TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dos Conceitos

Do nada a fuligem
Torna-se rigorosa, cheia
De marcas indeléveis
Nada afável, nada às favas

Capaz de empalar o mundo
De uma só vez, ela se mostra
Um tanto taciturna, sem afetos
E sem fetos, apenas com
Seus fatos à mostra, trágicos

Quando perguntada
Pelo seu último segredo
Ela deu de ombros, afetada
Em alfinetadas, respondeu
Em perpendiculares:
Fluuuu, fluuuu, vruum, vruum

5 comentários:

Carlos Rafael Dias disse...

Poesia com final onomatopaico
Muito afável, muitas favas contadas
Delicioso baião com todos
os ingridientes deliciosos
Nosso paladar degusta com gosto

socorro moreira disse...

Sò versos... Fiquei sem anversos !

Marcos Vinícius Leonel disse...

Valeu, Carlos
Valeu, Socorro

Que beleza essa chuva de poesias no blog, já era sem tempo.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Marcos esta insustentabilidade da teia de aranha dos tempos em voga. Mas poeta não nega: quando fiz fulígem, lembra da fornalha que fez do sólido este pó que enegrece a respiração. Poeta não brinca, lembra as perpendiculares.

Marcos Vinícius Leonel disse...

Zé do Vale, meu amigo, ví seu post só agora e de pronto respondo:

você é que é poeta, já comenta fazendo versos.

Grande abraço