Por onde andará stephen fry...escuto zeca baleiro na memória. Os longos bigodes roubados de salvador dali (sem as dobras) aparecem: normando. O cara. O cara que escolhi para ser meu pai, xamã e mestre de cerimônias da vida. Vida...vida...que vida louca do caralho! Perdi o último ônibus, salão de outubro ducaralho, e rafael teve a idéia: - dorme na casa de normando cara! – quem? – normando. Ele é gente fina. Fui. Tive como primeiro trabalho retirar o fumo de alguns cigarros hollywood e preenche-los com maconha. Deve ter sido um teste de paciência, ou algo do gênero. Um preço pequeno pra dormir em uma bela rede, depois de beber todas e começar, ali, a respeitar um cara que sabia rir das desgraças. Alheias e suas.
Eu: prazer cara. Meu nome é lupeu. Sou poeta e anarquista.
Ele: - e eu com isso?
Risos. Dele, de rafael, neidinha, jack, nicodemos e por último, risos meus. Foi uma grande primeira aula. Com ele aprendi a amar o crato. Seus becos sujos, suas ladeiras, seus bares de ponta de esquina – quentes e fedorentos – o mercado de madrugada. Com ele aprendi a tomar porres com elegância (nem sempre). Com ele aprendi a cortar na carne, a podar ´poemas, a aprender a “ler” e “ouvir”.
Eu: caralho normando! O slayer é a banda mais fudida do planeta!
Ele: e isso é bom ou ruim?
Risos. Dele, de nicodemos, de ana sexta feira, de manel do pezão. E depois, risos meus.
Ouvi stanley jordan, os malditos paulistas, blues, jazz, misturados com literatura buena e nem tanto...não sou hipócrita. Continuo achando meus rocks mais vitais. Mais virais. Mas meus ouvidos criaram outras portas, que hoje escutam zeca baleiro cantando: - “por onde andará...” normando. Acho que me mudei pra lá nos finais de semana. Tínhamos tudo: amizade, grana pra cerveja, debates calorosos (e nem sempre amigáveis) com os luminares.
Cena 1 – o nojento rosemberg apresenta seu filminho no grande teatro do crato.
Cena 2 – mesa na lagoinha, o nojento rosemberg debate, e bate em quem não concorda com seus filmecos feitos de renda do estado. Digo: não o reverencio meu irmão.
Nojentoberg – qual o seu nome “menino”, o que você faz, quem é você, você sabe com quem está falando? Eu sou um ci-ne-as-ta!
Eu: - eu sou carteiro, poeta, e seu filme é uma grande bosta.
Risos nervosos. Eu e normando gargalhamos, e comemoramos a noite inteira. Um dia, em sua brasília teimosa e lerda, nos flagramos rindo de tudo: do anarquismo, do rock, do comunismo, da arte pop nunca nova, dos nossos bigodes (oh yes, deixei crescer um bigode), do jazz, dos nossos amigos e principalmente: de nós mesmos. Era domingo de madrugada. E a segunda feira não teve cartas na rua santa luzia, nem o banco do brasil viu seu funcionário chegar pro trampo. As nove da manhã de uma segunda comum estávamos nós, nossa namoradas, e a brasília polissílaba lá em wilson da cascata. As dez da manhã normando vaticina (fumando um back poderoso): - liberar a maconha é um retrocesso! Basta a cerveja. A discussão a seguir? Melhor que qualquer filme de rose caririaçu, ou qualquer solo de guitarra blandinesco. Um dia viajei pra petrolina. Ele, pra brasília. Me mandava poemas, fanzines, rótulos de vinhos escrotos e famosos. O tempo, que sempre pareceu não nos olhar, olhou para ele, fez as contas e o levou. Foi rafael que me contou, e eu estou convicto: foi o primeiro dia que envelheci. Hoje, quando quero me levar a sério demais, penso: o que diria ele? E o som de sua risada cristalina e única entra minha alma a dentro. Ontem, lendo o blog, olhando sua cara de guerreiro normando, decidi: zeca baleiro! “por onde andará... ninguém sabe do seu paradeiro, ninguém sabe pra onde ele foi, pra onde ele vai...” saudade do caralho! Do sax, da conversa paterna, da cerveja, do grande, do gigante, do meu maior e melhor amigo: Nor Mando. O que não mandava.
Eu: prazer cara. Meu nome é lupeu. Sou poeta e anarquista.
Ele: - e eu com isso?
Risos. Dele, de rafael, neidinha, jack, nicodemos e por último, risos meus. Foi uma grande primeira aula. Com ele aprendi a amar o crato. Seus becos sujos, suas ladeiras, seus bares de ponta de esquina – quentes e fedorentos – o mercado de madrugada. Com ele aprendi a tomar porres com elegância (nem sempre). Com ele aprendi a cortar na carne, a podar ´poemas, a aprender a “ler” e “ouvir”.
Eu: caralho normando! O slayer é a banda mais fudida do planeta!
Ele: e isso é bom ou ruim?
Risos. Dele, de nicodemos, de ana sexta feira, de manel do pezão. E depois, risos meus.
Ouvi stanley jordan, os malditos paulistas, blues, jazz, misturados com literatura buena e nem tanto...não sou hipócrita. Continuo achando meus rocks mais vitais. Mais virais. Mas meus ouvidos criaram outras portas, que hoje escutam zeca baleiro cantando: - “por onde andará...” normando. Acho que me mudei pra lá nos finais de semana. Tínhamos tudo: amizade, grana pra cerveja, debates calorosos (e nem sempre amigáveis) com os luminares.
Cena 1 – o nojento rosemberg apresenta seu filminho no grande teatro do crato.
Cena 2 – mesa na lagoinha, o nojento rosemberg debate, e bate em quem não concorda com seus filmecos feitos de renda do estado. Digo: não o reverencio meu irmão.
Nojentoberg – qual o seu nome “menino”, o que você faz, quem é você, você sabe com quem está falando? Eu sou um ci-ne-as-ta!
Eu: - eu sou carteiro, poeta, e seu filme é uma grande bosta.
Risos nervosos. Eu e normando gargalhamos, e comemoramos a noite inteira. Um dia, em sua brasília teimosa e lerda, nos flagramos rindo de tudo: do anarquismo, do rock, do comunismo, da arte pop nunca nova, dos nossos bigodes (oh yes, deixei crescer um bigode), do jazz, dos nossos amigos e principalmente: de nós mesmos. Era domingo de madrugada. E a segunda feira não teve cartas na rua santa luzia, nem o banco do brasil viu seu funcionário chegar pro trampo. As nove da manhã de uma segunda comum estávamos nós, nossa namoradas, e a brasília polissílaba lá em wilson da cascata. As dez da manhã normando vaticina (fumando um back poderoso): - liberar a maconha é um retrocesso! Basta a cerveja. A discussão a seguir? Melhor que qualquer filme de rose caririaçu, ou qualquer solo de guitarra blandinesco. Um dia viajei pra petrolina. Ele, pra brasília. Me mandava poemas, fanzines, rótulos de vinhos escrotos e famosos. O tempo, que sempre pareceu não nos olhar, olhou para ele, fez as contas e o levou. Foi rafael que me contou, e eu estou convicto: foi o primeiro dia que envelheci. Hoje, quando quero me levar a sério demais, penso: o que diria ele? E o som de sua risada cristalina e única entra minha alma a dentro. Ontem, lendo o blog, olhando sua cara de guerreiro normando, decidi: zeca baleiro! “por onde andará... ninguém sabe do seu paradeiro, ninguém sabe pra onde ele foi, pra onde ele vai...” saudade do caralho! Do sax, da conversa paterna, da cerveja, do grande, do gigante, do meu maior e melhor amigo: Nor Mando. O que não mandava.
8 comentários:
Que lindo Lupeu!
Normando te apresentou assim pra mim:"Lupeu é Normando Filho!"
E o riso de Normando ficou dentro da gente!
Normeu e lupando, almas gêmeas, duas crianças brincando numa noite suja, por entre becos e veredas, bebedo vida e vomitando tudo
Lupeu, meu lindo !
Hoje é domingo, eu tô doida surtada , como você mesmo pode constatar na minha postagem anterior à sua...mas você é Lindoooo!!! Normando e os anjinhos malditos e benditos, agradecem.
Ele está de volta mesmo nunca tendo ido!
Estava sentindo sua falta, cara!
O velho Lupeu de sempre, com seu texto de cachorro grande. Bonito o depoimento sobre o Normando. Como dizia o Rosa : "Há pessoas que não morrem, apenas se encantam!" Ele ainda continua encantado e encantando.
Que texto bonito...
Dá até vontade de ter conhecido o Normando...
socorro,
como poderia haver uma homenagem ao bigode sem minha intervenção? até por justiça, eis-me. herdeiro do trono da "arte pela arte".
rafael,
responsável pela minha debutância nas noites de craterdã, e também responsável pela amizade diamante minha e do homem da brasília e do sax poente. continuo bebendo e vomitando tudo. e achando muito bom dizer que sou teu amigo.
godóia,
eternamente surtada e bela.
somos nós os anjos. ou não?
salatiel,
bom estar de volta. espero ter mais tempo agora. me faz um favor? coloca o endereço do meu blog "séquiço sacro" no cariricult? um grande e caloroso abraço mi hermano, e agora "homem público" de craterdã.
jflavio,
que bom que nossa admiração é recíproca. sou um beat cariri, e mordo sim. estou na trincheira querido, e sou seu fã de carteirinha.
amanda,
pergunta aos ´que o sacaram: era ducaralho. era velho. usado. sarcástico e professoral. um grande homem. um puta artista. um amigo, no que de grande existe nessa palavra.
Lupa!
Ante que confundam: a Brasília que falastes, acho, era um carro dos anos 80, que rodava com quatro rodas, marrom, a gasolina - e não a Sodoma e Gomorra que o nosso velho e bom Norma foi morar depois, já nos anos 80, certo...
Postar um comentário