TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 16 de dezembro de 2007

Falando sozinha...

Eu te quero
sem pé, nem cabeça...
Um querer libertário
Você em você...Nunca em mim!

Te carrego feito luz...Em cima de mim!

Te procurei nos pontos...
Só te achei nas canções
Os teus hachurados me incompreendem
Área de intersecção?

Lembra do nosso plano?
Uma casa de cabeça para baixo
dentro do nosso mundo!

Lúdico latido
tem cachorro
brincando de ser menino!

Por indisciplina
mexi com a tua calma
e perdi de vez
a parte que faltava!

Estamos em sintonia com o destino
Podemos afrouxar as rédeas do carro!

O vento do teu assobio...É escocês?

Chuva insistente
atola meu chamado!

Tenho fantasia nos dedos
turmalina, ametista..
no lugar da aliança
que um dia escapuliu!

Desenhar é riscar claros
e deixar o escuro acontecer!

Juntar pedras no caminho...
E apedrejar o Ego!

Quando a gente não pode ser a letra "z"
Conformamo-nos em ser um pingo?

Meus nervos entendem a verdade...
Porisso explodem!

Uma gota de vinho na taça...
Acho sacrílego lavar tua presença!

O pipoqueiro vai passando...
É assim todas as tardes...
E todas as tardes, amoleço de tédio!

8 comentários:

Domingos Barroso disse...

Sempre infalíveis teus versos.

socorro moreira disse...

Ah, Domingos...Vou acabar acreditando , e deixam de brincar, diversos!


Abraço!

Pachelly Jamacaru disse...

Essa mulher engoliu o poetar dos poetas!
Abraço divina poetisa!

socorro moreira disse...

Pachelly,


É muito estranho ser chamada de "poetisa".A minha velha Matemática reclama, e avisa: Eles estão certo..."Como dois e dois são cinco!".
Mas, é bom brincar de pensar sem nexo!


Abraços.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Sento-me comigo mesmo,
pétalas do ego e o mundo,
deste farol ao horizonte,
o cachorro na vizinhança,
capto-me os minutos da vida,
os atos que sucedem,
os fatos que antecipam.

Sento-me comigo mesmo.
E dedilho cordas da vida.

Carlos Rafael Dias disse...

Socorro,

Primeiro, eu tiro o chapéu
E saúdo o teu passar

Segundo, eu tiro o casaco
E o coloco sobre a poça da rua
Restinho da chuva de há pouco
Mas que fotografa o luar

Terceiro, te pego no colo
E atravesso rios e mares
Ouvindo você declamar

socorro moreira disse...

Rafinha, você será sempre para mim, aquele menino romântico, idealista, poético, musical...que eu conheço de outras eras.
Mas reconheço que cresceu...Tem a sabedoria do discernimento...Tem competência pra ser, rigorosamente doce! Um elogio teu, me emociona, e envaidece...deveras!


Abraços !

Poesia da Luz disse...

Ah!! Quem dera com o mar poder amar o pensamento!!! Tua poesia se embriaga na emoção ausente.
Falar sério com poesias, esse é o verdadeiro sentido de escrever, mesmo que seja ficção. Você sempre tem boa gosto quando casa com as palavras