Pomar
A tarde jazia
Cheia de azia
Diante da apostasia
Da Ásia menor
Mas aqui nos trópicos
Os tropeços soluçam
Em louças fajutas
E febres malsãs
E ela se estende
Serpentinamente
Cheia de luz e sombra
E sobras e sobras e sobras
E repentinamente
Revela as velas acesas
Antes da morte do deus
Que explora os pecados
Antes da morte dos seus
E o dinheiro arrecadado
É noite pura
Que depura
A áurea de qualquer
Puta que já partiu
Para parir a mais
Preguiçosa manhã
Mas em fim
Onde estão os cajus
Dessas cvastanhas
Tão desesperadas?
8 comentários:
Castanhas, poeta, são como a puta que partiu, nem mais o doce sumo lhe interessa, apenas germinar um novo cajueiro. Como estas vertentes arenosas em cujos pés minam as águas que cristalinas são como você ao correr do mundo turvo.
Marcos, gostei muito deste poemil (misto de pomea com a pqp), principalmente dos últimos, porém não derradeiros versos:
"Puta que já partiu
Para parir a mais
Preguiçosa manhã
Mas em fim
Onde estão os cajus
Dessas castanhas
Tão desesperadas?"
Nao se precisa dizer mais nada. Tá tudo dito.
Grande abraço!
José do Vale,
como sempre, uma capacidade poética sem tamanho, tenho aprendido muito com seus textos e comentários, é sempre um prazer ler os seus textos. Inclusive faço aqui, aproveitando a presença de Rafael, o pedido de dez poemas seus para a nossa coletânea, a ser publicada em breve, pode mandar para o e-mail de Rafael. Considero a sua última crônica, feita sobre Sofia, um dos mais interessantes textos desse blog. Abraços
Carlos Rafael: sou completamente suspeito em fazer qualquer comentário sobre você, devido à amizade de longo tempo, sou seu leitor assíduo, embora nem sempre eu disponha de tempo para comentar.
abraços
O comentário anterior é de Marcos Leonel, não sei de onde saiu esse endereço "Ana Cristina"
Marcos: ainda bem que você tirou-me a confusão. De repente lá estava a Ana Cristina no gênero masculino se dirigindo ao Rafael. Me dê dois dias que envio os poemas. Outra coisa: tem mais de uma semana que enviei para o endereço da Socorro dois volumes do livro Paracuru um para você e outro para ela. A greve dos correios foi a causa da demora. Uma desculpa: terminei por esquecer de autografar, mas enviei um bilhete no livro.
Marcos, é brincadeira: mas essa Ana cristina não será seu pseudônimo de guerra!
Ahhahahahah...
Zé do Vale,
Como Marcos comunicou,tamos organizando uma coletânea com poetas do Cariri: você, Marcos, Socorro, Lupeu, Antonio Sávio,eu, Geraldo Júnior, Cleilson, Domingos, Geraldo Urano, Tiago Araripe, Pachelly Jamacaru e outros. Vamos organizar o livro e depois buscar financiamento para publicação, seja em editais ou em outras fontes. Como assim sabemos que não faltarão boas poesias, também não será dificuldade arranajar o vil metal necessário para editar o livro. Meu e-mail, para remessa dos seus poemas, tá no perfil do meu blog(tudo-fel.blogspot.com).
Grande abraço!
Cara né não, se fosse nome de guerra eu não escolheria esse não, é muito afável, preferiria Glorinha ou Maria Alice, ahahaha
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