TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Arimatéia fazia santos na rua todos os santos. Na cidade dos santos de Arimatéia tem um bar em cada esquina. E dentro de cada bar tem um demônio com a cara da Sandra de Sá. A música que toca na rua de todos os santos onde Arimatéia fabrica os seus é fora de ritmo. Benditos com pedal de distorção. Ladainhas louvando porcas prenhas. Arimatéia não nota a distorção. Sai na janela e olha o defunto que segue em seu distinto paletó de madeira ornado. O morto é pobre. Onde vão enterrar? A música volta. São Sebastião sai da madeira bruta nas mãos de Arimatéia. Pensa em fazer o padre da serra. Enjoou do padre da serra. Faz um anjo. Bota uma espingarda na mão dele. Vira cangaceiro. Anjo. Arimatéia fica com vontade de ir no bar. Ver o cão Sandra Sá. Olhos coloridos. Desiste. Acende um baseado. Vai ouvir a hora da graça.

2 comentários:

socorro moreira disse...

Vixe.... Pois não era que eu estava carecendo da cia de aRIMATÉIA ?



bEIJO , MI AMOR !
sAUDADES da sua amizade !

Lupeu Lacerda disse...

beijo em você também mi amore.
arimatéia é foda...
ainda escuta sandra de sá?
é um fenômeno.
hasta siempre.