TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Antes de banho

Fiz as pazes com o vazio devorador.
Meus instintos todos espumando.
Olhos arregalados.
Boca torta.
Mas a alma tá boa isca.
Fiz as pazes com meus mais declarados farsantes.
Tanto em távola redonda
quanto em mesinha de bar
uma xicara de cafezinho quente
afugenta a alma.
Estamos quites eu e minhas sombras mesquinhas.
Podem ir fantasmas.
Fiz as pazes com as vozes mediúnicas
que atrasavam a passagem dos ancestrais.
Dobro a esquina pronto:
eis o primeiro cocô de madame.
Perdôo. Também fiz as pazes com seus Poodles.

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