Antes de dormir,
não escovarei os dentes.
Hei de eternizar essa quimera
de tapioca com manteiga e café com leite.
Quem sabe sonhar com meus ancestrais
sob teto de palha admirando as estrelas.
Antes de dormir,
não mijarei no assento.
Vou torcer para que amanheça a rede mijada.
Meu filho de seis anos debate-se em meu peito.
Um ritmo inocente rastejando-se pela sala.
2 comentários:
Cheguei na praça e neca de pitibiriba do Domingos. Sumira. Ninguém tinha notícias. Até que um dia aparece este menino impingento guardando glóbulos de tapioca nos dentes, mijando as estrelas e olhando a vida através do teto de palha. Aí todo mundo viu esta e mais três arrumações do Domingos Barroso.
José, sempre que te ouço
sinto-me comovido.
Um abraço forte,
poeta.
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