Porra, mermão...
É preciso parar com essa cultura elitizada demais!
Falando ao vento...
É um tremendo desperdício ficar só aqui escrevendo coisas lindas para que meia dúzia de pessoas possam ler.
Eu acho que devemos brigar por espaços REAIS na Mídia, no rádio, na TV, e a idéia dos blogs, embora seja boa e saudável, atinge uma minúscula parcela da população, como qualquer site de internet.
O que é preciso é fazer essas idéias irem parar nas ruas.
Grandes produções.
Levar CULTURA de verdade para o povo, não apenas aquela cultura cabaçal que eles estão acostumados a receber dos políticos ignorantes, e daquele tipinho de bicho louco, estereotipado, de gente que "acha" que entende de cultura porque leu umas orelhas de livro, acha os Anicetos a última gota dágua do deserto, se vestem de vestido de renda, tem cabelo que água não penetra, e usa bolsa e sapatos de couro cru, e só andam com alguma coisa a tiracolo na universidade. Mpb pra eles é Marisa monte ( de bos... ), e Cassia Eller... esses tipos abomináveis, estamos dispensando da nossa luta. São Pseudos!
O que interessa são meios reais, estratégias de ação para abrir espaço na mídia nem que seja de facão, como bem diz o Rafael.
É preciso que façamos projetos, dê sugestões aos homens do poder para que eles possam ter alguma idéia na cabeça, além de pensar em ganhar dinheiro.
Porque...cacête, a gente já não aguenta mais tanta estupidez na mídia!!
E as estações de rádio e TV estão todas nas mãos de gente errada.
Gente estupida!
Falow!
10 comentários:
Dihelson,
Às vezes nos sentimos num deserto. Porém se sente certo, pois as distâncias são enormes de se vencer, até da gente com a gente mesmo. Quanta verdade nas suas palavras. É seguir insistindo, até vencer.
Abraços,
Emerson.
surtou?
Dihelson,
Existe "merda" em tudo quanto é lugar do mundo! O desespero não resolve! As grandes revoluções são silenciosas. Platão (séc IV A.C), na sua Academia, falava prá meia duzia de "gatos pingados" (sem TV, Internet, Rádio, Jornal,etc)e as suas idéias a respeito da Justiça, do Amor, de Deus e outros temas relevantes até hoje são paradigmas para o nosso comportamento.
Um grande abraço,
Dihelson, sua indignação e exasperação (até) são justificáveis. Afinal, existe uma verdadeira máfia que presta um deserviço à evolução humana, ao monopolizar e manipular a mídia com fins escusos. Assino embaixo do que vocë. É preciso que se tenham mais pessoas com a sua coragem e sinceridade, para podermos, pelo menos, pensarmos em poder enfrentar esta contra-corrente
Ei cara, tu gosta da Martinália ? E da Ana Carolina ? Ela toca um violão bem pra caralho !
Dihelson: acabo de apagar um "não" com o qual iniciaria este comentário. Um "sim" existem mudanças em curso. O talento é conflito com o mundo, mas principalmente consigo mesmo. Artistas muito exigentes na expressão, sofrem mais pois refinam não só o que têm para dizer e mostrar, como se se desenvolvem em verdadeiro fio da navalha, a técnica. Não imaginas o quanto o que vistes de tão árido e desértico, é um campo plantado por vocês aí no Crato. Vocês estão fazendo muito mais que a mesmice que nos isola do litoral. Aquele litoral que se associou para ter todo o Ceará apenas para si mesmo. Se ao final desta noite souberes que o trabalho de vocês neste blog e em outras mais manifestações são muito do pouco que o Cariri se acostumou desde os anos 80, talvez compreendas que valeu a pena viver até o presente minuto. Não precisa quebrar o violão, não apague teus veículos de denúncia, não aplaque a dor do parto, tudo isso é mudança em curso. Espero a entrevista com o Gilberto Gil, espero muito do teu entusiasmo, espero o teu amanhecer do dia seguinte
Não falo por mim. Não me custaria nada me isolar do mundo e ouvir apenas coisas boas, tenho mais de 35.000 músicas e mais de 500 shows, coisas que eu precisaria de umas 3 vidas para ouvir e ver tudo, e também poderia me dedicar apenas a fazer meus Shows, dedicação ao meu público, minhas viagens.
Porém não falo como artista, falo como público. Como aquele que assiste placidamente os pilares da sociedade ruirem. Nunca houve um tempo de tamanha degradação dos grandes valores. Houve épocas em que alguns valores foram trocados, e visão de mundo mudou, por exemplo, com o Beatles, houve uma grande revolução dentro da música, mas mesmo os Beatles não atingiram o "Core", o núcleo da qualidade. Eles, por exemplo, possuem algumas músicas bastante complexas e ousadas em termos de harmonia, como por exemplo, "Norwegian Wood", "Help", ou "Michele".
Mas mesmo com Jerry Adriani, Waldik Soriano, Raimundo Fagner ou mesmo Luiz Caldas ( afff ), ainda existia uma certa preocupação em manter um estilo, um perfil de qualificação.
Esse senso de qualidade, atingiu a música, e está atingindo todas as artes, de modo em que como diz Baudelaire em seu Spleen, "Breve mergulharemos nas trevas frias"...
Está finalmente começando a grande separação da humanidade. Aqueles que serão os conhecedores, farão parte de uma pequena elite, que nos filmes de ficção estilo "FreeJack", "Blade Runner", moram numa pequena e segura área das cidades, e existirá o resto. A prebe Rude. Só que a plebe rude antes, sabia da existência dos grandes valores, e não é por ser pobre que se seria sujo, imoral ou indecente.
Hoje se configura mesmo que em breve vai haver uma ruptura total nas classes sociais. O uso da internet está revolucionando tudo isso, e a cultura será mantida em bolsões de refúgio. Como os Blogs por exemplo, e as instituiuções que são santuários da cultura, como o BNB e o SESC, onde 40 pessoas assistem o que os outros 400.000 perdem!
Quanto ao coleguinha anônimo que perguntou sobre a Ana Carolina. Ao artista que trabalha com a música séria como eu, a gente mede as coisas de modo diferente. Quando criança, eu até poderia gostar da Ana Carolina e afins, como eu gostava de ouvir Roberto e Erasmo. Mas hoje em dia, nem quero me deter falando em Ana Carolina, que apenas "bate" um violão, na expressão usada por gente que admira ela.
Em termos de violão, procure escutar Yamandu Costa, Arismar do Espírito Santo, Robson Miguel, Chico Pinheiro, Cleivan Paiva, Sandro Haick, Lee Ritenour, Pat Metheny, Frank Gambale, Jimmy Bruno, Raphael Rabelo, Bireli Lagrene, etc, etc, e etc...
Ou se vc preferir os que tocam e cantam bem, escute Toninho Horta, Joyce ( que dá ainda de 100 a zero )... enfim... depois que vc conhece esses aí da lista, ouvir certas coisas como Ana Carolina, para mim, pelo menos, instrumentalmente, não faz nenhum sentido. O problema é que como sempre friso, a maioria das pessoas quando se fala em música, se referem à letra. Esqueça a letra! Música é música, e letra é letra! Conselho pra desentupir o ouvido: Escute os Duetos para piano e voz de Webern. Escute a música de Herbie Hancock e Chick Corea, aí sim tem a ver...
Abraços.
Apesar de não nos conhecer-mos pessoalmente. Quero pedir permissão para registrar aqui um comentário.
Você tá certíssimo brother.
Existe sim uma cultura elitizada muito podre ae. Como disse meu amigo salatiel,"existe merda em tudo quanto é lugar".
E tem delas que fede pra caralho.
Um abração
Dihelson, permita-me uma sugestão:
Esse seu último comentário deveria ser amplifaicado por cinco mil alto falantes; ou narrado como editorial do Jornal da Globo, na voz inconfundível de William Waack; ou ser publicado no lugar do próximo artigo de Roberto Pompeu Toledo, na Veja; ou...
Simplesmente duca...
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