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quinta-feira, 13 de março de 2008

PARA QUEM ESTIVER EM RECIFE SEXTA 14/03



Teatro, música e pintura marcam lançamento do livro Pernambucana na Aliança Francesa


Raquel do Monte
Divulgação

A Aliança Francesa do Recife promove no dia 14 de março o lançamento do livro Pernambucana escrito por Geovania Freitas. O evento contará com a exposição de telas, encenação teatral e apresentação do violonista Calazans Callou, que musicou anteriormente dois poemas da escritora pesqueirense. Editado pela Fasa e lançado primeiramente em Lausanne na Suíça, o romance de Geovania é prefaciado pelo professor e crítico literário Lourival Holanda. De acordo com ele, a escrita da advogada representa a resistência na narrativa contemporânea, pois diante da tentativa pós-moderna de apagamento da cor local, "Pernambucana" apresenta contrariamente a singeleza da poética do imaginário sertanejo e as peculiaridades do espaço regional.Segundo Geovania, a idéia do romance surgiu depois assistir à encenação de Fernando e Isaura, adaptação do texto de Ariano Suassuna. A aura que compõe a narrativa é perpetuada por imagens agrestinas recortadas da infância da autora e mescladas ao universo ficcional, como, por exemplo, na passagem da menina que olha a jumenta se espojando e pensa que no lugar onde o animal se deita, favorece o aparecimento do lobisomem. Percebe-se no texto uma articulação da tradição de Suassuna somada a do escritor espanhol Francisco de Quevedo. A narrativa passa-se no período militar e mostra as adversidades vividas naquele período. Geovania começou a escrever poesias desde a adolescência, no entanto, a iniciativa de reunir os textos ocorreu depois que ela participou do Ateliê de Literatura Francesa na Aliança Francesa de Lyon, França. O livro de estréia "Curvas do Tempo", lançado em 2006, traz versos em que o eu-lírico traz emoções, sentimentos e referência às raízes.Inspirado no universo de Geovania Freitas, o artista plástico pernambucano Fernando Alves criou sete telas figurativas, como o quadro Caju com leite, utilizando o estilo naïf. A arte naïf utiliza-se entre outras coisas de cores fortes e técnicas rudimentares de pintura. A expressão ganhou notoriedade na França na década de 70. Autodidata Fernando tem já participou em 2006 da exposição coletiva "Brasil S/A – Brasil Super Art" que ocorreu em Frankfurt, Alemanha. As telas inéditas serão expostas no auditório da Aliança Francesa do REcife para celebrar o lançamento do romance Pernambucana.A noite também contará a apresentação de dois poemas de Geovania musicados pelo violonista Calazans Callou. O cearense utiliza-se de ritmos fortes que agregam à poesia de "Curvas do Tempo" o tom sertanejo e a paisagem áspera. Para completar será encenado um trecho de "Pernambucana", adaptado por Suenne Sotero e que trará alguns dos casos narrados no livro e que alterarão a tranqüilidade da cidade interiora

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