mas seu umbigo
abismo profundo
purificado pela solidão.
Digo que poeta não tem medo
mas seu revólver
opaco,
pólvora molhada,
festim ao vento.
Digo que poeta eterno
mas o andar trôpego
tábua solta,
cadafalso,
guilhotina.
Digo que o poeta ainda respira
roubando oxigênio das árvores asmáticas.
I
Para onde tantas almas.
Espírito não ocupa espaço.
Mas para onde tantas almas.
Como explicar aos ossos
a tenra volúpia da carne.
Um comentário:
Domingos,
isso é o que faz o sorriso tornar-se fácil: "...roubar o oxigênio das árvores asmáticas".
Que perspectiva.
Abraço poeta
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