Desgraça
a corda solta
do violino torto
da muriçoca bêbada.
Qualquer noite
desseco seu ventre.
O conhecimento colhido fumaça.
A brisa do ventilador
seca o bico da lapiseira.
Formiga ferrugem passeia
pelo braço da poltrona.
Há quem diga
que a morte se aproxima.
Aproxime-se, querida.
4 comentários:
Domingos: antes poetavas com o corpo, agora com o ambiente, anotas com lapiseira, na ferrugem que formiga as cadeiras. Adiante poeta, já estava com falta desta profusão de diálogos. Até com esta menina morte que tanto promete e não dar.
Dizem que a morte é um anjo
uma mulher traiçoeira
ceifadora que verdeja
a phoda da vida inteira...
A morte não é o fim...
transforma tudo que pega
eu tenho ela comigo
mas vivo da brincadeira!
O pior da morte é parar de morrê-la
Domingos,
o poeta que transforma
as coisas pequenas em grandes!
Eu creio, poeta, que a morte torna-se mais morta quando a gente a tem
mais viva.
Um abraço.
Postar um comentário