feita de caixas de chapéus e eu era o crooner) que tinha no repertório apenas duas músicas: “Day Tripper” dos Beatles e “Satisfation” dos Rollings Stones. Nós éramos verdadeiramente aqueles garotos que amavam os Beatles e os Rollings Stones! A estréia da banda foi numa festa de aniversário na casa da Dona Maria Amélia Bezerra, mãe doo governador do Ceará, na época. O sucesso foi imediato e alimentou a nossa disposição para “futuros trabalhos”! Fomos convidados para muitos outros aniversários. A cada apresentação iam para o espaço três caixas de chapéus e dois textos de panela. -Menino, cadê o texto dessa panela que estava aqui? – era a reclamação habitual de cada uma de nossas mães. A fama e a banda duraram até esgotarmos todas as caixas de chapéus do comércio da cidade e sermos proibidos de entrar em qualquer cozinha!
Adolescente, com os meus amigos e o patrocínio dos pais de um deles, Dona Neuza e Seu Expedito, montamos uma banda de verdade: guitarras e contra-baixo Giannini, Bateria Saema, amplificadores “tremendões” e microfones “dinamic”. Chegamos ao ápice! Agora éramos os The Hunters (Os Caçadores)! Animamos muitas tertúlias pelo Cariri afora e disputamos espaço e garotas com a outra banda da cidade, “Os barulhentos”, cuja cronner – Diana- arrasava os corações de todos nós, inclusive o meu. Quando ela cantava Dio come ti amo era mais expressiva que a Gigliola Sinquetti! Que tempos aqueles... tempo de caçar, procurar, descobrir. Aí... parei de cantar na banda! Entrei naquela fase engraçada de falar fino e grosso ao mesmo tempo e, como vaticinou Dr.Nei, pediatra famoso no Juazeiro: “ou esse menino para de cantar temporariamente ou fará estragos irreversíveis nas suas cordas vocais! Desisti da banda. Depois, retomei minha carreira de cantante no Grupo Desafio – um grupo de jovens em torno de uma professora de português “comunista” – a inesquecível Maria dos Remédios - que nos ensinou a protestar e a lutar armados da música, da poesia e do teatro contra o regime ditatorial vigente no país. Foi aí que descobri a música de Geraldo Vandré, Chico Buarque, Edu Lobo, Sérgio Ricardo, recitei Thiago de Mello, Ferreira Gullar e montei peças de Martins Penna, Bertold Brecht, Millor Fernandes, dentre outros.. O Grupo Desafio marcou positiva e definitivamente a minha vida de adolescente e adulto. Quando se desfez, diante da perseguição ferrenha à nossa regente - chegou ao absurdo de ser “convidada” a sair da cidade -, ficamos perdidos com a ausência de tão forte e sábia liderança! Resistimos ainda por algum tempo até... o fim!
Quando a minha família passou a residir em Crato/CE, começou outra história, a dos Festivais. O ano era 1971. Cheguei ao Crato um tanto abestalhado, tendo que enfrentar o bairrismo gerado pela rivalidade entre Crato (dos pequizeiros) e Juazeiro (dos romeiros). Foi ai que meu irmão (padre Salatiel) que era vigário de Ponta da Serra me sugeriu participar das reuniões do Movimento de Juventude ligado a Igreja Católica. Passei a freqüentar o grupo aos domingos, às três da tarde, no Palácio Episcopal. Os encontros eram muito chatos, comparados a minha experiência anterior de Grupo Desafio. Discussões intermináveis giravam em torno de trechos da Bíblia! Foi aí que começou uma estória boa. Neste ambiente encontrei Geraldo Palitó (depois Ghandi, Efe, Batista, Urano...) que já ensaiava ser poeta. Unimos nossas inquietações e provocamos diferentes mudanças no Movimento de Juventude, abrindo um leque de novas ações dentro e fora do grupo. Criamos um grupo que cantava música popular durante as missas na Sé Catedral. Ah! Foi aí que apareceu outra figurinha carimbada: o Abidoral Jamacaru que nos acompanhava com o seu violão, incentivado pelo irmão Roberto. Após inúmeros encontros e ensaios um quarteto se constituiu: Eu, Geraldo Urano, Abidoral e Hobert (apresentado pelo Abidoral). Montamos um pequeno repertório e escrevemos esquetes que passamos a apresentar em creches e festas paroquiais.
Em plena efervescência de idéias novas a de maior impacto foi conceber a realização do Festival Regional da Canção - o momento seminal da musicalidade contemporânea caririense.. Nestes festivais, realizados anualmente, o nosso quarteto, agora denominado O Cacto, virou sexteto agora com Chico Carlos, na bateria e Louro –outro irmão de Abidoral - no violão solo. Arrebatamos muitos prêmios nesses festivais. Pela minha experiência de palco me tornei o crooner oficial do Cacto e minhas interpretações, enriquecidas por elementos do teatro foram antológicas. Pasmem: criaram um júri externo que ouvia as músicas pelas transmissões radiofônicas evitando que o júri do festival sofresse a influência de minha performance no palco! De nada adiantou. Quando cantei num desses festivais a canção É preciso cantar e toda a platéia aplaudiu de pé, entendi o que Andy Wharol queria dizer sobre “os quinze minutos de fama” que temos direito na vida. Os festivais da canção do Cariri deixaram muitas saudades. Até hoje o seu retorno é cobrado por músicos, intérpretes e pelo grande público que enxergava nele uma espécie de vitrine autêntica da nossa potencialidade artística. Mas a roda vida nos levou para outros movimentos.
Nas minhas mudanças e andanças em busca não apenas de uma profissão, mas inclusive de um sentido maior para a minha vida de uma forma holística, saí do Crato para São Paulo, depois para Recife, quando musiquei Canção de Fogo, de Bráulio Tavares. Em Fortaleza, onde me dediquei mais ao teatro e montei com Javan Franco Dois Homens na Mina, de Henrique Buenaventura e participei do movimento literário Nação Cariri e, também com Rosemberg Cariry, fiz o primeiro registro cinematográfico (ainda em super 8) sobre a vida do grande poeta Patativa do Assaré. No Rio de Janeiro estudei canto e participei de oficinas de teatro Circo Voador.
No final dos anos 80, de volta ao Crato, retomei os meus processos artísticos a partir do envolvimento com o jornal literário Folha de Pequi, dirigido pelo Carlos Rafael Dias. Com Rafael fundei a OCA - Officinas de Cultura e Artes & produtos derivados, com a missão de promover oficinas de teatro, coral (Boca de Sapo), produzir shows, exposições de artes plásticas (Salão de Outubro, Viva Setembro), incentivar a anarquia das bandas de rock (Pombos Urbanos) e até, como se fosse possível, organizar os movimentos culturais do sul cearense (Movimento Cultural Confederação dos Cariris: que belo cartaz do Normando!). Dessa época temos a produção do primeiro registro fonográfico de peso da nossa geração: o impagável Avallon, de Abidoral Jamacaru. O meu papel de artista sofria as limitações impostas por 8 horas de trabalho diário no Banco do Brasil S.A., levando-me a equacionar os meus interesses financeiros e pessoais com a opção forçada pela concentração de minhas forças como produtor e articulador cultural. Mesmo assim, passei seis meses licenciado do banco para produzir em São Paulo (garimpar músicos, definir repertório, contratar estúdio, acompanhar gravação, masterização, contratar prensagem, etc. e tal). Tudo vale a pena quando não se tem a alma pequena!
Fiquei muito tempo fora dos palcos e isso passou a inquietar-me. Foi então que concebi o espetáculo Soy Loco por Ti América Latina que marcou definitivamente minha volta aos palcos como intérprete ! Já estávamos nos anos 90. Com cheiro de anos 80 fiz o CD- Contemporâneo (2004)- meu primeiro disco solo e show - que representam o meu vívido percurso e plasmam de forma contundente todos os elementos que alimentaram as forças que movimentaram esta deslumbrante e musical roda da minha vida.
Luiz Carlos Salatiel
Rio, agosto 2007
Ainda criança, já em Juazeiro do Norte/CE, com mais três garotos formamos uma pequena banda (dois violões, uma bateria feita de caixas de chapéus e eu era o crooner) que tinha no repertório apenas duas músicas: “Day Tripper” dos Beatles e “Satisfation” dos Rollings Stones. Nós éramos verdadeiramente aqueles garotos que amavam os Beatles e os Rollings Stones! A estréia da banda foi numa festa de aniversário na casa da Dona Maria Amélia Bezerra, mãe doo governador do Ceará, na época. O sucesso foi imediato e alimentou a nossa disposição para “futuros trabalhos”! Fomos convidados para muitos outros aniversários. A cada apresentação iam para o espaço três caixas de chapéus e dois textos de panela. -Menino, cadê o texto dessa panela que estava aqui? – era a reclamação habitual de cada uma de nossas mães. A fama e a banda duraram até esgotarmos todas as caixas de chapéus do comércio da cidade e sermos proibidos de entrar em qualquer cozinha!
Adolescente, com os meus amigos e o patrocínio dos pais de um deles, Dona Neuza e Seu Expedito, montamos uma banda de verdade: guitarras e contra-baixo Giannini, Bateria Saema, amplificadores “tremendões” e microfones “dinamic”. Chegamos ao ápice! Agora éramos os The Hunters (Os Caçadores)! Animamos muitas tertúlias pelo Cariri afora e disputamos espaço e garotas com a outra banda da cidade, “Os barulhentos”, cuja cronner – Diana- arrasava os corações de todos nós, inclusive o meu. Quando ela cantava Dio come ti amo era mais expressiva que a Gigliola Sinquetti! Que tempos aqueles... tempo de caçar, procurar, descobrir. Aí... parei de cantar na banda! Entrei naquela fase engraçada de falar fino e grosso ao mesmo tempo e, como vaticinou Dr.Nei, pediatra famoso no Juazeiro: “ou esse menino para de cantar temporariamente ou fará estragos irreversíveis nas suas cordas vocais! Desisti da banda. Depois, retomei minha carreira de cantante no Grupo Desafio – um grupo de jovens em torno de uma professora de português “comunista” – a inesquecível Maria dos Remédios - que nos ensinou a protestar e a lutar armados da música, da poesia e do teatro contra o regime ditatorial vigente no país. Foi aí que descobri a música de Geraldo Vandré, Chico Buarque, Edu Lobo, Sérgio Ricardo, recitei Thiago de Mello, Ferreira Gullar e montei peças de Martins Penna, Bertold Brecht, Millor Fernandes, dentre outros.. O Grupo Desafio marcou positiva e definitivamente a minha vida de adolescente e adulto. Quando se desfez, diante da perseguição ferrenha à nossa regente - chegou ao absurdo de ser “convidada” a sair da cidade -, ficamos perdidos com a ausência de tão forte e sábia liderança! Resistimos ainda por algum tempo até... o fim!
Quando a minha família passou a residir em Crato/CE, começou outra história, a dos Festivais. O ano era 1971. Cheguei ao Crato um tanto abestalhado, tendo que enfrentar o bairrismo gerado pela rivalidade entre Crato (dos pequizeiros) e Juazeiro (dos romeiros). Foi ai que meu irmão (padre Salatiel) que era vigário de Ponta da Serra me sugeriu participar das reuniões do Movimento de Juventude ligado a Igreja Católica. Passei a freqüentar o grupo aos domingos, às três da tarde, no Palácio Episcopal. Os encontros eram muito chatos, comparados a minha experiência anterior de Grupo Desafio. Discussões intermináveis giravam em torno de trechos da Bíblia! Foi aí que começou uma estória boa. Neste ambiente encontrei Geraldo Palitó (depois Ghandi, Efe, Batista, Urano...) que já ensaiava ser poeta. Unimos nossas inquietações e provocamos diferentes mudanças no Movimento de Juventude, abrindo um leque de novas ações dentro e fora do grupo. Criamos um grupo que cantava música popular durante as missas na Sé Catedral. Ah! Foi aí que apareceu outra figurinha carimbada: o Abidoral Jamacaru que nos acompanhava com o seu violão, incentivado pelo irmão Roberto. Após inúmeros encontros e ensaios um quarteto se constituiu: Eu, Geraldo Urano, Abidoral e Hobert (apresentado pelo Abidoral). Montamos um pequeno repertório e escrevemos esquetes que passamos a apresentar em creches e festas paroquiais.
Em plena efervescência de idéias novas a de maior impacto foi conceber a realização do Festival Regional da Canção - o momento seminal da musicalidade contemporânea caririense.. Nestes festivais, realizados anualmente, o nosso quarteto, agora denominado O Cacto, virou sexteto agora com Chico Carlos, na bateria e Louro –outro irmão de Abidoral - no violão solo. Arrebatamos muitos prêmios nesses festivais. Pela minha experiência de palco me tornei o crooner oficial do Cacto e minhas interpretações, enriquecidas por elementos do teatro foram antológicas. Pasmem: criaram um júri externo que ouvia as músicas pelas transmissões radiofônicas evitando que o júri do festival sofresse a influência de minha performance no palco! De nada adiantou. Quando cantei num desses festivais a canção É preciso cantar e toda a platéia aplaudiu de pé, entendi o que Andy Wharol queria dizer sobre “os quinze minutos de fama” que temos direito na vida. Os festivais da canção do Cariri deixaram muitas saudades. Até hoje o seu retorno é cobrado por músicos, intérpretes e pelo grande público que enxergava nele uma espécie de vitrine autêntica da nossa potencialidade artística. Mas a roda vida nos levou para outros movimentos.
Nas minhas mudanças e andanças em busca não apenas de uma profissão, mas inclusive de um sentido maior para a minha vida de uma forma holística, saí do Crato para São Paulo, depois para Recife, quando musiquei Canção de Fogo, de Bráulio Tavares. Em Fortaleza, onde me dediquei mais ao teatro e montei com Javan Franco Dois Homens na Mina, de Henrique Buenaventura e participei do movimento literário Nação Cariri e, também com Rosemberg Cariry, fiz o primeiro registro cinematográfico (ainda em super 8) sobre a vida do grande poeta Patativa do Assaré. No Rio de Janeiro estudei canto e participei de oficinas de teatro Circo Voador.
No final dos anos 80, de volta ao Crato, retomei os meus processos artísticos a partir do envolvimento com o jornal literário Folha de Pequi, dirigido pelo Carlos Rafael Dias. Com Rafael fundei a OCA - Officinas de Cultura e Artes & produtos derivados, com a missão de promover oficinas de teatro, coral (Boca de Sapo), produzir shows, exposições de artes plásticas (Salão de Outubro, Viva Setembro), incentivar a anarquia das bandas de rock (Pombos Urbanos) e até, como se fosse possível, organizar os movimentos culturais do sul cearense (Movimento Cultural Confederação dos Cariris: que belo cartaz do Normando!). Dessa época temos a produção do primeiro registro fonográfico de peso da nossa geração: o impagável Avallon, de Abidoral Jamacaru. O meu papel de artista sofria as limitações impostas por 8 horas de trabalho diário no Banco do Brasil S.A., levando-me a equacionar os meus interesses financeiros e pessoais com a opção forçada pela concentração de minhas forças como produtor e articulador cultural. Mesmo assim, passei seis meses licenciado do banco para produzir em São Paulo (garimpar músicos, definir repertório, contratar estúdio, acompanhar gravação, masterização, contratar prensagem, etc. e tal). Tudo vale a pena quando não se tem a alma pequena!
Fiquei muito tempo fora dos palcos e isso passou a inquietar-me. Foi então que concebi o espetáculo Soy Loco por Ti América Latina que marcou definitivamente minha volta aos palcos como intérprete ! Já estávamos nos anos 90. Com cheiro de anos 80 fiz o CD- Contemporâneo (2004)- meu primeiro disco solo e show - que representam o meu vívido percurso e plasmam de forma contundente todos os elementos que alimentaram as forças que movimentaram esta deslumbrante e musical roda da minha vida.
Luiz Carlos Salatiel
Rio, agosto 2007
ilustração da postagem: Luiz Carlos Salatiel em foto de Iracema Salatiel
6 comentários:
Luiz, muito me orgulha ter estado ao teu lado por um bom tempo de nossas trajetórias, aqueles que foram pra mim os insquecíveis loucos anos 80. Mesmo enveredando por outras trilhas, notadamente os casamentos, a filharada, a universidade,- trago sempre comigo a marca indelével da arte, notadamente a música e os "escritos", e a isso devo muito à sua parceria, o seu estímulo. Pois é, brother, estamos vivos e ativos neste terceiro milênio, e também terceira década de nossa indefectível parceria. Salute!
isso é que é história de fato. o resto, é data decorada e foto em preto e branco, cheia de poeira, mofo e inutilidade. Ninguém consegue comentar no blog do crato não
Olá, Gustavo. Não entendi. Vc falou que não consegue comentar no Blog do crato não ??? Porque não ? algum problema técnico? Hoje mesmo o Rafael fez comentários, eu faço direto... quer dizer, o que está havendo?
Salatiel no início ficou sem cnseguir fazer comentários aqui no CaririCult. Precisamos sempre saber dessas coisas, para verificarmos algum problema. Por gentileza responda essa mensagem!
Um abraço!
Dihelson, quando vou lá, pede pra logar. quando preencho tudo, aparece a mensagem de "nenhum campo obrigatório pode ficar em branco". abçs (e faltou a interrogaçãoo no final da frase)
O Salatiel é o maior agitador Cultural caririense dos últimos 40 anos. Nosso Oswald de Andrade. Antes dele apenas o pioneirismo de Soriano de Albuquerque e Waldemar Garcia.Produtor, ator, poeta,intérprete, dramaturgo, compositor, músico, etc, etc...Desde os anos 70 quase nada de bom apareceu no Cariri sem que tivesse o seu toque de Midas. Ele é um artista na mais clara acepção da palavra: pelo desprendimento, pelo beneditismo, pela coragem de quebrar fronteiras e embolorados paradigmas.A história da arte cairriense se confunde com a sua história. É um privilégio tê-lo como amigo e orientador.
Luiz não desiste da arte...Luiz promove quem sabe ou deseja fazê-la! Investe tempo, e toda sua energia, em qualquer projeto que envolva uma transformação cultural...Aposta no nosso deleite:arma o circo e chama a plateia.Não importa quantos...- O sonho é mais importante! Todos lhe devemos algo...E a graça,que ele generosamente concede, nem sempre tem trôco...Tem arte!
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