TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Quando já era tantos mais um outro aderiu.

Pela tradição religiosa familiar sabia-se em dois. Um corpo e um espírito. Mas estudou, passou de ano, arrumou uma grana por , morou numa república de estudantes, fez política estudantil, estudou mais ainda quando era para andar nas passeatas contra a ditadura e passou no vestibular para medicina. Foi fazer em Recife. as oportunidades eram maiores que na solitária escola de Fortaleza. E começou nas aulas de anatomia, histologia, fisiologia e tanto ias que nem sabia para onde ia. Ma uma coisa aprendeu. Foi psicologia.

Muito mais interessante que a tradição familiar, ao invés de dois era três. Numa civilização baseada na acumulação de capitais quanto mais, melhor. Pois agora existia o ID, o Ego e o Super Ego. Não é uma beleza, tudo com nome apropriado e em camadas, sem contar a surpresa aderente de um "super" quando aprendera a ler em revistas em quadrinhos. Com este carregamento, seguia o acadêmico de aula em aula, de exame após exame e de um ano ao outro.

Mas , o nosso amigo, na beirada de uma barragem em pleno inverno cearense, manhã fria, água mais ainda, sol a pino sobre a parede de cimento e pedra, sentado sobre ela olhando para a água e para os amigos em pleno mergulho. Estava no drama de vou ou não vou. Preciso ir, todos foram. E agora?

Mais concentrado ainda diz: o ego quer mas o super ego não deixa. Pronto o meu amigo agora era quatro de uma vez. Era os três que existiam e mais aquele extra que analisa o conflito entre o ego e o super ego.

Nenhum comentário: