Na foto o Engenho Tupinambá, próximo à Barbalha, símbolo maior do ciclo da cana de açúçar na Região do Cariri. A cada dia que passa as instações do engenho ficam mais deterioradas. Tívessemos administradores sensíveis, o Engenho Tupinambá já teria sido desapropriado e ali instalado o Museu de Rapadura do Cariri.
Trecho de um capítulo ("O Tupinambá") do livro de Alberto Callou Torres: "Zé Major, meu avô":
"...santa saudade para quem vai com o coração a buscar reminiscência da sua infancia" - Camilo Castelo Branco
"Ao tempo de Seu Tonho, o lucro líquido (do Engenho Tupinambá) era dividido ao meio, como se observa no balanço do ano de 1922: "resulta para José Pereira Pinto Callou (Zé Major) a importância de 50% do lucro"(...)
( No meu tempoo de menino), no engenho, eu não poderia demorar muito. Aliás, não era nem para estar lá, por causa dos perigos: a fornalha quente com tachos fumegantes, a caldeira em sí, perigo constante, embora mais remoto...Para mim tudo era novidade, e grande. Pois o que eu via?Uma casa enorme, comportando burros carregados, tangidos por homens, carros de bois, máquinas e acessórios(...)Outro detalhe que me chamava a atenção era a levada de água cristalina, correndo entre o arrozal. Deslumbrava´me com ela...
Um comentário:
Saiu na coluna CARIRI, de Tarso Araújo, em 04-08-2007:
O Engenho Tupinambá - um ícone do doce tempo do Cariri canavieiro - localizado bem próximo a Barbalha, além de desativado está se deteriorando. Uma pena! O prefeito Rommel Feijó chegou a pensar no tombamento do imponente imóvel e ali instalar o Museu da Rapadura. A resistência de um dos herdeiros do engenho (residente em Recife) atrapalhou o projeto. Nos tempos áureos, o Tupinambá chegou a produzir 4 mil cargas de rapadura por safra e era um referencial da saudosa aristocracia rural do Cariri...
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